Gang: A Gangue De Seul (Kth+Jjk)

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Ouvia as vozes meio distantes de mim, mas dava para entender algumas coisas do que falavam. Me sentia sufocado pela corda em minha boca e meus olhos vendados por um pano.

Minhas mãos estavam presas por uma corda, o nó estava amarrado muito forte machucando meus pulsos, tentava desprender o nó, falhei em todas as tentativas. O ar era úmido e fedia a mofo, estava no chão molhado na mesma posição que fui jogado com força machucando meus joelhos. Minhas calças jeans preta, rasgada nos joelhos, minha camiseta estava molhada de suor. Meus cabelos estavam bagunçados e suavam pelo nervosismo.

Eu não sabia o que eles queriam de mim.

Estava com medo.

Tinha que ser forte pelo meu filho.

Me mexi desconfortável quando sinto uma presença dentro do local em que estou, parecido com um porão. A pessoa se aproxima de mim a passos lentos, puxei o ar quando o homem retira a venda dos meus olhos, dando pra enxergar ele que ajudou a me sequestrar.

Ele era um brutamonte. Era de estatura alta- talvez uns dois metros de altura-, os músculos eram bem trabalhados. Seus olhos eram puxados, a cor era um castanho escuro combinando com os seus cabelos que ficavam na sua testa.

Ele sorriu malicioso para mim analisando o meu corpo inteiro.

— Boa noite, bela adormecida. Quer dizer boa madrugada. – Disse num tom de voz sarcástica.

Não expressei nenhum tipo de reação. Permaneci calado.

— A boneca não sabe falar?

Continuei em silêncio.

Não poderia desviar o olhar da porta quando vi seu parceiro parado com um olhar entediado no rosto olhando em nossa direção.

— Acho que ele é mudo.– Brincou divertido.

Olhou mais uma vez para mim.

E tinha ódio em seu olhar.

Puxou meus cabelos, resmunguei pela dor que senti.

— Ou você é educado e me responde ou irei te machucar.– Ameaçou puxando os meus cabelos com um pouco mais de força.

Meus olhos marejaram pela dor que estava sentindo.

— Me desculpa. Me solta!– Gritei assustando ele um pouco.

— Olha ele sabe falar.– Disse debochado. Soltou meus cabelos logo em seguida.

Suspirei pelo alívio que senti.

— Para de enrolar idiota. Faz logo o que é pra fazer.– Olhou de soslaio para o homem parado na porta dando ordens para o homem na minha frente.

O outro se mexeu incomodado,não deixou que o outro percebesse. Não passou despercebido por mim.

Eu poderia usar isso contra esses dois idiotas. Pelo que percebi, o homem na minha frente odeia receber ordens do outro. Sorri internamente.

— Só quero que responda uma pergunta.

Olhei desconfiado em direção aos dois homens que se olhavam fixamente.

— Qual?

— Você está grávido não é mesmo?– Perguntou. Baixou o olhar para a minha barriga avantajada.

Gelei sentindo medo. Eles não poderiam fazer nada contra o meu filho.

— Porque querem saber disso?

— Só responde a porra da pergunta.

Gritou o homem parado na porta, sem nenhuma paciência.

— Não estou.