GENIUS - part one

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Depois de ter falado com Nat no telefone ontem, eu estava ainda mais convicto de que tinha que ficar com ela. Faz mais ou menos um mês que me descobri apaixonado, e só vejo esse sentimento crescer dentro de mim. Fiquei piegas para caralho. E nem me importo.

Passei a manhã seguinte em uma reunião, queimando os cacetes dos miolos com um bando de engravatados falando sobre números. Assim que pisei no meu andar, afrouxei a gravata, comecei a tirar o paletó, e andei até a mesa da minha secretária. Ela hoje recebia a visita do marido, e eu estava indo até lá para cumprimentá-lo.

- Senhor Walsh, como está? – Dei uma batidinha em seu ombro, e apertamos as mãos.

- Steve, meu filho, já falei que não precisa me chamar de senhor. Sua mãe não está presente, podemos cortar as formalidades.

- Tudo bem então. Como está, Robert?

- Muito bem, Steve. E nem preciso perguntar como você está, esse seu sorriso o denuncia.

- Estou sorrindo? – Quem ficaria espantado por saber que está sorrindo? Eu! Depois da reunião que tive, era a última coisa que eu esperava, um sorriso no meu rosto.

- Está sorrindo desde que chegou à empresa. – Senhora Walsh falou, e fez uma pausa. – Há um mês e meio atrás.

Arregalei meus olhos para ela, que sorriu docemente.

- Quem é a felizarda? – Robert perguntou apertando meu ombro.

- Quem? – Perguntei.

- Que colocou esse sorriso no seu rosto. Eu sei bem que anda bem animado por aqui. Tenho meus informantes. – Robert piscou para a esposa.

Sorri sem graça, e chamei os dois para almoçarem comigo. Precisava contar sobre Nat para alguém, e eles eram perfeitos para isso. Cuidavam de mim aqui como um filho que nunca tiveram paciência para criar, palavras deles. Se sabiam ou não o que eu fazia no meu tempo livre, nunca falaram nada.

Assim que nos sentamos no restaurante, Robert repetiu sua pergunta. A Senhora Walsh deu um tapinha no braço do marido, pedindo para ele ser mais discreto.

- Lembram-se da amiga dos meus irmãos que meus pais sempre falam a respeito? Nat? – Eles assentiram, e eu continuei. – Eu estou apaixonado por ela. Para caralho. Nem sei explicar direito o que sinto.

- Você a ama, querido. – A Senhora Walsh falou.

- Muito. – Sorri envergonhado de novo.

- Por isso fez questão daquele cantor, não é? Tem alguma coisa a ver com ela? Para impressioná-la?

- Sim. Eu vou conversar com ela na festa. Eu preciso assumir meus sentimentos se quiser que ela seja minha. Não aguento mais nos esconder dos outros.

- Esconder? Mas por quê?

Expliquei aos dois como nos conhecemos, o que vínhamos fazendo, e que minha família iria preferir qualquer um com Nat, menos o safado do Steve.

- Você acha que sua irmã não vai reagir bem, depois que você contar a ela que ama a Natasha?

- Não. Carol vai querer cortar me-... – Parei no meio da frase. – Desculpa. Ela vai querer me matar. Não vai acreditar em mim. E eu espero, do fundo do meu coração, que ela não desconte na Nat. Eu ia me odiar se fizesse as duas brigarem. Não acho que ela vai reagir muito bem, mas eu tenho que tentar.

- Steve, eu o conheço desde que vinha visitar seu avó na infância. – Senhora Walsh começou a falar. - Conheço-te a tempo o suficiente para afirmar que Nat foi a melhor coisa que apareceu na sua vida. Eu nunca o vi tão feliz em todos esses anos que te acompanho diariamente. Não desista da sua garota, Docinho. Vá atrás dela sim, lute por ela. Sua mãe vai ficar muito feliz com a notícia.

LOVE ─ RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora