Interlúdio Na Casa De Banho

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Fomos à pequena receção dada pela universidade, Sam não cabia em si de felicidade e eu estava zonza com tanta gente a rodear-nos, fotos, felicitações, cusquice, todos queriam saber quando nos tínhamos conhecido, como, enfim um sem fim de perguntas às quais só respondemos o essencial escondendo o resto das respostas em sorrisos cordiais. Senti de repente Sam a puxar-me para um canto e disse-me com um ar matreiro: não tens vontade de ir a casa de banho, por acaso?
-o quê? À casa de banho? Nem por isso, estás-te a querer ver livre de mim? – levantei a sobrancelha.
-ahm? Não, claro que não, pelo contrário. Eu estou com uma vontade danada de ir, pensei que quisesses ir comigo.
-À casa de banho, Sam? Que coisa….  Adoro-te, mas não estou para aí virada, amor.
-Ah Lena, por vezes nem pareces a mulher que és – disse-me a rir - anda, como quem não quer a coisa vem atrás de mim, segue-me, mas vê se não se apercebem – piscou-me o olho, estava com ar de caso. Lá fui andando devagar atrás dele, ele ia parando pela sala dando apertos de mão efusivos e eu sorria também, apercebendo-me aos poucos do que ele queria fazer já estava mais corada que bandeiras vermelhas, só esperava que ninguém notasse a minha vergonha. Chegamos perto da casa de banho e enquanto eu estava a olhar para trás para ver se alguém nos estava a observar, senti um puxão para dentro que me desequilibrou quase estatelando-me no chão, fechou a porta e trancou-a, encostou-me virada com o rosto para a porta e subiu-me o vestido acariciando-me com vigor, beijando-me o pescoço.
-ah que vontade Lena, credo pões-me doido, com esse vestido justinho rebolando de cá para lá, os homens a apreciarem o teu traseiro, deus, estavam a pôr-me louco de ciúme.
-hummmm, é para sentires na pele o que eu passo a todas as horas contigo, coração, oh meu Deus e se vêm alguém? Oh Sam, oh santo deus – estava com tanta vontade quanto ele e penetrou-me, encostei-me a ele ondulando contra os movimentos dele gemendo, ao mesmo tempo que pensava que alguém me ia ouvir, ergui um braço e agarrei-me ferozmente aos seus cabelos, enquanto ele me passava a mão pelo corpo todo, saiu de dentro de mim comigo a resmungar que continuasse.
-Espera amor anda aqui – e subiu-me para o lavatório, agarrando-me no rabo penetrou-me outra vez - dá-me a tua boca - e sugou-me a língua, parecia que travava uma batalha, estava quase no meu limite e sentia-o pulsar dentro de mim, abri os olhos e vi-o no espelho da frente, que imagem, as calças em baixo e aquele rabo perfeito a encolher-se de cada vez que vinha a mim, oh deus, oh deus, que visão do paraíso. E atingimos o orgasmo juntos, beijando-nos com sofreguidão para ocultarmos os nossos gemidos. Ficamos mais uns segundos juntos a acalmar-nos a passar as mãos pelas faces um do outro, pelos cabelos.
-Sam, o meu cabelo, meu deus que vergonha, toda a gente vai perceber.
-Lena, deus deve estar com as orelhas a arder, de tanto chamares por ele – rimo-nos à gargalhada baixinho, enquanto nos limpavamos e arranjavamos as roupas e o cabelo lá o ajeitei da melhor forma possível e ele saiu primeiro, dando-me um leve beijo nos lábios. Passados uns segundos lá saí com uma autoconfiança imaginada e sentindo as faces a arder, pela barba de Sam e pela vergonha que estava a sentir, este homem faz-me passar coisas…  ninguém notou, ou eram demasiado educados para que se tivessem percebido não dizerem nada, muito mais educados que nós, não me saía da cabeça que tinha sido uma menina muito má e mal educada, onde já se viu fazer sexo na casa de banho dos outros, numa casa apinhada de gente, lá fui vagueando pela sala ao encontro de Sam que já estava a falar com um dos homenageados da noite como se nada se tivesse passado, apenas olhando para mim agarrando-me a mão, olhou-me com um sorriso de lado que lhe chegou aos olhos, e eu com o pensamento de que as meninas boas iam para o céu e as más tinham momentos destes com o homem mais lindo à face da terra… que se lixasse o mundo.

A vida numa dança Where stories live. Discover now