Capítulo 123

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Nicolle narrando

Kaique estava no hospital e meu marido e eu estávamos na sala de espera, na realidade, tínhamos pedido para um médico em especial consultá-lo, ele assim como nós era um vampiro, então podia entender o que tinha acontecido com Kaique.

Eu já estava ficando preocupada e apesar de John não demonstrar ele estava também, não demorou muito para que o médico viesse até nós e nos levasse para ver nosso filho, o mesmo já estava acordado e eu suspirei aliviada ao vê-lo consciente.

Dr. Henrique-Eu ainda não pude descobrir o que o filho de vocês tem, mas conforme o que ele me disse... Eu acho que pode ser algo muito grave.

John-O que está acontecendo com ele?

Dr. Henrique-Ele está, literalmente, rejeitando qualquer tipo de sangue, até mesmo o nosso sangue.

Eu-Isso poderia ser... Uma ligação de sangue?

Dr. Henrique-Eu pensei nisso também, mas não tem os sintomas que costuma ter e ele sequer se alimentou de alguém, então não tem como...

John-Por que você não nos contou que isso estava acontecendo com você?

Eu-Discutimos isso depois John, temos que conversar com seu pai, talvez ele saiba de alguma coisa sobre isso.

John concordou e saiu do quarto, em seguida vi ele pegando o celular e ligando para Jason que logo atendeu, o mesmo tinha ficado na casa para cuidar de Nina, já que a mesma não podia entrar no hospital, não ouvi a conversa entre os dois, estava mais preocupada com Kaique.

O mesmo estava mais pálido que o normal e por ter batido sua cabeça, a mesma estava enfaixada, o que significava que ela ainda não tinha se curado, a regeneração dele estava devagar o que me preocupava ainda mais.

Antigamente eu era uma humana, porém John me transformou, fui eu que pedi para o mesmo, já que... Eu estava grávida dele, isso não importa agora, Nicolas, Kaique e Nina, ainda tem uma parte humana, por isso é tão estranho o que Kaique está passando.

Isso se parece muito com a ligação de sangue, porém deveria ser praticamente acontecer isso com ele, exatamente por ele ser meio humano, algo está muito estranho.... Eu não sei porque mais sinto que os 12 selos tem alguma coisa a ver com isso.

John e Jason podem até pensar que eu não sei sobre a profecia, mas eu sei, pesquisei em livros e estudei mais do que ninguém sobre aquilo, sei que os 12 selos estão esperando apenas a oportunidade certa para ver o circo pegar fogo.

Se eles fizeram algo contra meu filho, eu viro bicho, não me interessa que merda eles são, já faz algum tempo que estou com vontade de iniciar uma caçada contra eles e se eles realmente fizeram algo... Eu vou arrancar a cabeça de cada um deles.

Eu sei que eles são perigosos e o escambau, mas eu não ligo, eu viu atrás deles até no inferno se for preciso, meu "instinto" De mãe está dizendo que eles tem um dedo, se não o braço inteiro nisso. Mesmo assim... Se for algum tipo de ligação de sangue... Com quem Kaique está ligado?

Autora narrando

Nicolle poderia não parecer a melhor mãe, porém ela se preocupava com os filhos e já estava ficando irritada com os 12 selos, não só pela suspeita de terem feito aquilo com seu filho, mas também porque sabia que uma hora ou outra, talvez eles conseguissem que uma guerra acontecesse e era a gota da água pra ela.

Enquanto isso com Layla...

Ela estava conhecendo a casa, Ágata estava apresentando a mesma, já que Érica teve que sair para seu outro trabalho de meio período e Bianca, bom, a mesma estava ocupada demais com Lucas, a mesma parecia gostar mesmo do menino.

Ágata-Aqui é o seu quarto, bom, como só temos dois quartos na casa, você terá que dividir ele comigo.

Layla balançou a cabeça levemente e entrou no quarto, bom, ele assim como o resto da casa, era simples, as paredes e piso de madeira, haviam duas camas, uma encostada em cada parede e duas mesinhas, uma para casa mesa. De um lado do quarto, tinha um mural com várias fotos e tinham algumas fotos de homens sem camisa, convenhamos, era bem a cara da garota ter aquilo no quarto. Layla quase quis rir com o pensamento.

Layla-Devo supor que vou dormir naquela cama, certo?

Ágata-Er... Sim, não liga muito pras fotos.

Disse e Layla sorriu concordando, tinha uma outra porta no quarto que, provavelmente, era o banheiro, tinham dois armários, ambos brancos e por fim, tinham dois abajures em cima das mesas, antigamente citadas.

Ágata-Antes tinha mais uma garota morando com a gente, mas ela sumiu do nada, bom, ela deixou a maioria das roupas dela aí, mas se quiser pode jogá-las fora, ela provavelmente não vai voltar pra buscar... Enfim, ainda tem bastante espaço no armário para suas roupas e do Lucas.

Layla-Ok.

Ágata-Bom, fique a vontade, eu vou ter que sair, mas volto logo.

Layla concordou novamente e observou a outra sair pela porta, a mais nova logo se sentou na cama e suspirou pesadamente, bem que ela queria não ter preocupações, mas desde algum tempo atrás ela tem sentido algo estranho.

Bom, aquilo não era uma novidade, só que ela sabia que sempre que se sentia assim, alguma coisa ruim acontecia, por isso ela acabará ficando preocupada, mesmo assim, ainda estava decidida em ficar ali. Até mesmo pediu para Lyra lhe dizer como fazer uma barreira ao redor da casa e assim o fez.

Claro que as três não perceberam, Lucas podia até perceber, mas ele deve saber que era para protegê-los. Depois de algum tempo sentada, ela se levantou e foi até o armário da antiga companheira de quarto de Ágata.

Tinham algumas roupas e ela percebeu que pareciam muito com seu estilo e também... Era praticamente o mesmo número que o seu, então ela decidiu ficar com as roupas da garota, como Ágata mesma disse, a garota não voltaria para pegar.

Algo chamou a atenção dela... Por que diabos tinha uma carta ali com seu nome no remetente? Talvez uma outra Layla? Na dúvida ela pegou a carta e abriu, podia ser invasão de privacidade, mas quem se importa?

Ela começou a ler a carta com os olhos atentos e então acabou que eles quase saltaram quando ela leu o começo da Carta, aquela no qual estava escrito:

"Faz algum tempo, Layla... Você não deve saber quem eu sou e eu queria poder manter segredo, mas eu sei que você está me procurando e quero que saiba que estou viva e aqui... Aqui na cidade, estou de volta, filha...

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