O diário.

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 — Dinah

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— Dinah.

— Solte-me.

— Dinah, você não pode ficar aqui... Venha.

— Não me toque, Camila!

A garota agarrou a varinha sentindo o coração ser rasgado de dentro pra fora quando a apontou em direção ao rosto da melhor amiga. Ambas recuaram com a quantidade de dor que viram refletidas em olhos, a dor era a mesma e rasgava o coração em chagas que sangravam escorrendo algo negro.

Ela voltou a segurar a mão de Normani, ela não queria deixá-la, ela não queria ir a lugar nenhum, nunca mais. Ele queria ficar ali até que sua dor fosse substituída pela morte e ela pagaria o preço com muito agrado.

Camila colocou a mão em seu ombro e Dinah sentiu quando viu o tanto que ela estava tremendo.

— Dinah...

Uma voz baixa e quente tocou seu ombro. Ela ergueu os olhos encontrando Hermione Granger, seus olhos com algum tipo de tranquilidade forçada.

— Eles vão levar o corpo para a família dela. – Dinah balançou a cabeça. – Você precisa deixar que ela vá...ok?

Dinah sacudiu a cabeça em um torpor cego. Não! Como ela pode ser tão burra, era tudo culpa dela, tudo culpa dela... Foi ela quem inventou aquele passeio estúpido, Normani nem ao menos queria ir...

— Deixe-me despedir dela, por favor... – Implorou e a mulher assentiu, dando um passo respeitoso para trás. Dinah por um segundo quis perguntar a ela como foi perder tantos amigos na última guerra bruxa, mas ela nem ao menos parecia pronta para reformular qualquer frase longa demais sem começar a tremer e chorar.

Ela nem se importou em como chorou desesperada, limpando as lágrimas, agarrada aquele corpo. Alguns homens pigarreavam impacientes, e ela sentiu novamente ira. Quem eram eles para apressar sua dor?

Antes de sair ela segurou a mão que parecia mais fria que antes, tocou a macies dos cabelos encaracolados e deixou um beijo demorado na pele macia do rosto. Normani parecia dormindo, tranquila, sem qualquer sombra do seu destino no rosto.

Sentiu as mãos macias tocarem seu ombro, enquanto ela era conduzida para algum lugar do castelo. As vozes incompreensíveis batiam contra ela como rochas, choros, gritos e lamentos cortavam aquela noite horrenda. Os olhares as esperavam, admiravam, quem sabe o que pensavam? Eram como aves de rapina, esperando para se deleitar com a fofoca do dia seguinte.

— Vou te levar a ala hospitalar. – Disse a bruxa mais velha.

— Eu estou bem.

 — Eu sei, mas precisa descansar. – Disse Hermione. – Seus amigos estão te esperando.

Ela assentiu sem sentir nada mais do que um leve tremor no peito. Não estava mais preocupada com nada, quando fechava os olhos podia ver a luz verde atravessando o corpo de Normani como uma adaga e depois o nada.

A ordemWhere stories live. Discover now