[04] Ato de abandonar.

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No Rainbows — Capítulo quatro.

放棄する行為 [hoki suru kooi]


Maio, 1986.

— O quê? — perguntei, incrédulo.

— É exatamente isso o que você ouviu, filhote. — Yongsun sorriu, empolgada. — Nós vamos dar um baile 'pra lhe ajudar a encontrar uma bela noiva!

Ajeitei-me no sofá, almejando afundar no estofado do móvel e simplesmente desaparecer por entre o lugar.

— Mas por quê? — questionei, ainda em choque, observando o casal sentado lado a lado no móvel à frente.

Eles estavam de mãos dadas hoje, e estão cada vez mais unidos. Embora minha mãe esteja feliz, agora a situação me é preocupante; ela está apoiando tudo que seu alfa diz, em vice-versa.

— Porque você já está com dezenove anos, Taehyung. — Yongsun explicou, passando uma mecha loira para de trás de sua orelha. — Se não arranjar uma noiva logo, ficará velho demais e já não chamará mais tanta atenção das alfas com a sua beleza jovial.

— Nós estamos tentando fazer o melhor para você, Taehyung. — Ryu se pronunciou.

Encolhi-me ainda mais ao estofado, fechando a minha expressão por completo.

Devido a alguns imprevistos — ou melhor, à férias que Ryu curiosamente optou por dar para Seokjin; tenho certeza que Yuta tem relação com esse acontecimento —, a minha fuga teve de ser adiada por cerca de duas semanas.

— Quando pretendem fazer isso? — perguntei receoso, engolindo em seco.

— Sábado. — A Kim respondeu, soltando a mão do Tozaki por alguns segundos para bater palmas animadas.

— Qual sábado? — arqueei a sobrancelha.

— Este sábado. — Ryu esclareceu, sorrindo.

Arregalei os olhos, ficando um tanto trêmulo após receber a maldita notícia.

Sábado era depois de amanhã.

— Nós convidamos todas as alfas solteiras da região, e todas confirmaram a presença. — mamãe contou. — E eu já marquei horário no salão para você, além de que encomendei uma nova vestimenta 'pra você! — exclamou. — Você não está empolgado?

Levantei do sofá e, sem dizer uma palavra, deixei o cômodo e o casal, logo escutando os passos de minha mãe atrás de mim. Eu me coloquei a correr, então, porque não queria conversar com ela, não queria conversar com absolutamente ninguém.

— Taehyung! — ela gritou ao que apenas continuei o meu caminho. — O que deu em você?! — seu tom era irritado. — Por que está dando as costas para a sua mãe? Está me deixando envergonhada!

— Me deixe em paz. — Disse já em frente à porta de meu quarto, a fechando antes que mais alguma palavra fosse proferida pela ômega.

— Taehyung! — bateu na porta.

Tranquei o cômodo, me atirando em minha cama com tudo enquanto ouvia as constantes batidas e chamados por parte de minha mãe, observando o teto.

Puxei o edredom, cobrindo meu corpo inteiro e fechando os olhos com força, como se isso fosse me tirar daquela realidade. Esperava que tudo isso se tratasse apenas de um sonho ruim.

Na época em que meu pai ainda estava vivo, ele prometeu 'pra mim que sempre me apoiaria; se eu quisesse casar, permitiria, da mesma forma que seria caso eu não quisesse. Yongsun sempre achou isso uma loucura, mas nunca havia dado indícios de que me forçaria, de fato, à tal coisa.

no rainbows | taekookWhere stories live. Discover now