Descendentes Dark Times 2 Temporada

Algumas Discussões

Depois que todos foram embora Mal finalmente se viu sozinha com os seus pensamentos. Ela sabia que eles queriam o seu bem e o do bebê, mas necessitava ficar sozinha. Precisava pensar sem que houvesse milhões de vozes falando com ela e sobre ela.

Não podia ter um filho. Essa era sua verdade até pouco tempo atrás. Ainda estava começando a aceitar a ideia de ter alguém vivendo dentro dela e agora também tinha que entender mais esse problema.

Mal jogou a cabeça para trás pensando em como isso estava se tornando uma bola de neve maior do que imaginava. Todos viam que tinha uma pequena possibilidade desse serzinho não ter magia do cetro e se agarravam nessa esperança, contudo para a rainha isso já era um fato, o bebê era repleto de magia má. 

Tentou se distrair ouvindo suas músicas e vendo as notícias que estavam acontecendo, o que foi idiotice, pois o noticiário estava  mostrando outra vez o grupo “contra o reinado do rei Benjamim”.  Mal não queria  imaginar quando eles descobrissem a gravidez nada convencional dela, que daria a Auradon um herdeiro com magia. Por um momento ela riu disso, ver os cidadãos conservadores radicais descobrindo que o herdeiro real era mágico era engraçado.

— Oi. — Ouviu alguém bater na porta e quando levantou os olhos viu o rosto mais belo para ela. — Posso entrar? — Perguntou com medo dela ainda estar nervosa.

— Pode, claro. — Ela limpou o rosto para ele não ver o que estava fazendo há horas. — Esse quarto ainda é seu, certo?

— Estava chorando? — Acariciou o rosto dela passando os polegares pelas suas maças do rosto. — Desculpa por ter te tratado na terceira pessoa.

— Vem cá. —Puxou ele para mais perto. Deixou ele se sentar e recostar na cabeceira para que pudesse se encostar nele e se sentir abraçada. — Eu te perdoo Sr. Benjamim. — Deu um beijo na bochecha dele. — Eles estão te dando nos nervos, não é? —Mostrou o celular para que ele vesse as notícias.

— O de sempre. Nada que um rei e uma rainha super competentes não deem conta. — Brincou fazendo ela rir. — E vocês? — Tocou na barriga dela, que ainda achava estranho esse toque. — Algum enjoo, olhos piscando ou qualquer outra coisa muito estranha?

— Até agora não.

Disse com aquele sorriso amarelo que tinha e usava quando não gostava do assunto.

— Eu sei que é assustador, mas eu sei que vai dar certo.

Deu um beijo nos cabelos dela pra confortar  

— É.

Mal não queria falar sobre isso com ele, embora ele fosse o pai do bebê não entenderia como ela estava se sentindo.

— O que foi?

Ele perguntou olhando para ela.

— O que?

Voltou a olhá-lo tentando entender pergunta.

— Eu conheço você Mal, está pensando em alguma coisa

— Como pode ter certeza disso?

— Os sete anos que estou com você.

Assegurou sorrindo.

— É, só que eu...— Buscava palavras para dizer a ele que “Esse filho é um monstro e você não vê isso” — É tanta magia para alguém que nem tem um corpo formado ainda.

— É, eu sei, é uma loucura, mas tudo vai ficar bem.

Ele assegurou se deitando mais confortavelmente na cama. 

— E se não ficar?

Ela se virou para fazer a pergunta inocente.

— Como assim?