Capítulo 8

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ANTES

          Desde aquele dia as coisas andavam frenéticas. Junto com o trabalho chegavam algumas provas e Simon mal podia esperar o dia em que tudo acabaria, e ele poderia sentar e não pensar em nenhuma dessas coisas.

          Aquela reunião deveria ter sido a última, mas ele e Baz acabaram marcando mais algumas durante o decorrer das duas semanas, para finalizar as coisas e checar com todos se estava tudo certo.

          Tinha que admitir que faziam uma boa dupla e funcionavam bem juntos, e o grupo parecia concordar. Não discutiam mais entre si, nem com eles e tudo parecia estar correndo bem com a montagem do trabalho e as funções de cada um deles, estava quase tudo pronto.

          Se sentia confiante e achava que iriam bem.

————

          Já era a noite do dia anterior a apresentação e a sala estava quase toda pronta. Penny e Dev já tinham ido embora, ambos cansados e liberados pelos líderes pra treinar pro dia seguinte e descansar. Somente Simon e Baz ficaram pra finalizar a montagem da instalação.

          Com ajuda do professor de física, montaram uma estrutura que cobria toda sala, transformando ela num novo ambiente.

          Placas de MDFs pintadas de preto disfarçavam as paredes brancas e bege onde todo dia tinham aulas e formavam um caminho que levava de uma porta a outra da instalação, estas fechadas por duas camadas de tecido – também escuros, um com um leve brilho.

          Em todas as placas haviam furado nos locais certos a maior quantidade de constelações possíveis – existentes e registradas e inventadas – e as maiores, na estrutura do teto, estavam iluminadas com pisca piscas de várias cores.

          Entre as constelações das paredes, mas não de forma a interrompê-las, ficavam informações sobre história da astronomia, que seriam contadas e melhor explicadas pelos alunos.

          Tinham sorte de ter conseguido uma sala tão grande já de início porque, na metade do caminho que deveria ser percorrido, colocaram um pequeno espaço aberto, maior que os corredores criados, e do teto, caíam estrelas grandes, pequenas e minúsculas, algumas em glitter ou purpurina e algumas no tão odiado por Baz, papel alumínio. Ali, ficaria um deles com uma câmera posicionada – era o local da foto da instalação, o instamoment, como Penny havia chamado.

          Baz havia odiado a ideia, mas agora que via quase finalizada, Simon percebia que Baz havia gostado. Estava claro no sorriso discreto dele que ele estava satisfeito.

          (Simon gostava muito do sorriso.)

          Estavam debaixo das estrelas quando Simon suspirou alto, satisfeito.

          — Deu certo, né? — falou, sorrindo.

          — Deu super certo, Simon. — o sorriso de Baz ficou maior e ele olhou Simon nos olhos. Ele nunca me chamou de Simon antes. Eu gosto. — Deu tipo, super certo.

          — Um "bate aqui" pra comemorar? — De repente a voz de Simon parecia nervosa e baixa. O coração tinha acelerado um pouco também e ele sentia uma leve falta de ar. Mas continuou sorrindo. Isso não saía do rosto dele.

          — Porque não?

         Baz levantou a mão e se cumprimentaram.

          E aí uma coisa estranha aconteceu.

          Ao invés de só tocarem as mãos, Simon segurou a de Baz na dele. Ele ouviu a respiração de Baz se acelerar e via os olhos acinzentados levemente nervosos.

          — Você me chamou de Simon. — Eles estavam tão próximos e a mão de Baz era tão firme na dele — Ainda agora. Você me chamou de Simon. Fala de novo.

          — Si– — Baz começou, com uma voz tão baixa que só Simon poderia ouvir — Simon.

          O tempo parecia parado. Ali, a meia luz, cercados de estrelas falsas e pisca piscas, e com as mãos entrelaçadas, o tempo não parecia existir. Nem mais nada.

          Só. Eles. Dois.

          A boca de Baz estava entreaberta. Simon notou (demais) quando ele passou a língua nos lábios. Notou que refletiu o movimento.

          Notou que Baz já não olhava mais em seus olhos.

          Olhava sua boca.

         Estavam

         Tão

         Próximos.

         Uma voz no corredor e passos pareceram quebrar o feitiço.

         — Garotos, eles têm que fechar a escola e limpar os corredores, vamos?! Chamem os pais ou as caronas de vocês.

       Baz soltou a mão de Simon como quem tinha levado um choque e se virou.

       — Ele tá certo. A gente tem que ir embora. Até amanhã. — E saiu, deixando Simon sozinho e atordoado.

      O que foi isso?

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       Olá flores! E este foi o ultimo capítulo dessa semana, que contou com uma das minhas cenas favoritas (sim esse agarrarzin de mão) simplesmente porque eu acho que thats the gayest shit ever e quem começou foi o SIMON!

       Quando eu escrevi eu tava vibrando, na minha cabeça tava real oficial:

       "Meu deus queria tanto que eles se beijassem AGORA"

       "Hilana você é a autora vc tem esse poder" 

       "Meu deus eu queria tanto que eles só.. se beijasse NESSE MOMENTO"

       Acabou que eu não escrevi eu to aqui pelo QUERER. (Mas vai rolar, relaxe)

      De qualquer forma, como dito antes, até dia 26 minha gente! E muito obrigada por acompanhar até aqui <3 

     (E hoje e sempre, muito obrigada a Livia pela edição/betagem <3)

Timing PerfeitoWhere stories live. Discover now