Família E Passeios À Beira Mar

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Sentamo-nos e comemos, saboreando com gosto tudo o que estava em cima da mesa, conversamos, eu e Sam contamos como se tinha passado este mês e meio, (parecia que já tinha sido há mais tempo) as perguntas foram cordiais e simpáticas, sobre a vida de Sam e ele pôs-se à vontade, como era do feitio dele, ao fim de umas horas, parecia que já se conheciam todos há anos, eu estava feliz. Levantei-me da mesa para ir à cozinha buscar mais um prato de perceves que estavam no frigorífico fresquinhos, quando me virei, vi Rodrigo com um largo sorriso de braços cruzados a olhar-me : E então caçula, estou a ver que Ana não me omitiu nada, estás feliz?.
- Oh Rodrigo, e abracei-o,  estou sim, muito, não te preocupes. A sério, amo e sinto que sou correspondida na mesma moeda.
- Pelo que vi e ouvi até aqui, tenho a mesma impressão, mas também estou um pouco receoso…  a semana passada, a Sofia…
- OH credo, o que foi que disse a Sofia?
- Bem, ela esteve a elucidar-nos sobre Sam, - hum, e olhei para ele. – bem mostrou-nos várias coisas e opiniões, maninha , convém andar de olho aberto, há gente muito doida e aquelas fãs de Sam algumas assustam e não estavam muito felizes contigo…  só peço que tenham cuidado, sei lá, parvoeiras, mas também quero que sejas muito feliz, prometi isso aos nossos pais e além de todas as coisas que tens feito por Ana.
-Nada que ela não merecesse, ela é muito boa.
-Eu sei, mas também sei que tu a influencias-te muito na vida que queria para ela e isso foi sempre muito tranquilizante para mim. Sabes que sempre que precisares os meus braços estão aqui para ti.
-Eu sei - E beijei-o na face. – vamos,  vamos levar este petisco maravilhoso, este bichinho é pequenino mas o meu preferido. – coloquei-os na mesa e cheguei-me a Sam beijando-lhe o cucuruto da cabeça abraçando-o por trás, segredei-lhe ao ouvido – come,  são afrodisíacos. Ele olhou-me, sorrindo e agarrando-me os braços com força. Depois de todos terem ido embora e arrumado a cozinha, ficamos a sós. – E então, gostaste deles?
-Sim, super simpáticos, a caçula tem a quem sair. – um de cada lado da mesa demos as mãos.
-Sofia, é tua fã.
Percebi – deu um sorrisinho de lado – mas portou-se bem, ahahahhha. – rodeei a mesa e sentei-me perto dele, bem juntinhos ficamos ali mais um pouco a apreciar o mar que estava agora a encrespar-se como que pressentindo toda a tensão que estava agora a sair dos nossos corpos, dando lugar a um sentimento de calmaria, demos as mãos e fiz-lhe uma tour guiada pela casa, deixando para o fim o meu quarto.


Era um quarto claro com uma grande varanda de onde se podia apreciar o mar. Sentamo-nos ali abraçados numa chaise longue .
-Quando vais mesmo para Tóquio? – perguntando-me e baixando a chaise para nos deitarmos. Deitei-me bem aconchegadinha, não estava calor nem frio, uma temperatura ótima.
-Dia 21 de Julho tenho de ir para Londres e dia 23 parto, nem era para estar aqui, deveria estar em Tokyo, tinha combinado antes que iria a 7, mas entendi-me com Nemiah , ele  já foi e percebeu que mais valia ser assim, resolver as minhas coisas para depois sair tudo da melhor forma.
-As coisas? Eu? – hum cheiroso.
-Ah não só tu, precisava vir recarregar baterias com a família também. Sou muito ligada a eles, como pudeste ver, somos uma família grande mas muito unida e desde o falecimento dos meus pais, que foi muito doloroso para todos, ficamos mais ainda. O meu pai era a alma mater da nossa união, a minha mãe também mas como todas as mães e a sua proteção  por vezes desmedida, fazia com que nós por vezes fugíssemos das rédeas dela, mas foi muito boa mãe e o meu pai cinco estrelas, irias gostar deles.
-Mas ficou alguém com zelo de pai, o Rodrigo hum?
-Ahhha sim, disse-te alguma coisa? – e levantei-me num braço para olhar para ele, estava a sorrir.
-Bem nada diretamente, mas percebi nas entrelinhas que se te magoar, cá em casa são cinco mais cinco aditos e mais nove pirralhos que bem depressa me atavam numa caixa e enviavam-me em correio azul para o Cazaquistão. – fez um beicinho.
-oh, tadinho do meu Sam, bem já sabes, tens a sentença lida! – e pulei para cima dele estendo-me sobre ele acariciando os caracóis daquele cabelo.
- Portar-me-ei dentro da linha. Serei o primeiro a defender-te nunca a magoar-te, prometo. – e selou a promessa com o seu corpo, passando as mãos por todo o meu, até onde conseguia alcançar naquela posição, dali foi um passo para me levar para a cama despir-me a adorar-me como se deve adorar uma mulher.
No dia seguinte acordámos tarde, levei-o pela praia visitamos o cabo Sardão, para mim um dos sítios mais lindos do litoral alentejano, almoçamos no  Sacas onde fui recebida por Arminda, amiga de escola e ótima Chef, e provamos todas as iguarias do seu paladar experiente, mais tarde fomos a Almograve
Onde o rio se encontra com o mar formando uma paisagem linda, Sam estava extasiado com tanta beleza.
-Escócia é linda, mas Lena do que tenho visto até aqui Portugal não fica atrás. Merece que consigamos viajar e conhecer mais. Temos mesmo de o fazer.
-É lindo sim, sabes que já é pelo segundo ano consecutivo, para os leitores da USA Today, o melhor destino de férias da Europa. Sei que não é só pelas paisagens, gastronomia, paz, mas também porque os países do norte da Europa e americanos, vêm para Portugal e fazem vida de ricos, enquanto no país deles são de classe média. É tudo mais barato para eles.
- Sim, a carteira também pesa, mas julgo que tudo o que mencionaste antes pesa muito mais.- Voltamos para casa, satisfeitos depois de um banho, fomos jantar a Porto Covo, levei-o ao melhor restaurante da zona onde se podia provar o melhor da comida tradicional portuguesa, ficamos ali na varanda a  observar o mar, na Taska do Xico, o Xico era pai de uma amiga de escola, liguei-lhe e quando chegámos fomos levados logo para a nossa mesa, entre beijos e abraços e Maria sempre a dizer-me que seguia a minha carreira sempre que podia, que estava muito feliz por me ver e como não parava de olhar para Sam apresentei-o  ao mesmo tempo que apresentei o anel e ela pondo as mãos na cara sorriu-me toda feliz, - ah Lena sempre foste a sortuda de porto Covo, a sério? Esse homem é…. – e olhando de lado com um sorrisinho – O Jaimie Fraser, caraças. – ahahaha bem adorei,  Maria nunca teve maldade era apenas espontânea, disse a Sam que ela estava muito feliz por conhecer Jaimie Fraser ao mesmo tempo que o descansei em relação ao carácter de Maria, e ele olhou-a nos olhos e agradeceu, beijando-lhe a mão. Bem tive de a segurar pelo braço pois por pouco a  moça caíria redonda no chão com um suspiro, lá se aguentou nas canetas e abalou esbaforida para a cozinha para nos ir buscar a comida. Foi surreal. Foi uma noite linda, passeamos descansados pela vila, fomos a um ou dois bares, bebemos um pouco além da conta e resolvemos voltar para casa. Quando chegamos Sam queria ficar um pouco mais ali na varanda, a noite estava quente ou seria das bebidas, mas fui buscar mais um wisky para cada um, quando voltei não vi Sam, e chamei-o: Sam! Onde estás? – nisto ouvi barulho vindo da piscina, coloquei o copo dele em cima da mesa e beberiquei o meu, as roupas dele estavam no chão, a piscina era iluminada por umas luzes suaves por baixo de água, e vi aquele corpo soberbo a dar umas braçadas, subiu ao cimo e veio andando, subindo as escadas até perto de mim, parecia um deus grego iluminado, santo deus deus dai-me forças, porque eu estou derretida, abraçou-me todo molhado, o seu corpo escorregadio, pousei o copo, e passei as minha mãos por ele beijando-me foi-me despindo e levou-me ao colo para dentro da piscina, rodeamo-nos dentro de água, afagámo-nos nunca deixando de nos beijar, com muita calma, com todo o tempo do mundo, chegou-se a beira, colocou-me na sua cintura acariciando-me as nádegas e beijando-me os seios, puxei-o para mim, querendo que ele entrasse em mim, me preenchesse – ah Sam,  minha vida como me fazes feliz e perfeita para ti.
- Tu és perfeita minha musa, meu amor e partimos juntos numa cavalgada delirante, uma sensação poderosa com a água à nossa volta, um sem fim de tudo. Nada conseguiria ser mais perfeito, nem mil bailados, perfeitamente sincronizados, estávamos apaixonados.

A vida numa dança Where stories live. Discover now