Capítulo 35

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Layla narrando

No final eu acabei concordando, apesar de ter acabado de acordar, eu ainda estava morrendo de sono, fico feliz por Nicolas não ter desconfiado de nada, mas disse que chamaria alguém para me examinar, ainda não era tão tarde assim.

Ele já tinha saído do quarto para ir buscar o médico, eu me pergunto se o garoto está bem, eu não dei meu sangue dele para nada, apesar de saber que ele não vai retribuir o favor.

Eu e minha maldita preocupação com desconhecidos. Me levantei da cama e andei até a porta, a mesma estava aberta e eu simplesmente sai do quarto, o corredor era enorme e não sabia para onde, acho que posso acabar me perdendo se eu andar por aí.

O corredor era longo e largo, as paredes eram pintadas de um vermelho meio sangue e o corredor era bem iluminado, ainda me pergunto como pode ter energia aqui.

Me afastei do quarto e fui andando pelo longo corredor, tinham várias portas no mesmo, eu aposto que tem vários quartos por aí, duvido que todos estejam sujos e desorganizados, como ele disse, mas acho melhor não insistir no assunto.

-Hey, onde está indo?

Ouvi uma voz atrás de mim e me virei, apenas para ver Nathan, ele tinha um sorriso mais pude ver que por trás estava bastante preocupado... É meio estranho alguém se preocupar comigo tendo acabado de me conhecer.

Eu-Ah, oi Nathan, como você está?

Nathan-Eu que devia perguntar isso, não acha? Fiquei preocupado quando te vi caída no chão, afinal, o que aconteceu com você?

Eu-Apenas me senti mal, deve ser por não ter comido nada o dia inteiro.

Inventei uma desculpa na hora, nem ele e muito menos Nicolas devem saber que dei meu sangue para aquele garoto, Nicolas vai acabar com ele, apesar de eu ainda não saber por que ele deixou ele vivo.

Nathan-É melhor nós voltarmos para o quarto, iremos acabar nos perdendo nesses corredores.

Eu concordei e segui ele de volta ao quarto, quando entramos me sentei na cama e ele me fez companhia até Nicolas chegar com o médico. Quando o mesmo chegou ele olhou com cara feia para o Nathan e o mesmo apenas sorriu.

-Prazer, mocinha, eu me chamo Fernando e vim examiná-la.

O homem de cabelos pretos sorriu de maneira gentil e eu retribui o sorriso, ele veio até mim e me fez algumas perguntas relacionadas a minha alimentação e se eu estava sentindo dores. Depois ele tirou alguns materiais de sua maleta para me examinar melhor.

Quebra de tempo

O Doutor guardou seus materiais e olhou para Nicolas e Nathan.

Fernando-Pelo que pude ver, ela está bem, mas estranhamente parece que... Ela está com pouco sangue, talvez pelo fato dela não ter se alimentado bem e ter tido sua primeira transformação, mas... É muito estranho.

Nicolas pediu para Nathan acompanhar Fernando até a saída e ele foi meio a contra-gosto, eu estava deitada na cama e minha visão começava a ficar embaçada de novo.

Nicolas-Como se sente?

Eu-Acho que bem, só com um pouco de sono.

Eu falei tentando manter os olhos abertos, Nicolas me embrulhou e me ajeitou na cama confortavelmente, sabe, é meio estranho ver essa expressão de preocupação no rosto dele e pior ainda é estar sendo cuidada desse jeito por ele.

Ele está me tratando como se eu fosse algo muito valioso para ele, eu pensei que ele estava cuidando de mim só por eu ser nova na alcatéia, mas... O olhar e o toque dele demonstram outra coisa. Ele até mesmo fez cafuné em meus cabelos para eu dormir, o que não demorou muito para acontecer.

Nicolas narrando

Ela dormiu...

Nem parecia a garota marrenta e que tentou fugir de mim a todo custo, ela parece tão inofensiva dormindo, agora posso entender por que meu irmão gosta dela... As vezes a personalidade dela me surpreende.

Não vou deixar meu irmão tê-la, não é por que ela simplesmente faz parte da alcatéia, naquele dia... No dia que eu a encontrei... Ela parecia ser a luz no fim do túnel.

Tsc, em pensar que tudo se tornou ainda mais complicado para mim apenas por que eu a transformei, se eu não tivesse o feito provavelmente ela teria um vida normal até completar seus 18 anos e eu teria uma vida mais tranquila.

Agora meu pai e irmão estão quase descobrindo a alcatéia por minha falta de cuidado, sem falar que nunca vão parar de perseguir Layla e seus amigos, tá bom, eu seu como ela se sente e devia mais que ninguém compreender os motivos para ela querer fugir daqui, mas...

Toda vez que penso nisso...

-Interrompendo?

Olhei para a porta e vi Nathan, ele tinha um olhar divertido e um sorriso sacana, eu final que tomar cuidado com ele, pra mim ele está se aproximando muito de Layla...

Eu-Não. O que você quer?

Nathan-Só vim ver se ela estava bem, afinal, eu também fiquei preocupado.

Eu-O médico disse que ela está... Com falta de sangue, isso é estranho não é?

Perguntei e ele assentiu, desde que o médico me disse sobre a falta de sangue no organismo dela, eu fiquei incomodado... Isso era muito estranho.

Nathan-De qualquer jeito se algo aconteceu, não vamos saber, já que, pelo visto, ela nunca vai falar.

Eu-Você tem razão.

Suspiro.

Nathan-Amanhã eu volto para ver como ela está, está tarde, então boa noite alfa!

Ele da um aceno com a cabeça antes de ir e eu me levanto, segui pelos grandes corredores e fui para o andar de baixo desligar as luzes, quando o fiz voltei e desliguei as luzes do andar de cima também.

Quando cheguei no quarto desliguei a luz também e fui para o banheiro, tomei um banho rápido e voltei para o quarto vestindo um short de dormir escuro e uma blusa cinza confortável.

Quando me deitei não pude deixar de reparar que Layla estava enrolada nos lençóis como uma pequena bola, instintivamente toquei sua testa e percebi que a mesma estava com febre.

A garota estava dormindo tão pesadamente que não quis acordá-la para lhe dar remédios, a febre nem estava tão alta assim, ela podia esperar até amanhã... Mas também, nada me impedia de esquentá-la um pouco, né?

Me deitei ao seu lado e a puxei um pouco mais para perto, coloquei meu braço ao seu redor e nos cobri com o lençol, quando ela acordasse talvez ficasse com raiva, mas agora... Ela parece tão confortável...

O cheiro dela era tão bom... Deve ser por isso que atrai tantas pessoas, até mesmo os humanos... Ela tem um dom incrível e ainda nem sabe. Coloquei meu rosto na curvatura de seu pescoço inalando mais seu cheiro... Tão doce...

Layla narrando                     (Pela manhã)

Acordei sentindo uma respiração em meu pescoço, quando dei por mim percebi que tinha um braço por cima de minha cintura me segurando e me prendendo contra o corpo da pessoa.

Com muita dificuldade eu consegui me virar e então percebi que a pessoa era Nicolas, para meu azar quando me virei fez com que ficássemos ainda mais perto um dia outro e por isso nossos rostos estavam muito próximos.

Eu-Nicolas, acorda!

Eu falei o empurrando um pouco para longe, por sorte seus olhos abriram alguns segundos depois e percebendo a proximidade entre nós dois ele me soltou e se afastou.

O que me deixou mais aliviada, mas Kylie tão cedo, começou a reclamar, ela esperava alguma coisa a "mais". O que já era de se esperar.

Nicolas-B-bom dia!

Ele está... Corado... Isso é estranho...

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