Capítulo 18

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☆ Playlist do Capítulo 18 e 19: https://open.spotify.com/playlist/1p3c05CeXKqcLzPJOWIKql?si=xB1DQef_Sl2rhA3F24e2Iw ☆

DEPOIS

          — Boa noite, Baz!!! — Disse Penelope Bunce, sorridente.

          Penelope parecia quase mesma pessoa do Ensino Médio. Baixinha, com seu cabelo volumoso, o que ela não tinha de altura, ela tinha de imponência. A principal diferença era que dessa vez o cabelo dela parecia estar na cor que ele supunha ser a natural: um castanho escuro, e agora também mais curto.

          Ela mantinha os óculos modelo "gatinho", agora em vermelho.

          — Bunce. Parabéns pelo aniversário. — Baz estava nervoso, mas tentou ser educado. Tinha trazido até uma lembrancinha, algo meio genérico, mas não genérico demais (tinha pedido ajuda de Simon).

          — Ah, Basilton. — ela começou, rindo — Muito obrigada! Agora, vem entra. Acho que você se lembra da maioria daqui.

          De fato, exatamente como Simon havia prometido, a maioria era da escola e era de fato uma reunião pequena. Estavam, no pequeno apartamento cheio de pequenos detalhes e decorações (como esperado de Penelope), eles três, Sheppard e Agatha, além de alguns outros desconhecidos.

          Sentaram na sala/varanda, Simon ao seu lado.

          Vinho foi servido e, como um bom convidado, Baz aceitou e tomou com todos, e ficou, em maior parte, observando os outros interagirem. A coisa toda trazia um pequeno desconforto – não via eles há anos e, de repente, estava aqui tomando vinho na sala de alguém –, mas também uma noção de nostalgia e inclusão.

          Ao que tinha entendido, o grupo se falavam desde o Ensino Médio, e Sheppard e Penelope agora eram casados, mas não tinham filhos, e ambos trabalhavam como psicólogos, mas enquanto ele focava em crianças, ela trabalhava com casais. Agatha tinha finalizado medicina, mas estava terminando residência num hospital (o que explicava a pouca participação dela na escola).

          Algumas taças de vinho e muita conversa (cada vez mais alta) depois, Penelope foi quem se virou pra Baz, direcionando toda a atenção do grupo para ele.

          — Baz, mas aqui todo mundo já se conhece. Mas você — e ela apontou com a taça de vinho por cima da mesa já meio suja — foi quem sumiu. Evaporou da face da Terra. Como é que tá a vida? Simon falou muito de você esses dias, então sabemos que você é um ótimo professor e ótimo coordenador. — Baz notou Simon se retraindo e lançando um olhar para Penny, o que ela notou e claramente ignorou. — Mas queremos saber de você.

          Conhecendo Penelope, Baz teria que falar e falar bem e explicado, mas muito mais que uma apresentação, como ele pensou que seria, o papo fluiu bem e ele se sentiu ainda melhor, e de quebra, bebeu ainda mais.

          Mas ele não consegue parar de pensar que Simon fala dele. E muito.

          Todos estão rindo, inclusive Baz, falando sobre todo tipo de coisa, e Baz não consegue negar que sentia falta disso. Não que não tivesse amigos.

          Mas não tinha. Tinha colegas de trabalho, e as vezes saíam pra tomar uma cerveja depois de um dia de trabalho, mas era raro e nem de longe tão divertido quanto essa noite estava sendo. Fazia muito tempo que ele não se sentia tão bem.

          Além disso todos os lugares que Simon o toca – que de passagem, não são poucos, ele em algum ponto recostou no Baz enquanto contava algo engraçado – estão fervendo e só existia aquela sensação no mundo inteiro.

          Essa sensação e o vinho. Nessa altura do campeonato tinha tido muito vinho.

          Em determinado momento Baz percebeu Agatha calada, com o celular numa mão, uma taça (vazia) na outra e um sorriso bobo no rosto, olhando pra tela. E sem absolutamente nenhum aviso a voz de Simon no pé de seu ouvido, muito, muito próxima, sussurrando:

          — Acho que a Agatha encontrou alguém. Ela tá sorrindo demais pra esse celular a noite toda. — e se afastou de repente, como se não tivesse causado um curto em Baz — Acho que é Blue, uma fisioterapeuta no hospital que ela faz residência.

         (O rosto de Simon estava tão perto, tão perto, tão perto. Ele tá olhando pra minha boca? Eu estou olhando pra dele?)

          Baz teve que arquivar esse pensamento – Agatha e uma mulher? – para mais tarde porque antes que pudesse reagir Simon se levantou do nada e anunciou:

          — Ah! Eu amo essa música!!! — e aparentemente ele estava um pouco mais bêbado que Baz tinha pensado, porque ali estava Simon Snow cantando e dançando Head Over Heels, do Tears For Tears no meio da pequena sala.

         Não que ele soubesse dançar bem. Mas estava lá, se divertindo de qualquer forma. Pouco depois dele começar, Agatha se levantou e decidiu acompanhá-lo – haja vinho no sistema desse pessoal – e Baz só assistiu a cena do sofá.

          Enquanto praticamente executavam uma coreografia – claramente não planejada –, animados e bêbados, Baz observou encantado e curioso. Eles eram tão... naturais um com o outro, duas pessoas com tanta tranquilidade entre si... Era quase cômico se lembrar que definitivamente não eram mais um casal.

          Além disso a imagem desses dois dançando definitivamente não era algo que Baz encaixasse com os adolescentes que se lembrava. Não era que fossem tímidos ou não dançassem aos 17, mas isso? Essa liberdade de claramente passar vergonha sem vergonha não era algo que ele enxergasse no Casal 20 de Watford Integral.

          Ele preferia assim.

 ☆

Gente, hoje foi um maiorzinho pra compensar, rs. 

Eu gosto muito da amizade em canon deles então porque não trazer pra cá né? Alem de que nosso witchcursed (Penny x Shep) está vivisissmo!!!!!!

E gente sobre as músicas da playlist: sim eu sou Romantica e Sim eu sou Brega, what about it?? São otimas musicas pra fazer graça tambem slkdlamdal.

Crianças não bebam vinho despreparadas tá

Ps.: Quem reconheceu a paquera da Agatha??? 

Timing PerfeitoWhere stories live. Discover now