Capítulo 23

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Layla narrando

Tinha a sensação de estar sendo observada, isso me deixou bem incomodada e inquieta.

Depois de tomar banho - com um pouco mais de pressa do que esperava - fui até a margem para pegar a toalha e minhas roupas, porém...

Eu-Cadê minhas roupas?

Falei quando vi que as mesmas não estavam onde eu tinha deixado, quem poderia ter pegado? Droga, está frio, onde diabos está minhas roupas? Não posso voltar para a casa assim.

Eu ainda me sentia observada e isso só deixava tudo mais estranho, será que algum pervertido pegou minhas roupas? Ou André e Kate estão tentando pregar uma peça em mim... Bom, André não é disso e nem Kate, então eu acho que não.

Olhei para um lugar aleatório e vi.minha calcinha e sutiã pendurados em um galho, eu imediatamente fui até lá e peguei os dois, os vesti... Que tipo de brincadeira idiota é essa?

Depois de vestir minhas roupas íntimas, eu voltei a tentar encontrar o resto de minhas roupas.

-O que você está fazendo ai?

Me virei e vi Kate com um expressão confusa.

Eu-Alguém pegou minhas roupas.

Kate-Como assim?

Eu-Eu estava tomando banho e quando vim pegar minhas roupas elas não estavam mais aqui.

Kate-Isso é estranho...

Falou e vi que a mesma estava com uma muda de roupa e uma toalha na mão, eu fui até ela é peguei a toalha de suas mãos, estava batendo um vento frio e eu estava quase congelado.

Me enrolei na toalha e jurei que ouvi alguém suspirar um tanto... Incontente? Me virei para ver se alguém estava lá, mas não tinha ninguém. Dei de ombros e me virei para Kate.

Eu-Vai tomar banho, eu vou te esperar para garantir que ninguém roube suas roupas também.

Falei e ela concordou, fomos para perto da cachoeira novamente e ela se despiu e entrou na água, que estranhamente tinha ficado muito fria.

Fiquei na margem com os pés na água, enquanto vía Kate se tremendo toda, olhei para o céu e entendi por que tinha esfriado tanto, o tempo fechou completamente.

Kate-Nossa, está frio mesmo.

Ela saiu da cachoeira e como eu estava com a toalha, só vestiu a roupa sem se enxugar.

Eu-Vamos logo, porque está vindo uma chuva por aí.

Me levantei e vi ela concordando, apressamos o passo e fomos para a casa de Braeden, assim que chegando na frente da casa começou a chover, bom, pelo menos não choveu enquanto estávamos vindo. Pensei.

Braeden-Vocês demoraram.

Falou quando chegamos na cozinha, ela me olhou da cabeça aos pés um tanto confusa por eu estar só de toalha, resolvi ir me vestir antes que André aparecesse.

Fui para o quarto e vasculhei minha mochila procurando por meu moletom preferido, se André não o colocou aqui, juro que vou matá-lo. Vasculhei mais um pouco e achei, que sorte!

Peguei o mesmo e o vesti, ele era da cor preta e ia até metade das minhas coxas, não vesti nada por baixo, porque não me preocupei muito. Meus cabelos estavam molhados, eu pensei em secá-los, mas... Não tinha energia.

E o pior é que tinha escurecido completamente, até mesmo a casa tinha ficado escura. Eu dei de ombros, assim que era bom pra dormir, né? Se bem, que não estava com sono, mas sim como fome.

Sai do quarto e fui para a cozinha, todos estavam sentados na mesa e eu então senti um cheiro muito bom saindo das panelas que estavam no fogão, Braeden estava cozinhando algo e parecia delicioso.

Eu-Que cheiro bom.

Comentei.

André-Tenho que concordar com você.

Ele estava sentado na mesa me olhando, ele observou o moletom que eu estava, acho até que ia reclamar se... Nós não estivéssemos no meio do nada morando numa casa pequena contendo só eu, ele, Braeden e Kate.

Ele sempre reclamava, porque de vez em quando levava alguns amigos lá para casa e eu ia recebê-los assim. Não tinha vergonha mesmo  e sem falar que nunca quis namorar ninguém, então não daria trela para os amigos pervertidos dele que ficavam me olhando enquanto eu cozinhava algo para os folgados comerem.

Braeden-Está pronto.

Falou interrompendo meus pensamentos, eu fui até ela e a ajudei a servir a comida, bem que estava cheirando mesmo, era carne de panela, parecia ótimo, quer dizer, era melhor que não ter nada para comer, não é?

~Quebra de tempo~

Eu-Estava ótimo.

Falei ao terminar de lavar meu prato, Braeden apenas acenou e sorriu para mim, eu fui para o quarto, já que não tinha mais nada para fazer, ainda está chovendo e mesmo se não estivesse o que eu faria? Espera... Será que André pegou meu diário.

Fui correndo até a mochila e o achei no instante que olhei para a mochila, ele era muito importante para mim... Pensando nisso, quando estava na casa dos pais de Kaique, peguei o diário dele, fiquei curiosa ao ver aquele caderninho azul na escrivaninha dele.

Eu abri na página que estava marcada, até pensei em ler, mas a única coisa que eu vi antes dele chegar no quarto foi "Hoje conheci uma garota, ela era muito..."
Quando ia ler o resto, ele chegou.

Quando eu escondi o diário atrás de mim, sabe... Ele chegou perto, perto demais, eu pensei até que ele ia... Me beijar, mas isso não aconteceu, eu não devia ter me iludido em até acreditar que ele podia me beijar, ele queria era conseguir minha confiança.

Mais por que tudo que ele me disse parecia tão real, inclusive suas palavras falando com Braden naquela sala, mas não posso acreditar, não depois do pai dele tentar matar o André e depois de ter matado a mãe de Kate.

Me deitei na cama e me abracei ao meu diário, meu coração parecia apertado, não queria ter me afastado de tudo e de todos desse jeito e ainda levar André e Kate comigo.

O barulho da chuva me acalmou um pouco, eu fechei os olhos e em um segundo a escuridão já tinha me levado para um sono pesado.

TransformadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora