Capítulo 117

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Layla narrando

Não tinha ninguém, absolutamente ninguém nas ruas, o que demonstrava que já deveria ser tarde. Lucas parecia não se importar com isso, não sei porque ele insistiu em vir comigo... Mas com ele fazendo aquela carinha de cachorrinho pidão, era impossível dizer não.

Estávamos andando distraídamente e conversando sobre assuntos aleatórios, eu fui pelo caminho mais longo junto com ele, apesar de longo era o mais seguro e também... No outro caminho teríamos que passar pela frente da escola, sim, há aula noturna na escola, mas não é por causa disso, é que se passássemos por aquela rua, teríamos que passar por aquela "vila".

Se de manhã já foi uma péssima experiência, imagina à noite, no escuro com pessoas"invisíveis" atrás de você sussurrando coisas estranhas, ainda mais... Lucas já tinha passado por aquilo e eu realmente não queria vê-lo daquele jeito novamente... Depois "daquilo" Com seus olhos, ele se demonstrou muito cansado e até mesmo desmaiou.

Pensando nisso, eu nem deveria levá-lo para lá, e se algo acontecer e eu não estiver por perto? Me deu uma imensa vontade de voltar, mas já era tarde demais, já haviam chegado naquela parte da cidade.

O homem de antes estava aparentemente me esperando, ele estava na frente do restaurante de antes, que estava fechado, embora, vários outros estabelecimentos estivessem abertos pelo restante do local.

Nunca tinha visto essa parte da cidade desse jeito... Tão movimentada, por incrível que pareça tinham pessoas circulando pela rua e vários estabelecimentos abertos, até mesmo motéis e coisas do tipo que não havia notado ter pela manhã.

A propósito, não pensem que eu esqueci da surpresinha para as crianças, apenas não quero que Lucas esteja lá quando eu o fizer, ele não é vingativo ou algo do tipo, então...

Quando voltarmos para a nossa "casa", eu direi que preciso fazer algo e ai vou na casa deles. Eu já disse antes que conheço todos da cidade? Pois é, também sei suas casas, sou boa em decorar as coisas.

Gabriel-Que bom que você veio, recebeu o vestido?

Eu-Sim, a propósito, como você sabia onde era minha casa?

De certa forma fiquei aliviada por ter sido ele a me mandar o vestido, e se não fosse o mesmo? Quem seria? Enfim. Po-
rém também fiquei curiosa pelo fato dele saber meu endereço.

Gabriel-Eu falei com uma das pessoas do restaurante e ele me deu seu endereço.

Como eles sabiam meu novo endereço? Enfim, eu estou aqui para trabalhar e não para interrogatórios, apesar de eu ainda estar com a pulga atrás da orelha.

Eu-Aonde é seu estabelecimento?

Gabriel-É logo ali, vamos. Aliás, é uma honra ter você nele.

Ele sorriu para mim e eu apenas acenei, Lucas pegou na minha mão e nós dois seguimos o mais velho, ele nos levou para um local um tanto afastado dos outros lugares, mesmo assim, parecia o local mais agitado dali.

A música alta invadiu meus ouvidos e também... Havia um forte cheiro de bebida, eu não devia ter trazido Lucas para cá, meu Deus...

Eu-Jesus.

Falei ao entrar no local, não era nada muito "ruim", haviam a algumas dançarinas em cima de um palco e também algumas mulheres servindo os homens que observavam o palco, ou apenas bebiam e conversavam entre si.

Mesmo não tendo " Nada demais", aquilo ainda era meio estranho, já que eu nunca tinha ido num lugar parecido, a música não tinha letra ou algo do tipo, eram apenas algumas batidas e as mulheres no palco pareciam dançar a partir delas.

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