Uma Honra, Sr. Heughan

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Depois de uma noite assolapada pelas melhores razões do mundo, vestimo-nos depois de um banho juntos e fomos apanhar o avião para Glasgow, a cerimónia ia ser por volta das 15horas, íamos chegar quase em cima do acontecimento, quando chegámos fomos para a sua casa na colina, onde comemos uma salada de legumes e   nos vestimos com esmero entre beijos e toques,  Sam vestia um fato de Kilt lindo com uns bolsos ao que eu achei muita piada, eu levei um vestido vermelho justo até ao joelho, calcei umas sandálias de salto alto fino, cheias de tirinhas  e também vermelhas apenas uns brincos compridos nas orelhas em forma de espiral – estou bem? – perguntei franzindo os lábios? – Não estou muito sem sal? – disse-lhe espicaçando-o.
- Hummm, - sorriu de esguelha – estás linda, muito pimentinha – gargalhamos – só  falta uma coisa, espera. – e saiu do quarto, quando voltou, vinha com cara de menino travesso e ajoelhando uma perna disse-me: quando te fiz a pergunta nos jardins em Stirling, disseste-me que sim, que te casarias comigo, depois aconteceu aquela fatídica noite e fiquei com dúvidas, mas agora quero certezas, casas comigo Lena? Queres ficar comigo pelo resto dos teus dias? Para me amares e  respeitar-se, como eu te amo e respeito? – e abriu uma pequena caixinha de veludo com o mais lindo anel que eu já tinha visto – oh Sam, sim, sim, aceito-te com toda a minha alma, tão lindo, quero amar-te e respeitar-te pelo resto dos meus dias, peço – te perdão desde já por todas as burrices que vou cometer e que tenhas sempre vontade de me levar novamente contigo de mão dada, amo-te. – e ele colocou o anel no meu dedo, devagar, e beijou-me a mão.
-Minha, para sempre minha “mo graidh “. – Levantou-se e beijou-me profundamente.
Nesta imensa alegria lá fomos para a universidade onde ao entramos se ouviam as gaitas de foles e fomos cumprimentado e apresentados a todo o staff, antes das homenagens, o homem que tinha estado  na reunião, o dos olhos vesgos, chegou-se perto de mim insinuando-se todo meloso agarrando-me a mão, que eu troquei imediatamente pela do anel, ficando a olhar fixamente para ele disse-me:
-Bem, bem, isto não estava aqui da última vez que nos encontrámos, posso saber quem é o ffelizardo? Sam, apercebendo-se veio até nós e agarrou-me pela cintura.
- Eu, Gordon, sou eu, hoje podes felicitar-me por dois motivos. – o homem ficou corado e espantado, olhou para Sam:
- Sim, estou a ver, bem Sam fico feliz por ti, mereces toda a sorte do mundo, parabéns aos dois  sejam muito felizes.
- Seremos. E apertou-me mais contra ele. – olhei para Sam, estava com um sorriso de orelha a orelha que me contagiou de imediato. Gordon subiu ao palco e chamou pelos homenageados, quando estava a apresentar Sam, referiu ainda que o homenageado em questão tinha dois grandes motivos para ficar feliz: - Sam Heughan, o nosso,  se o posso chamar assim, o nosso protagonista highlander que levou o nome da Escócia pelo mundo, presidente da fundação Bloodwise, membro honorário da cahonas scotland que na última acção por seu mérito angariou 16,000 libras para a pesquisa do cancro da próstata e testicular, Sam é também Presidente e o fundador do MPC, My Peack Challenge,  um movimento dedicado a educar e inspirar os seu membros a viver uma forma de vida mais saudável, mais feliz, enquanto que com as suas inscrições e contribuições ajudam outras vidas, é o que podemos chamar de expoente da solidariedade e humanismo. Bem hajas Sam, e como estava a dizer, Sam está duplamente feliz, julgo que posso dizer – e olhou diretamente para Sam como que pedindo autorização, Sam abanou a cabeça afirmativamente, e ele continuou - que ficou noivo da nossa Helena,- um burburinho na sala - que foi durante anos a Primma Ballerina da Royal Ballet School, e que aceitou há  dois dias, mudar-se de armas e bagagens para o nosso conservatório, sejas bem vinda Helena, e chamo ao palco o nosso homenageado, Sam Heughan. – e foi lindo! Se  o podia dizer, melhor que em Stirling, porque aqui ele estava no seu espaço, na sua casa, alguns dos presentes tinham sido professores dele, e quando ele desceu do palco, foram junto a ele abraçá-lo, felicitá-lo pela homenagem, pela sua carreira e pelo seu noivado. Quiseram conhecer-me, alguns alunos de Ballet chegaram perto de nós, para conversar um pouco, ah foi muito bom e a minha mão sempre em Sam ou o braço dele na minha cintura, ah não sei mas senti a extrema felicidade, aquilo era a vida que queria para mim, pode vir por aí muita coisa, mesmo ruins mas esta certeza  ninguém me a tira, Sam é o meu mundo.

A vida numa dança Where stories live. Discover now