No Rainbows — Capítulo cinco.
すぐに去る [sugu ni saru]
Maio, 1986.
Quando despertei naquela manhã, tive uma sensação esplêndida, como se tudo estivesse em paz e harmonia ao meu redor — o que estava longe de ser uma verdade concreta.
Senti o aroma gostoso de Jeongguk e, diferente da primeira vez em que estive aqui, ele ainda estava deitado na beliche ao lado quando acordei. Seus olhos estavam fechados suavemente, sua boca estava entreaberta e ele fazia alguns sons baixinhos e fofos. Parecia tão tranquilo… Aparentemente tinha ótimos sonhos.
Não faço ideia de quanto tempo permaneci lhe observando, talvez um pouco mais de vinte minutos, e teria ficado completamente compenetrado em si se não tivesse escutado uma voz por mim desconhecida vinda do lado de fora do cômodo onde estava.
— Esse ômega não ia chegar só na semana que vem, Seokjin? — perguntou a tal voz; era grossa, profunda. — E por que ele está no quarto do Jeonggukie?
— Taehyung é meu amigo, ele vem aqui a hora que quiser. — Ouvi a voz do Kim saindo levemente preguiçosa, como se já estivesse cansado de algo. — E ele está no quarto do JK porque o próprio deve tê-lo levado 'pra lá. — Passos foram dados. — Nós falamos sobre quando ele estiver acordado, está bem?
— Por que não pode ser agora?
— Porque não vou ficar falando pelas costas do meu amigo e do meu irmão. — Seokjin respondeu de forma ríspida; suas vozes estavam ficando cada vez mais baixas, sinal de que já deviam estar na escada. — Acalme-se.
E depois disso escutei apenas alguns murmúrios visivelmente chateados por parte do ômega desconhecido. Ele tinha cheiro de laranja, o que até seria agradável considerando que amo a fruta, mas o meu lobo estava em fúria.
O lupino que habitava em mim ordenava que eu me deitasse com Jeongguk e me esfregasse em si, para marcar meu território. 'Pra ele pedir tal coisa, só podia estar com ciúmes, coisa que não sentiu com Yoongi e Jimin.
Até iria me preocupar com esse detalhe, mas ouvi um barulhinho semelhante a um suspiro manhoso vindo da cama ao lado e direcionei o meu olhar novamente para o Jeon. Ele apertou os olhos para, em seguida, abri-los devagar, e então espreguiçou-se bastante, chegando até a derrubar o edredom que lhe cobria as pernas no processo.
Foi a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida.
— B-bom dia, Jeongguk. — Disse, praguejando mentalmente por ter gaguejado.
— Já estava acordado, uh? — sorriu sereno, me procurando com os olhos. — Bom dia 'pra você também, Taehyung.
Ele levantou o tronco da cama, sentando-se, ainda com os olhos fixos em mim. Comecei a ficar envergonhado, seu olhar parecia penetrar-me direto na alma.
— Dormiu bem? — perguntou.
— Muito bem. — Sorri, sentindo as bochechas esquentarem um pouco. — E você?
Ele farejou o ar fortemente, provavelmente inspirando o meu cheiro, e então tornou a sorrir de maneira fofa.
— Maravilhosamente bem! — exclamou, se levantando da cama. — Na última vez em que nos vimos, eu estava com o nariz entupido e não sentia nem a minha própria fragrância direito, que dirá a sua, mas hoje estou ótimo e consigo sentir o seu cheirinho de pêssegos.
Ele estava praticamente saltitando pelo quarto em busca de seus zoris, e juro que até lhe ouvi assobiar uma melodia enquanto o fazia.
Tudo isso só porque estava sentido o meu cheiro? Ou será que é por causa do outro ômega?
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no rainbows | taekook
Fanfic[CONCLUÍDA] Em 1986, em meio a uma guerra silenciosa, Taehyung chegou em Kyoto, no Japão. Sua mãe tinha se casado com um importante coronel japonês, este que liderava a missão contra os "rebeldes" da época, e o Kim acabou optando por acompanhá-la. N...
