[11] Calor.

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Julho, 1986.

— Tudo pronto! — anunciei alto, apesar de saber que o Jeon estava sentadinho logo atrás de mim.

O banho se tornou mais do que um simples mimo a partir do momento em que Jeongguk acordou com uma leve febre e dores de cabeça. Iria prepará-lo para si de qualquer forma, mas agora era algo realmente necessário para seu bem estar.

Virei-me para o alfa depois de testar a temperatura da água no ofurô agora já cheio. Ele, que sempre era tão animadinho, estava todo 'pra baixo.

— Me dê suas mãozinhas. — Pedi, estendendo as minhas para si. Assim que fez o que pedi, o puxei para frente, lhe ajudando a ficar em pé. — Jinnie está preparando uma sopa bem gostosa para você tomar depois, e Yoon disse que vai ter um cházinho quentinho te esperando.

Nos planos originais, Seokjin iria dar banho no Jeongguk e eu ficaria responsável pela sopa, mas meu alfa estava extremamente grudento e manhoso comigo, se recusando a sair de meu lado.

Por isso, cá estava eu, segurando Jeon.

— Não gosto de sopa, Taehy. — Fez um biquinho, apoiando os braços nos meus ombros. — E não estou tão mal assim pra precisar tomar sopa…

— Fará bem 'pra você, Guk. — Sorri, ajeitando o cabelo do alfa. Em seguida, eu fechei os olhos. — Vamos, tire o roupão.

Senti o Jeon tirar uma das mãos dos meus ombros, e logo escutei o deslizar da peça por seu corpo. Era um pouco estranho pensar que ele estava completamente nu na minha frente…

— Seu cheiro está muito forte. — Comentei consigo, calculando quantos movimentos eu deveria fazer para guiá-lo até a pequena escada de três graus do ofurô. Depois de conseguir tal feito, ainda segurando uma de suas mãos até que ele entrasse de fato na água e eu pudesse abrir os olhos. — Seu cio está perto, meu bem?

— Não… Eu acho. — Disse, pensativo, mergulhando o corpo na água.

Pisquei várias vezes, mesmo que o Jeon nem fosse ver.

— Você… acha? — perguntei, nervoso.

— Eu tenho os dias anotados, então não me preocupo com isso. — Explicou. — O caderno está lá na minha mochila marrom.

— Depois vejo isso. — Suspirei aliviado, pegando o sabão e, logo depois, subindo pelos mesmos degraus que o Jeon usara para entrar no ofurô, mas, diferentemente dele, apenas sentei na borda, me vendo obrigado a colocar os pés na água para que pudesse banhá-lo. — Feche as pernas.

— Eu diria que consigo me lavar. — Ele disse, mas fez o que lhe pedi.

— Mas eu não perguntei. — Dei de ombros, escutando uma risadinha e começando a passar o sabão por seus ombros e clavícula.

Jeongguk fechou os olhos suavemente, sorrindo pequeno, e se permitindo relaxar um pouco. Aproveitei para fazer-lhe um carinho no cabelo, escutando um som que poderia se assemelhar a um ronronar.

Ali, pude admirar todas as suas tatuagens superiores. Aquelas que lhe banhavam a nuca, as que enfeitavam o princípio do peito, as várias dos braços…

— Dói para fazer? — perguntei baixinho, tocando uma em específico; um rosto coberto por flores amarelas, com "euphoria" escrito com pouca opacidade por cima.

— Só nos primeiros minutos. — Respondeu no mesmo tom. — Na terceira que fiz, eu já nem senti mais nada. E a do movimento não chega a doer, só arde um pouco.

— Hum. — Mudei um pouco minha posição na borda para ensaboar outras partes do corpo alheio. — Eu quero fazer, além da do movimento, mais seis.

— Totalizando sete. — Concluiu. — Algum motivo especial, mon amour?

no rainbows | taekookWhere stories live. Discover now