A Magia De Uma Carruagem

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Quando sua alteza se retirou, Sam perguntou-me se queria conhecer um pouco mais de Glasgow, respondi que sim, apesar de pensar para mim que iria morrer congelada, deu-me a mão e lá fui atrás dele. Chegando cá fora vi uma carruagem fechada puxada a cavalos no pátio do palácio, Sam como sempre gentil, ajudou-me a subir e ao entrar reparei numa grossa manta de pêlo e agradeci a todos os Santos, Sam entrou pela outra porta e sentou-se ao meu lado puxando a manta para cima de nós, estava bastante reconfortante, além da manta quentinha senti o seu calor junto a mim e pensei que iria abrasar daí a uns minutos, como qualquer escocês foi do mais simpático e conforme íamos passando pelos sítios típicos de Glasgow ia-me contando as histórias e lendas associadas. E conversa vira conversa perguntei-lhe se Jaimie Fraser era algum parente. Ele deu uma gargalhada com gosto
-Não, Jaimie Fraser é a minha personagem na série Outlander que  Co protagonizo com a actriz Caitriona Balfe, não conheces?
-peço desculpa mas não, nunca vi, vale a pena? Desculpa estou a brincar é que raramente vejo televisão.
-hum…  temos de remediar isso, então,  eu mostro-te um pouco de Outlander e tu mostras-me um pouco de um dos teus bailados pode ser?
-está certo pode ser e puxamos os dois pelos telemóveis ele ligou o seu na Netflix e puxou um episódio, o casamento era como se chamava a e assisti arregalada  com o que estava no ecrã, quando ele pregou um beijo na Claire assim se chamava a mulher de Jaimie olhei para ele  fixei-o e disse-lhe – é  tua alguma coisa na vida real?
-aahahhaa - riu-se- não, não é… para tristeza da maior parte do Fandom, mas não, somos só amigos.
-hum. OK e continuei com os olhos pregados no ecrã sem ver Glasgow, só com olhos para aquele casal na tela que faziam amor com uma entrega e uma paixão  que raramente se vê em séries de TV. A dada altura senti-me constrangida de estar ali ao lado dele a ver tudo aquilo, sentindo o seu corpo tão próximo de mim e tão vestido ao contrário do seu personagem,  senti que estava  demasiado perto, quase caída em cima dele e olhando para ele endireitei-me, de boca aberta como se me tivesse faltado o ar  por momentos, ele retribuiu e olhou para os meus lábios, senti um formigueiro tão intenso como se me tivesse beijado
-e tu tens espetáculos que possamos ver?-perguntou
-Ahm? Ah sim, sim. – peguei no telemóvel e pprocurei um dos primeiros bailados “O lago dos cisnes” onde eu e Thiago dançávamos entregues um ao outro, bebendo o ar um do outro.
-É teu alguma coisa na vida real? – perguntou Sam da mesma Forma que antes eu lhe tinha perguntado
-Não, também não, somos amigos sempre fomos desde o primeiro dia  em Inglaterra, que foi o meu maior amigo e apoio.
-Assim como eu e Caitriona.
-É, isso,  assim mesmo.
-Estás com frio? – E passou um braço sobre os meus ombros e eu cheguei a minha cabeça perto do seu peito inspirando aquele cheiro de homem com um perfume maravilhoso, adorava homens cheirosos.. E ao pensar isso,  devo ter emitido algum som pois ele segurou-me no queixo levantou-mo e muito devagar beijou-me, deixei porque me estava a saber tão bem, Aquela boca meu deus, aquela boca além de ser linda era muito saborosa, as minhas mãos mexeram-se, não me lembro bem de onde para subirem pelo seu peito acima e senti através da camisa o seu corpo quente na palma da minha mão e ouvi soltar-se da minha garganta um som que não ouvia há muito tempo. Sempre fui desinibida mas nunca tinha visto este homem e já me estava a beijar desta forma, suave, mas definitivamente carregado de desejo, também estava a sentir que deveria colaborar ao mesmo tempo que pensava que não deveria fazê-lo, ora que se lixe, nunca mais o vou ver apesar de ambos andarmos no mundo da Cultura e arte nunca antes nos tínhamos encontrado e não é o único caso de uma noite para mim e com certeza não será para ele – agarrada ao seu pescoço e aproveitando o alento devolvi-lhe o beijo deixando-me levar pelo momento e assim as nossas línguas encontraram-se dançando o mais antigo bailado que dois corpos conhecem, uma das mãos dele vagueou por baixo da manta apalpando-me as coxas para baixo e para cima, a minha mão subiu até aos seus cabelos sentindo a suavidade daqueles incipientes caracóis louros senti a mão dele subir-me a saia e suspirei fundo deslocando-se muito devagar senti as suas mãos a abrirem-me as pernas e a deslocarem-para o centro do meu ser
- Helena, tão quente Cristo, que suave – disse ele- apenas me desviei um pouco para lhe dar consentimento com o meu olhar perdido naquele azul intenso totalmente alheada do mundo senti-o dentro de mim e colei a minha boca na dele mais uma vez exigindo mais profundidade naquele beijo e senti também ele derreter-se comigo meu Deus que delícia, o movimento por baixo da manta intensificou-se e  gemi.
– Sam- gemi como que pressentindo que eu o deixaria fazer amor comigo ali ou em qualquer outro lugar meteu mais fundo indo e vindo acariciando-me o clitóris com o polegar foi fácil para mim baixar a minha mão e acaricia-lo também sentindo-o duro corri a mão por ele sentindo-o pulsar dentro das calças ouvindo-o acelerar a respiração misturada com a minha tirei-lhe o pênis para fora massajando com urgência e ele dando-me dele com o coração a correr como um cavalo até que me senti esvair de encontro à sua mão e ouvi-o dizer-me
– sim, sim  continua, meu Deus como, como ahhhhh - senti a minha mão húmida com o seu sémen e o cheiro almiscarado penetrou-me as narinas desejando ter cometido o acto com ele dentro de mim, separamo-nos ainda a tremer e com as respirações alteradas  ele completou  retirando os  dedos de mim e levou-os à boca chupando-os num dos gestos mais sensuais que eu alguma vez vi, cheguei-me a ele beijando-lhe os dedos e a boca, também – e agora vamos para o meu hotel?
-Não - disse-me - vamos para o meu apartamento, concordas?

A vida numa dança Where stories live. Discover now