1: Nossa natureza não pode ser mudada. Somos monstros.

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— Boa tarde — Hades entrou na pequena floricultura e deu de cara com uma linda e jovem moça que sorria para ele.

— Boa tarde. — Ela o analisou de cima em baixo antes de pensar que era aquele homem esquisito.

— Estou a procura de alguém, alguém muito importante e sei que só você sabe onde ela está.

A mulher olhou para ele e voltou ao balcão, escondia de baixo dele a única coisa que poderia usar como proteção. Ela sabia o que ele procurava.

— Depende — Ela sorriu charmosa — Quem procura?

— Alguém que você conhece muito bem, onde está Deméter?

Ela segurou o cano da arma e se preparou para qualquer divergência.

— Não sei de quem fala.

— Claro que sabe, ninguém esquece a própria mãe. — Hades revirou os olhos — Não adianta ficar segurando a arma por trás da mesa eu só quero uma informação.

— Não sei onde está minha mãe e nem quero saber. Eu já parei com essas coisas e não tenho mais contatos com ela por favor vai embora e me deixe em paz.

Hades apenas se aproximou e ela por reflexo levantou a arma em sua direção, o homem simplesmente não ligou e se aproximou até que o cano da arma tocasse em seu peito.

— Atire. — Ele riu enquanto suspirava perto dela — Mas atire mesmo, não ligo de morrer aqui mas saiba que se eu morrer você morre comigo.

Os olhos sombrios dele davam medo, muito medo. Porém a mulher estava acostumada com olhares sombrios.

— Vou mandar uma última vez, vai embora não tenho nenhuma informação para te dar.

Hades riu.

— Resposta errada — Enquanto falava isso ele segurou sua mão e a desviou sentindo o tiro ser disparado, entretanto ele somente atingiu um vaso de plantas, enquanto o recriar da arma fez com que a mulher soltasse no susto a arma fazendo o objeto cair no chão. — Onde posso encontrar Deméter, Perséfone?

— Eu não sei! — Ela gritou, enquanto sentia ser imobilizada pelo homem que estava a machucando e puxando seu braço para trás. Agora ela se sentia espremida, o corpo de Hades estava atrás dela e ele segurava seu braço a deixando imóvel e suspirava aterrorizante em seu ouvido.

— Acha que eu tenho medo de você? Posso ficar aqui a tarde toda te torturando até que você me dê a resposta que eu quero e depois morra lentamente — Hades somente riu de sua cara aterrorizada.

— Minha mãe se vingaria de você e sabe muito bem o quanto ela é perigosa.

— É claro que sei, por isso mesmo quero aproveitar para mata-la, afinal, ela matou minha família. Não temo por minha vida e a única pessoa que ainda amo está muito bem protegida sem mim.

— Você é nojento e eu falo sério que não sei de nada. Minha mãe continua por aí pelas ruas, não tá nem aí para mim. Não sei onde ela está.

— Mentira! — Hades gritou a machucando e quase deslocando seu braço — Semana passada você fez três ligações para um número desconhecido e sabemos que não conhece ninguém de Chicago, a não ser, que tenha entrado em contato com ela.

— Não sei sua localização, eu juro! — ela gritou quando ele apertou mais ainda e sentiu pequenas lágrimas caírem de seus olhos — Chega, tá doendo. Para!

— Estou avisando, eu quero respostas.

— Eu.. não.. sei! Se os homens da minha mãe machucaram sua família eu não tenho culpa. Converso com a minha mãe mas ela está sempre viajando e só me liga de telefones que descarta dias depois. Ela não é burra de dar uma informação pra mim que sou indefesa.

Olimpus Family IIWhere stories live. Discover now