LOVE ─ Romanogers

STAY COOL - part one

Steve POV

Depois de passarmos dois dias no quarto de hóspedes, a semana passou rápido, e havia chegado o dia de irmos para Forks. Nat até tentou me manter tranquilo quanto ao encontro com Nicolas, mas o que Thor falava anulava toda e qualquer tentativa dela. Eu sei que meu irmão tem a tendência a aumentar as coisas para me sacanear, mas porra, Nicolas tem uma arma! E me confirmaram que ele sabe tudo sobre mim. É claro que ele vai se opor, e vai me expulsar dando tiros na minha bunda. Ou, como Nat disse, no meu saco. Estou fudido!

Consegui me manter tranquilo até a cidade vizinha de Forks, Port Angels. Até ali, eu me distraí e fingi que era uma viagem qualquer. Mas assim que nós descemos do avião, meu corpo automaticamente se afastou de Nat. Ela ria do meu nervosismo ao meu lado, mas eu sabia que seus nervos estavam à flor da pele também. Afinal, ambos queremos que Nicolas me aprove como noivo dela.

- Creio que aquela viatura seja o seu pai? – Apontei na direção do veículo estacionado do lado de fora.

- Não, meu pai é aquele homem de uniforme e cara de poucos amigos encostado nela. - ele estava sorrindo alguns segundos antes de ver que eu andava ao lado da filha dele.

- Claro. E pelo rosto dele, você não contou que eu vinha.

- Não. – Natasha encolheu os ombros. Eu bufei, e rolei os olhos para ela.

- Obrigado por não ajudar.

- Eu não sabia como explicar. Desculpa.

Respirei fundo, e continuei meu caminho com o rabo entre as pernas até o Oficial da Polícia de Forks que nos esperava com uma arma na cintura. Não era um Oficial qualquer, era o Chefe da Polícia. Engoli em seco.

Nat abraçou o pai meio timidamente assim que o viu, e eu fiquei de lado esperando ser apresentado ao meu carrasco. Minha mão esquerda foi puxada quando os dois se separaram, e aproximei finalmente meu corpo do dela.

- Pai... – Ela parou pensando em como me apresentaria. – Esse é o Steve. – Virou para mim. – Steve, esse é o Chefe Fury. Nicolas Fury. Meu pai.

Apertamos nossas mãos meio sem graça, e eu fiquei menos nervoso quando ele pediu que o chamasse apenas de Fury.

Nat começou a andar até a traseira do carro para guardar as malas, e nós a seguimos, em um silêncio desconfortável. Demos a volta no carro novamente, e eu me senti no banco de trás, enquanto Nat ficava na frente. Eu quase podia ver o sorriso de satisfação no rosto de Fury vendo-me no banco reservado aos vagabundos de Forks.

Nat provavelmente notou meu desconforto e se virou para puxar assunto. Não sei por que, mas eu imaginei Fury brigando com ela, e pedindo para que fizesse o favor de se sentar direito no banco, porque se houvesse algum acidente...

- Sinto informar, mas você não vai poder brincar com as algemas como os outros. – Por que eu brincaria com as algemas?

- Quem brincava? – Perguntei.

- Thor e Rhodes. Thor roubou a algema da primeira vez que veio, e Carol da segunda. Desde então, elas ficam escondidas. – Tinha que ser o idiota do Thor para ficar se algemando.

Vi pelo retrovisor que o assunto despertou alguma memória não muito boa em Fury. Seu rosto se fechou logo antes dele começar a falar.

- O nome daquele irmão da Carol que só faz putaria é Stone, não é? – Fudeu!

Retesei no banco. Pensei em virar para o lado, e abrir a porta para me jogar do primeiro barranco que passássemos na estrada. Porra, quando virei uma menininha medrosa?