31: Um mensageiro dos deuses

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— Luke, sente direito a mesa — A mulher sorriu para ele e após olhou para o homem que comia suas torradas sem parar — Está bom? 

— Maravilhoso! Obrigada  — Hermes sorriu enquanto por baixo da toalha fazia cosquinhas no filho que riu alto mostrando os poucos dentes que mantinha. — Vou sair hoje a tarde, meu pai me chamou. 

— Precisa mesmo? Sabe como odeio que demore demais lá fora. 

— Eu já falei, amor — Hermes suspirou — Não tem como eu ficar aqui o dia inteiro, tenho que trabalhar, sei que não gosta, mas precisa entender. 

— Você é rico, porque precisa ir lá? Seu pai pode fazer  fazer tudo sozinho. 

— Não é assim que as coisas funcionam baby — Apolo reclamou, e levantou dando um beijo na testa do filho e da mulher a sua frente e apenas subiu para tomar banho. 

A mulher deixou o menino sentado enquanto subiu a procura do homem, que separa as roupas para tomar banho. 

— Por que não vai amanhã? Tenho certeza que seu pai pode esperar. 

O homem tomou um susto com a voz da mulher nas suas costas e deu um grito alto. 

— Mulher! Não me assuste assim — Hermes reclamou enquanto pegava a toalha e a ignorava, seguindo para o banheiro. Onde entrou e fechou a porta e a trancou. 

— Porque trancou a porta? O que está escondendo de mim? — A voz enjoativa soou. 

— Me deixe tomar banho em paz — Hermes gritou irritado. 

— Está com raiva de mim? O que eu fiz para estar assim, é por isso que está fugindo para a mansão? 

Hermes ignorou e simplesmente tomou seu banho, quando terminou e abriu a porta se assustou com a presença da mulher no canto da porta com os olhos fechados. Ela tinha adormecido em frente a porta em vez de sair e esperar os 10 minutos que ele usava para acabar. 

O homem arregalou os olhos quando pensou que seu filho estava lá em baixo sozinho e correu deixando a mulher adormecida. Chegou no andar de baixo dando de cara com o menino ainda na cadeirinha do lanche, que ele próprio não sabia descer sem ajuda por ser muito pequeno, o menino que era naturalmente calado chorava baixo pedindo para sair. 

— Calma, papai está aqui, vamos desça — O homem o pegou no colo mexendo para que se acalmasse. O menino estava sujo de danone e muito assustado com a falta de presença dos pais por tanto tempo. 

Soltando o menino no chão após o choro parar, o pai deu um urso para que brincasse e o botou no meio do cercadinho infantil que tinha na sala. Seguiu lá pra cima e pegou a mulher no colo a deitando na cama para só após ligar para seu pai avisando que não poderia ir mais uma vez a reunião do trabalho. Não poderia deixar Luke sozinho com a mãe já que ela parecia transtornada. 

E assim fazia uma semana que Hermes não saia da casa azul com cerca branca que para ele mais parecia uma cela de prisão. Era sua culpa ele sabia, que aquela mulher e aquela criança estavam com eles, e ele nunca deixou de arcar com suas responsabilidades, mas ainda sim, não entendia porque se sentia tão culpado ao sair da casa de paredes azuis. 

*** 

— Isso são documentos falsos? Que tipo de negócio é esse, pai? — Hermes reclamou. 

— Está muito tempo afastado desde que se casou com aquela garota esquisita não o pai do menino riu — Esse é meu novo negócio, muito lucrativo por sinal, fiz um acordo com Cronos e Gaia Olimpus. Uma bolada fácil. 

Olimpus Family IIWhere stories live. Discover now