sex call - Capítulo 22

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⠀⌠ ⌛cαll me, dαrlιng ‧ ι need ʏour
⠀⠀⠀voιce, ι need ʏour bodʏ ﹆
αnd ι need ʏou.

Uma semana. Mais uma semana havia se passado desde o descobrimento de sua gravidez, e de todas as semanas que passou sozinha naquela casa, ouvindo apenas o assobiar da noite fria, aquela havia sido a menos sufocante. Era estranho e surreal, mas você passou a não se sentir sozinha desde a descoberta do bebê, ele tentava nas mínimas coisas se conectar com você e se comunicar, às vezes podia sentir que ele se contorcia dentro de você, e todas as vezes que algo assim acontecia você era obrigada a correr em busca do banheiro. Os seus enjôos não haviam melhorado, qualquer movimento brusco vindo de você fazia sua cabeça latejar e tontear, nada ficava muito tempo no seu estômago e era expulso para fora por um jato de vômito.

Pelos seus cálculos estava quase iniciando o segundo mês de sua gestação, sete semanas, te incomodava o fato de sua barriga não ter acrescentado nenhum volume e crescer, ela continuava pequena e macia, apesar de você poder sentir que a cada dia que se passava seu bebê crescia e se desenvolvia mais, e aos poucos podia sentir a diferença e um pequeno volume ser acrescentado na sua barriga ao final da semana.

Você sempre se perguntava se Tom notaria a diferença assim que batesse os olhos em você, se perceberia a sua mudança física e a extrema alegria interna. Ah Tom, seu querido Tom, estavam quase completando dois meses que ele estava longe, não havia mais nenhum vestígio de algo físico que o lembrasse dele, o perfume de suas roupas estavam evaporados ao vento, a única coisa que lhe restavam eram suas roupas e suas lembranças. Seu corpo sentia cada dia mais necessidade e saudade do corpo dele, talvez fosse a gravidez que estivesse deixando seus hormônios a flor da pele como uma adolescente, mas você realmente sentia falta do calor de seu corpo, da sensação de ter seus braços fortes prensados sobre você.

Como você queria que os dias passassem rápidos como o vento, e poder abraça-lo novamente, beija-lo até ficar sem fôlego, olhar nos seus olhos castanhos hipnotizantes e dizer que seria pai. Ninguém sabia da sua gravidez, Gwyneth vinha agora todos os dias te visitar, ter a certeza de que estava tudo bem com você e o bebê, sempre que podia passava também a noite em sua casa. A primeira consulta já estava agendada, o início do seu pré-natal, você também queria que Tom estivesse presente na primeira consulta do bebê, mas ele não estava nem perto de voltar para casa, e você deveria se acostumar com isso, você aceitou se casar com uma estrela em ascenção do cinema, e esse era o preço a ser pago, não tê-lo presente em momentos como esse.

Era uma bela segunda-feira, um início de tarde bonito e calmo, era raridade um clima como esses em Londres já que não estava no verão, o sol estava brilhando fortemente, iluminando as avenidas movimentadas. Você havia tirado alguns dias de descanso do trabalho, não estava em condições físicas para ir, qualquer movimento lhe fazia botar tudo pra fora, por isso preferiu ficar em casa até os enjôos melhorarem. Havia marcado com Nikki um encontro em um café para poderem conversar, estava na hora de conta-la sobre a gravidez, mas alguma coisa já te dizia que ela sabia. Depois de quatro filhos não deveria ser difícil reconhecer uma mulher grávida. Deveria ser por esse detalhe que aquela tarde parecia mais bela aos seus olhos, era bom desabafar com alguém, principalmente uma pessoa tão querida como Nikki, e acima de tudo, era a mãe de seu marido. Nikki lhe lembrava Tom, apesar de ser ruiva e suas sardas se destacarem em sua pele clara, seus olhos castanhos brilhavam como os de Tom, e sentia-se feliz em poder conta-la que seria avó, principalmente ela que espera isso desde a noite em que os olhos bateram em você. Assim como aquela tarde ensolarada você se vestiu com um vestido curto rodado, em sua cor rosa claro e suas mangas plisadas, onde se destacavam suas flores desenhadas no tecido. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, a maquiagem que antes encobria suas olheiras de cansaço e tristeza, hoje estava colorindo seus lábios que exbanjavam um sorisso sincero e de pura alegria. Ouviu em algum lugar que a alegria interna deixava as pessoas mais bonitas, você nunca acreditou, mas quem te visse naquele dia poderia ver seu rosto tão radiante quanto o sol, seu sorisso tão claro e cintilante como uma noite de lua cheia. Não foi difícil encontrar Nikki parada checando o cardápio em uma mesa ao lado de fora do estabelecimento, seus cabelos ruivos balançando com o vento se destacavam de longe, seus olhos brilhando quando te encontrou se aproximando da mesa. Nikki se levantou da mesa lhe oferecendo um abraço apertado como comprimento, logo as duas já estavam sentadas em seus respectivos lugares, à espera de um café expresso que haviam pedido.

the husband | tom hollandWhere stories live. Discover now