20: Vamos brincar de gato e rato?

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— Bom dia, Zeus. Estava com saudades de mim? — A voz na linha comentava, parecia um tanto sarcástica. 

— Quando vai parar de matar minha família? Pensei que finalmente tinha parado. Quer passar mais um dias na cadeia, Cronos? 

— Longe de mim voltar para aquele lugar — Cronos falou — Sabe que eu nunca machucaria meu amado filho.  Apenas descobri algo muito interessante sobre você, confesso que fiquei muito irritado, não consegui me controlar, perdão. 

As mãos de Zeus tremiam ao segurar o telefone. 

— Pare de brincar comigo!! — Zeus gritou batendo com violência na primeira coisa que viu na sua frente, sua mesa. 

O barulho pareceu incomodar quem estava de fora e logo viu Atena entrar no escritório olhando para Zeus que parecia ter olhos opacos e confusos, ele escondeu suas mãos, pois elas sangravam. A voz no telefone que segurava falou enquanto somente ele ouvia. 

— Oh, temos visitas, é alguém importante? — Cronos brincou. 

Atena olhava para seu pai com os olhos analíticos, querendo descobrir quem estava na linha. 

— Não, ninguém. — Zeus olhou para a filha e falou devagar tentando não mostrar exitassão — Pode voltar a trabalhar, eu estou bem, não foi nada. 

Manteve o rosto calmo e tentou fazer Atena se convencer, com o rosto transparente ele sorriu mostrando confiança e viu ela finalmente sair em silêncio. Apenas após isso, ele segurou sua mão que sangrava, tinha batido com muita força na mesa de mateira. Se perguntava se aquele homem continuava na linha. 

— Sabe Zeus — Cronos falou confirmando sua presença — Eu adoro brincar com você. Confesso, é uma das minhas atividades preferidas. Quantos anos estamos nessa? 16? 17? Ou desde que você nasceu? Não sei contar direito, perdão.

— Eu vou matá-lo, eu juro. 

— Ohh, pode tentar, enquanto isso, vamos continuar nesse jogo que tal? Como sou legal, vou te dizer meu próximo movimento. 

— Vai destruir a empresa é isto? Matar mais um dos meninos? Saiba que não importa o que seja, eu não vou deixar que faça mais nada. 

— Ahh é? Como? — O riso do homem atravessava a linha — Mas não preciso expalhar nenhum podre da empresa, afinal, isso não faz nenhuma diferença para você certo? Confesso que matei a menina em um acesso de raiva, mas acredite, não era meu querer, quem eu queria matar era seu amado irmãozinho e o filho, eles sempre se metem onde não são chamados. 

— Você é podre. 

— Tanto quanto você, meu filhinho. — A voz de Cronos era enigmatica — Eu não vou matar ninguém dessa vez, mesmo que tenha ficado bastante irritado com suas travessuras Zeus, vou apenas fazer o que você mais teme no mundo: que seus amados irmãozinhos descubram o quão sujo você é. 

— Não fiz nada — Zeus falou, mas sua voz saiu fraca. 

— Ohh, fez sim, finalmente achei a prova que queria — A voz de cronos já não tinha aquela tonalidade engraçada e zombadeira, mas se tornou firme e ameaçadora — Eu vou me vingar Zeus e você vai me pagar cada centavo. A morte da menina foi um aviso apenas, esteja pronto, eu vou destruir cada um dos seus irmãozinhos até que só sobre a carcaça e só então eu vou deixar você ver o quanto me fez sofrer. Assim, seremos iguais até nisso, não é lindo? Até logo, filhinho. 

E desligou a ligação, Zeus jogou-se no chão, e sentiu o ar faltar rapidamente, queria esganar alguém, queria matar Cronos, mas acima de tudo queria fugir. Sabia que não sobraria muito dele se o seu pai atacasse, ele só não queria que aquela onda de mortes voltasse, como a 10 anos atrás. Porém era inevitável, Cronos tinha descoberto, e agora, ele realmente não ia parar até ver todos mortos. 

Olimpus Family IIWhere stories live. Discover now