the husband | tom holland

let's bring her back - Capítulo 25

Era uma manhã comum para qualquer morador americano, as árvores carregadas com suas mais belas flores que começavam a cair manchando as grandes e movimentadas avenidas, entre milhares de pessoas e carros movimentando, todas com seus respectivos empregos para comparecerem, apressados e sérios, estava Tom. Aquela manhã poderia estar sendo a mesmice para muitos, mas não para ele, que estava com o coração partido, seus olhos estavam fundos e suas olheiras estavam visíveis, quem via sua situação naquele momento poderia jurar que ele não havia tido uma boa noite de sono, mas não era a verdade. Suas lágrimas ainda lavavam seu rosto, desciam desenfreadamente enquanto ele procurava desesperado por um aeroporto.

Andando quilômetros a pé, seus braços já estavam doloridos por carregar a mala por tanto tempo, mas ele finalmente havia conseguido chegar ao aeroporto mais próximo que encontrou. Sentiu um peso ser retirado do seu coração no momento que cruzou as portas, uma parte do caminho estava sendo dado, ele estava voltando de volta para casa, depois de tanto tempo longe. Uma moça jovem e bonita estava atendendo os passageiros e vendendo as passagens, seu rosto se assustou ao ver Tom do outro lado do vidro desejando comprar uma passagem do próximo vôo para Londres, qualquer pessoa se assustaria vendo-o naquele estado, seus cabelos estavam bagunçados pelo vento, sua voz era rouca e falhava por quanta de algumas lágrimas que não permitiam que ele formasse muitas frases.
Ela perguntou se ele queria ajuda, mas ele não quis, e o próximo vôo para seu destino seria dentre apenas uma hora, o que só aumentava sua ansiedade. Com a passagem em mãos, Tom se sentou em um dos bancos do aeroporto, um suspiro forte foi arrancado de seus lábios, um suspiro cansado, e com um medo imprevisível, o medo do não saber o que estava acontecendo, do que poderia acontecer, que em sua mente só pensava sobre ser o pior. Um casal de jovens passou pela sua frente, eram adolescentes e visivelmente apaixonados, seus dedos estavam entrelaçados, sorrindo um para outro enquanto iam em direção ao seu embarque. Tom olhou para suas mãos, sua aliança estava encaixada em seu quarto dedo da mão esquerda, o ouro brilhava em contato com o sol. Muitas lembranças percorriam sua mente, cada memória fazendo seu coração pulsar com dificuldade, ele queria que fosse mentira, que tudo não passase de uma brincadeira, e que você ainda estivesse esperando por ele em casa, segura, trajando seu mais lindo vestido e com seu mais apaixonado sorisso esperando por ele. Ele não conseguia imaginar o que havia acontecido, ele não conseguiu prestar atenção em muitas palavras ditas por Robert naquela ligação, sua mente não processava mais nenhuma informação depois de saber que você estava em perigo. Sem perceber os minutos se passando, Tom ouviu seu vôo ser anunciado pelo salão, mais que depressa ele se levantou de seu assento e correu para seu avião, sendo o primeiro passageiro a embarcar, sua cadeira era a última da fileira, a mais afastada e isolada das outras pessoas, escolhida por ele mesmo, ele não queria conversar com ninguém, apenas queria processar tudo que estava acontecendo, sozinho. Olhando pela janela ao seu lado, ele tentava se acalmar se lembrando de cada momento que passou ao lado de Louise, tentou pensar que ela estava bem. Não podia acreditar, ele estava voltando para casa, lugar pelo qual almejou todos os dias, e agora estava voltando, mas sabendo que um dos seus maiores tesouros deixados em sua casa não estava mais lá, estava em algum lugar ruim, com dor, com medo, sua amada Louise. Ele não sabia o que estava acontecendo, não sabia o que iria acontecer quando ele pisasse seus pés em Londres outra vez e não ver sua esposa em casa, mas ele sabia de uma única coisa, ele faria o possível e o impossível para trazê-la de volta. Não importa se ele fosse obrigado a sacrificar sua vida, não importa se fosse necessário vender todos os seus bens para tê-la de volta em seus braços, ele faria qualquer coisa. Observando a paisagem se mover, o avião estava começando a levantar vôo, lhe dando agora apenas a visão das nuvens, feixou os olhos com força e expirou todo o ar preso em seus pulmões, sentindo uma lágrima solitária deslizar sobre sua bochecha fria.