V- Depois De Ti Mais Nada

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-Sim. Concordo. – bateu no topo da carruagem e indicou ao homem que nos levasse para o Chambers City novamente, saí da carruagem com as pernas bambas e o coração a bater de excitação e ele despiu o casaco e colocou-o na sua frente para tapar as suas calças  e camisa que ficou molhada, fomos de carro sem emitir um som, entramos no apartamento, acendeu as luzes do corredor e no mesmo instante carregou-me no  colo e levou-me para o quarto onde me despiu e beijou todo o meu corpo como se nunca tivesse existido ninguém mais, fez dos meus seios um altar de admiração da minha barriga uma mesa de iguarias, do meu sexo o mais saboroso líquido a ser tomado, Sam excedeu-se em atenções até que se desviou de mim e despiu-se, olhei para aquele homem puro músculo, gracioso,  lindo ,  loiro, enorme todo  ele, puxei-o para mim e rolei sobre ele beijando-o também, passando a minha língua, as minhas mãos frenéticas sob o seu corpo desejando mais e mais, agarrei-lhe o sexo e desta vez além das minhas mãos deixei a minha boca fazer o mesmo trabalho com toda a ânsia possível, quando o ouvi dizer o meu nome montei-o e cavalguei como se não houvesse amanhã com toda a minha vontade gritando o seu nome em profunda  admiração pelo prazer que me estava a dar  assim como eu sabia estar a dar-lhe a ele, rodou-me na cama e levantando-me uma perna penetrou-me fundo e mais fundo, colocando uma mão entre nós para prolongar esse prazer chamei-o a mim e senti-me ir na mais indefinível onda que alguma vez tinha sentido na minha vida. Terminamos exaustos e com os corações em uníssono.
– Helena, tu poderás dizer o que quiseres mas foi o melhor sexo que tive na vida. Moça tu és incrível.
Sorri e olhei-o
– não Sam, não digo nada estou nas nuvens, nunca pensei que o meu dia acabasse nesta apoteose, há muito tempo ou mesmo nunca, me senti assim, reforcei o sentimento beijando-lhe os lábios.
- temos de repetir -disse - acho que não podemos deixar de nos ver tão depressa.
Dei-lhe a mão acariciando-a e olhando para o tecto disse-lhe: Sam, as nossas vidas são tão diferentes, acho que não vamos ter tempo um para o outro e tornei a olhá-lo ele virou-se de lado passando um dedo pela minha face
– pensei que tivesses sentido tanto quanto eu.
– e senti, tanto como tu foi lindo, ótimo, maravilhoso, mas - e virei-me de frente para ele também—mas eu vivo em Londres, trabalho em Londres passo a minha vida entre Londres e Portugal e tu meu escocês vives aqui e tens a tua vida aqui,  a tua série ainda agora  começou pelo que disseste antes, logo não vejo como seja possível que nos possamos voltar a ver, mas sabes – e deslizei a minha mão sobre o seu corpo sentindo-lhe os músculos retesarem-se sob a minha palma, - ainda estamos aqui hoje, agora – agarrou-me e meteu-me dentro do seu abraço
– mas podemos falar, dás-me o teu número e eu dou-te o meu podemos combinar alguma coisa, o que achas, hum?- perguntou.
-sim, podemos sempre combinar qualquer coisa, agora anda vem…  amar-me…
E ele assim fez!  E mais duas vezes na noite nos procurámos para saciar um desejo que parecia não ter fim. De manhã acordei sentindo-me dorida mas satisfeita como há muito tempo não me sentia, uma energia brotava de mim e pensei em como seria possível voltarmos a encontrar-nos, não via saída, mas talvez mais algum dia precisasse de voltar a Glasgow, e quem sabe, perguntei-lhe - posso tomar um duche?
-claro está à vontade, também preciso.
-Então, a casa é tua… - levantei-me da cama sem pudores o que poderia ele não ver que não tivesse já visto, olhou-me de cima a baixo com ar apreciativo
- és linda, com essa pele de alabastro, linda - caminhei até à casa de banho e ele veio e agarrou-me por trás abriu o chuveiro fechou o poliban e enquanto a água escorria por nós beijou-me do pescoço às orelhas passeando as suas mãos pelas minhas costas estiquei os braços para a parede  para me situar e sentir algo sólido nas palmas das minhas mãos porque o que estava a acontecer por trás de mim não tinha nome, senti-o penetrar-me devagar languidamente, encostei-me mais a ele, agarrou-me um seio apertando-me o mamilo enquanto a outra desceu pela minha barriga e acomodou-se na minha vagina massajando o meu centro deixei de saber como me chamava, quem era eu, de onde tinha vindo ou para onde teria de ir, ao meu ouvido sibilava o meu nome num crescendo de excitação numa respiração exaltada meu Deus que loucura é esta que me extravasa a vida, virei-me para ele, agarrei-me com todas as forças nos seus ombros ele levantou-me agarrando-me as nádegas e penetrou-me fundo contra a parede do chuveiro, se antes tinha sido bom, agora foi memorável, veio-se com uma doçura dentro de mim e eu acompanhei-o numa sucessão de orgasmos que me fez gritar o seu nome – Sam, Sam, Sam!
Depois do banho tomado e de nos termos enxugado um ao outro disse-me: Helena,  tenho de te ver não podemos parar por aqui, não me queres ver mais?
-Quero Sam, não sei como, mas quero muito, hoje vou para Londres a minha sobrinha Ana a miúda que estava comigo, tem de voltar amanhã para Portugal, ela vai participar numa audição para o Royal Ballet School daqui a 15 dias e eu vou preparar as coisas para ela, para que ela consiga vir para Londres, vai ser uma correria muita coisa para fazer, além de que tenho os meus alunos., não posso deixar ficar ninguém mal, tenho uma amiga que me substitui nas faltas mas não quero abusar… deixa-me ver o que consigo, entretanto podemos sempre falar, ligas-me?
- Brincas comigo? Claro que te ligo e se puder irei ter contigo durante estes quinze dias, não te vais ver livre de mim tão depressa - e beijou-me.
Levou-me ao hotel mas pedi-lhe para não subir pois Ana já deveria estar à minha espera, nunca nada me tinha custado tanto como foi separar-me dele ali, um homem que não conhecia à 24 horas atrás, era como se já o conhecesse à anos, já estava a sentir falta dele, no carro beijamo-nos, acariciamo-nos, com a promessa feita, o bater da porta do carro nas minhas costas foi como uma pancada no meu coração, como viver depois desta noite, como viver depois de Sam Heughan.?

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