fear - Capítulo 8

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Você pensou ter encontrado um caminho, mas você nunca consegue ir embora. Você não tem medo do do escuro, mas teme à escuridão que instala em seu consciente quando suas pálpebras se fecham. O medo, aquele sentimento sentimento que invade sua mente quando as luzes se apagam, ele te aprisionou, e por mais que tente sair, você nunca encontra a saída, e por isso, se vê obrigada a ficar. Ficar naquele lugar, no escuro, sozinha, apenas o silêncio a assobiar no seu ouvido, aquele era o seu lar.

Você tenta se sentir viva, mas não consegue lutar contra o seu medo do lado de fora, talvez seja esse o motivo para não se entregar por inteiro aos sentimentos por Thomas. O medo.
Thomas. Ele era a sua esperança de cada manhã, em seus braços o medo não podia chegar até você, aqueles braços que envolveram seu corpo na noite passada, também envolveu sua mente.

Você não queria acordar, não queria sair do calor e a segurando que seus braços lhe traziam. Podia sentir os seus toques durante a noite, seus braços firmes em sua cintura, suas mãos acariciando seus cabelos até o rosto, se o medo não fosse sufocante em seus pensamentos, você poderia cogitar que estava começando a se apaixonar por aquele homem.

Você sentiu um peso ser retirado da cama e o frio se chocar contra sua pele, Thomas havia acordado, o barulho da porta se fechando ecoou pelo quarto. Suas pálpebras se abriram lentamente, você não conseguiria voltar a dormir sem a sua companhia, estava com medo de dormir e Tom não estar ao seu lado, para te proteger.

Eram 08:30 AM em uma manhã de domingo, levantou-se da cama e se moveu para o banheiro, o espelho refletia uma imagem cansada, as olheiras evidentes sobre seus olhos, a boca seca, você estava sem forças para tentar esconder o quanto estava mal. Banho de água fria foi a solução, ligava o registro deixando que a água escorrer pelo seu corpo, enquanto deslizava pelos azulejos do banheiro até chegar ao chão, enrolando os braços sobre seus joelhos você não conseguia parar de pensar em Tom e sua atitude da noite anterior. "Porque eu gosto de você". E pela primeira vez, um sorisso sincero se fez em seus lábios, apenas por lembrar de Thomas, e em como você sentia falta do seu abraço.

Saiu do banheiro enxugando os cabelos com uma toalha tirando a umidade, usava a mesma camisa que Tom havia te dado, tinha o cheiro dele e era como se ele estivesse por perto, não queria se afastar dessa sensação. Depois de pentear os cabelos decidiu sair e procurar por Tom, o que não foi difícil graças ao cheiro que exala da cozinha, Ophelia não trabalhava nos domingos, isso significava que o seu marido estava cozinhando.

Você andou na ponta dos pés até o batente da porta, onde parou para observar Tom, ele usava apenas uma calça moletom cinza deixando expostas suas costas e braços fortes, os cabelos levemente bagunçados, enquanto cantarolava alguma música que tocava no rádio. Não demorou muito para seu rosto ser direcionado a você, um sorisso ladino se formou em seus lábios.

"Bom dia!" - ele foi em direção a mesa com dois pratos em mãos, com algumas torradas, panquecas e frutas.

"Bom dia." - você sentou-se de frente para ele, mas não conseguia comer, estava sem fome, apenas brincando com a comida no prato.

"Como você está? Tenho que admitir, você me assustou ontem a noite."

"Me desculpe. Eu não queria incomodar-te, eles...eles vem constantemente." - mordia o lábio nervosa, com os olhos fixos no prato para não encara Tom.

"O que você sonhou, Louise? Eu estava no seu sonho?" - você o observou franzir o senho enquanto esperava pela resposta.

"Sim, mas... eu realmente não me lembro o que aconteceu." - mentira. Você se lembrava de cada detalhe.

the husband | tom hollandWhere stories live. Discover now