39: O novo amanhã começa.

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Todos os Olimpus se reuniram ao redor do tumulo, ao lado deles estava Grover e sua mãe, todos de preto, sem nenhum sorriso, nem gracinhas, o silêncio era o maior amigo. Entediam entre si que aquele momento não poderia ser apagado, era hora de dizer adeus ao passado. Sem segredos, sem mentiras. 

O primeiro a derramar as lágrimas foi Poseidon, que se debruçou na lapide e chorou, ele dizia baixinho, onde quase não se podia ouvir. 

— Irmão, irmão, eu te amo tanto — O rosto de Poseidon parecia de uma criança, os mais novos não entendiam tal reação, nunca haviam conhecido um Poseidon como aquele, como um bebê sem rumo, um menino sem saída — Não consegui cumprir nenhuma das minhas promessas, nem mesmo a que pediu pra mim, não pude... eu, sempre fui fraco. Sinto tanto a sua falta, você é meu amado irmão que escolhi, eu sinto muito por tudo. Espero que me perdoe e que esteja no céu olhando por mim, sei que não devo ter te dado nenhum orgulho. Vou proteger nossa família como você, essa promessa eu não vou falhar. Te amo, descanse em paz Pan. Meu amado Pan. 

Poseidon colocou a primeira rosa branca, branca como a neve no mar de marrom que marcava a terra. 

Grover e sua mãe foram os próximos, calados, omissos, eles fecharam os olhos em paz. Sabiam que havia terminado e por mais que doesse, finalmente havia encontrando o fim daquela história. Pan estava morto, aquele que o matou também, podiam descansar suas cabeças na cama sabendo que seu amado Pan tinha encontrado seu fim em justiça, algo que ele sempre deu sua vida para preservar. Estava tudo bem, finalmente podiam encontrar em algum lugar no mundo em que repousar suas oferendas, sabendo que naquele local, ele descansava.

Um a um, cada Olimpus depositou sua rosa branca: Annabeth, Percy, Nico, Thalia, Jason, Alice, Tritão, o pequeno Tyson e Atena. Até que faltasse apenas dois para fecharem as homenagens. Hades foi lento, colocou a pequena rosa e deixou seu rosto mudar de forma, com melancolia sem fim, ele se abateu, somente para depois sorrir bem baixinho. 

— Obrigada Pan, por estar do nosso lado esse tempo todo — Hades sentiu seu coração ficar pequeno — Você foi um grande amigo para mim, muito obrigada por apoiar e se sacrificar por nós. Onde quer que esteja, não se preocupe, estaremos bem a partir de agora. 

Zeus se aproximou e cada passo levava muita dor, ele temeu parecer fraco, mas sabia que nada poderia fazer para segurar a dor profunda que seu coração mantinha. Era culpado, tão mal por preferir mentir ao deixar que um momento como esse acontecesse. Com dor, ele deixou pequenas lágrimas saírem, era pequenas e logo sumiram, mas os poucos que puderam notar as águas caírem no chão de terra, onde estava apenas alguns pedaços encontrados por Zeus daquele que era um grande amigo. 

— Sinto muito, é tudo minha culpa — Zeus falou, sua voz não tremia, parecia falar com uma parede com o toque de força que apenas o mais velho tinha mas quem olhasse atentamente notaria seus olhos fechados enquanto as lágrimas solitárias caiam, em amor por essa expressão, todos os Olimpus se viraram. 

Como uma miragem, todos olhavam para outro lado, enquanto o grande Zeus Olimpus chorava a morte de um amigo. De uma criança que criará desde pequeno, como seu próprio filho e que morrerá por sua própria sede e ambição, por seu desespero e também por outros milhares de motivos que cercavam a morte de Pan. 

— Eu sinto muito menino, sinto muito que tenha deixado sobre seus ombros tudo aquilo por conta de minha própria fraqueza. Sinto muito que escondi você por anos por medo do que o passado escondia, por medo de fazer minha família se afastar. Espero que me perdoe e seja feliz onde quer que esteja. Estamos bem agora, finalmente você pode descansar em paz. Obrigada por tudo, Pan. 

No meio da lapide, como um pouco de esforço de todos, uma pequena planta foi colocada, era o momento de Pan renascer, em forma de árvore, ele cresceria, mostrando ao mundo sua beleza pura. Todos sabiam que isso era o que mais o representava como ser humano. Foi assim que naquela tarde todos os Olimpus e Grover e sua família deram adeus a alguém tão incrível. 

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