A Rainha do Mal

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Penúltimo capítulo

Presa em forma de dragão Malévola teve muito tempo para pensar. Mais tempo que gostaria talvez. A vida inteira tentou ser boa, tentou ser a melhor das fadas, passou até naquele teste ridículo de concessão de desejo, mas o que isto lhe ajudou? Nada, absolutamente nada, eles sempre a veriam como a Fada Má, então para que lutar contra esse destino?

(...)

Este dia foi um dos mais importantes de sua vida, pois foi nele que tomou a decisão que definiu de vez o seu futuro. Malévola escolheu parar de amar, decidiu que não iria sentir nada de bom, porque esse poderoso sentimento só lhe trouxe dor, além do que, naquele dia, aquele dia em  que pôs fogo na escola, ela conheceu um outro sentimento que trouxe mais reconforto que o outro e parecia tão mais forte. Se tinha que viver só com um sentimento, ela escolheria sentir aquele que era quente e dava carga para continuar vivendo.

(...)

Depois de anos, ela ainda não se arrependia da escolha. Todos os reinos que destruiu, toda a  magia alcançada, cada vitória que o seu  ódio por todo esse mundo colorido lhe proporcionou, a fazia ter certeza da escolha. Principalmente depois de seu maior feitiço ser lançando, um reino inteiro dormindo. Ninguém havia conhecido alguém que fez isso. Aquelas fadinhas irritantes e Fada Madrinha tinham razão, ela tentando ser boa era um fracasso, porém sendo a bruxa má de uma princesa, ela era simplesmente implacável. Se elas falharam protegendo Aurora e o reino ela foi incrível em acabar com a vida de cada um deles. É, parar de amar foi a melhor das decisões.

(...)

Em toda a sua história, sua história pessoal, aquela que não estaria nos livros infantis, nem de história cultural de Auradon Prep e ninguém jamais saberia, houve um momento em que ela quis sentir o outro sentimento. Por um ou dois minutos que fosse, ela desejou ter outra coisa em seu coração.

Este fatídico dia foi um pouco depois que  outra vez  a vida  surpreendeu. Aquela menininha. A bebê de cabelos púrpura, que tinha nascido assim, graças a magia. Nunca em sua vida pensou ou desejou ser mãe, nunca se planejou para receber uma criança . Entretanto, já não era mais tempo de lamentar pelo erro, já era tarde demais, ela já existia e estava em seus braços chorando para comprovar a sua existência.

Naquele momento ela quis sim amar a bebê,  enquanto Mal chorava pedindo por algo que ela não podia dar, a vilã mais temível da Ilha desejou pegá-la no colo e ninar como imaginava que as princesas faziam, porém não conseguia.

Ok, esses um ou dois minutos aconteceram mais de uma vez. Quando Mal sorriu, quando via Rainha Má com a sua filhinha toda sorridente, apesar da sua história com crianças ter acabado em tragédia. Quando Mal fazia alguma travessura só para agradá-la. Sim, ela quis mais de uma vez ser capaz de amar, mas não pode, não conseguiu e outra vez Malévola não quis lutar contra o destino.

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Floresta Encantada

Zahara fez do jeito que Babá ensinou, e quando tocou em Malévola sentiu algo tão obscuro, mesmo ela com pouca magia. O que ela tinha fez a fada retornar para dentro da manta de Madison.

Descendentes Dark Times 2  TemporadaМесто, где живут истории. Откройте их для себя