Capítulo 4

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ANTES

          E era se preparando pra essa festa, dentro de um pequeno salão para funcionários, que Simon e Baz estavam se trocando pra servir bebidas chiques, incluídas num preço absurdo, pra gente chique que paga esse valor absurdo.

          A noite correu bem; o trabalho era um pouco frenético, mas nada que Simon já não tivesse enfrentado antes. A prática na área o deixou observar Baz, querendo saber mais sobre ele sem ter que necessariamente perguntar, e bom, deixando se levar pela curiosidade.

          Simon, mesmo sabendo que Baz nunca tinha servido ninguém, quase duvidou disso quando percebeu, que, assim como tudo que Baz fazia, ele parecia ter nascido pra isso. Se Simon não tivesse observado com cuidado o bastante, não teria notado as pouquíssimas vezes em que Baz parecia ligeiramente mais tenso enquanto andava segurando uma bandeja de drinks coloridos.

          A fantasia de Baz era engraçada, com a capa comprida, que por pouco não ficava debaixo dos pés dos convidados – tudo devido a altura dele –, além da camisa branca e aquela coisa que parecia uma gravatinha vermelha, mas o mais engraçado eram os dentes falsos.

         Melhores do que aqueles que se ganhavam quando se era criança, esses ele meio que colava nos dentes de verdade, o que dava um efeito bom, mas deixava ele meio fanho – Simon achava (fofo) (charmoso) legal. Baz daria um bom vampiro, sempre todo elegante desse jeito.

          A de Simon e Penny, no entanto, ele já não gostava muito. Do lado dele, o chapéu pontudo e o robe esquisito atrapalhavam um pouco e o deixavam com calor, alem de pinicar, e ele sabia muito bem pela cara de Penny que ele escutaria sobre o decote e o comprimento ridículo da saia da suposta fantasia de bruxa dela.

          Porque, se eu, como você, sou uma bruxa, tenho que andar mostrando a bochecha da bunda enquanto você anda aí, todo coberto? Ele praticamente escutava a voz dela em sua cabeça Eu digo porque! Machismo, exploração da mulher como objeto! E eu sou menor de idade, viu! Isso é quase um crime! Mas não é como se tivesse passado despercebido todas as bochechas de bundas femininas que ele viu hoje.

          Mas ela não estava errada. Ele só não estava no clima pra briga unilateral mental e posteriormente física de Penny, então tentou focar no trabalho e nos convidados, que já começavam a se embebedar, provando serem um bom entretenimento.

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          Eram 4h da manhã e Simon e Baz estavam sentados num sofá.

          Bom, não exatamente sentados, mas sim esparramados lado a lado, sem se tocar realmente. A festa tinha acabado a cerca de uma hora e o turno deles, há 30 minutos, mas, após ajudar a arrumar parte das coisas e sentar pra descansar num dos sofás de canto, nenhum deles achava muita energia pra fazer nada além de existir e, quem sabe, falar um pouco.

          — E aí, Baz, como foi sua primeira experiência de trabalho?

          — Vai se fuder, Snow. — E nessa, Simon não conseguiu conter a risada. O insulto não vinha com a força de sempre, saindo da boca com dentinhos e do rosto cansado, mas não irritado, com olhos fechados de Baz. Baz ria também.

          As coisas são diferentes às 4h da manhã de um sofá pós festa.

          O rosto sorridente e cansado de Baz era algo que Simon não parava de olhar, de observar com cuidado os traços do colega.

          Ele é bonito. Simon pensou consigo mesmo, incapaz de refrear qualquer coisa. Ele é muito bonito. Acho que nunca tinha visto ele sorrir assim.

          Mas antes que a linha de pensamento piorasse, Penny chegou, avisando que os Ubers tinham chegado, o que ela dividiria com Simon – eles moravam no mesmo condomínio de apartamentinhos – e o de Baz. E o momento, o que quer que ele fosse, foi embora. 

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E finalmente os refrescos!!!

E sempre agradecendo à Lívia maravilhosa por editar/betar novamente <3 

Até a próxima semana meus queridos, Beijos de luz <3

Timing PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora