Ben e Mal

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Com o fim da gravidez chegando, várias coisas estavam vindo a tona. Eles aproveitavam cada momento e faziam com que cada dia fosse especiais. Como se estes oito meses dessem conta de lidar com cada momento de saudade que poderia vir. Ninguém tinha de verdade entendido que iriam perder parte da família.

Mal, talvez mais que eles não entendia direito a escolha que tinha feito, porém algo dentro dela estava a impulsionado a fazer e dizer coisas  que até agora em seus vinte quatro anos ainda não tinha tido coragem para fazer.

— Então, você já viu ela?

Mal perguntou a Babá.

Essa era uma das pessoas que ela de verdade precisava encontrar e conversar nem que fosse pela  última vez. A relação delas ainda era muito complicada para Mal. Babá era parte de uma família que ela não sabia que tinha e por mais bondosa que a fada fosse,  passou oito anos sem ir vê-la em Auradon.

— Sim.

Babá disse em um grande sorriso, por estar falando da futura princesa, além de que esse sorriso sempre aparecia quando estava com Mal.  Aquela era a  primeira vez que a menina quis ir estar com ela por vontade própria, sem necessidades de vida ou morte.

— Por favor Babá me diz um pouco dela.

As duas estavam no castelo. A rainha sentada no sofá, já que se locomover se tornou algo impossível e não podia mais sair do palácio. Mal estava incrivelmente pior agora. Seus cabelos começaram a ficar mais claros essa semana, os olhos intensos já nem estavam tanto assim e cada dia que passava sua magia ia embora.

—Não, futuro é algo que não se fala no presente, além do mais você mesma vai conhecê-la

— Por minutos, se eu tiver sorte. — Lembrou algo que estava sendo discutido há algum tempo entre Merlin e Rashid, quanto tempo exatamente o corpo dela suportaria ficar sem magia. Se tivesse sorte ficaria bem por alguns minutos . — Só me diz uma coisa, o cabelo dela é roxo?

— Você é muito persistente garota.

Babá falou rindo da pergunta.

— Você ainda não viu nada.

Se a senhora tivesse a oportunidade de conhecer mais um pouco a neta veria o quão obstinada Mal podia ser.

— Eu sei que ainda me culpa por não ter vindo antes, espero que me perdoe Mal, tem muitas coisas que não posso lhe contar sobre mim e principalmente sobre sua mãe que eu tinha e tenho que respeitar.

Pediu desculpas sinceras pegando nas mãos geladas da menina, que era outro sinal de falta de magia e o frio do ambiente.

— Eu não entendo ainda, mas se tem algo que tenho aprendido, é deixar vários sentimentos passarem. —Ela apertou as mãos dela. —Você está aqui agora e é isso que importa. — Limpou as lágrimas do rosto dela. —Só me promete uma coisa? Minha filha vai te conhecer e poder ter uma bisavó.

Descendentes Dark Times 2  TemporadaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant