I AM - part one

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Steve POV

- Nat... Ficar roçando o seu corpo no meu não ajuda no nosso banho.

- E quem disse que eu quero ajudar, Love?

- Não é hora de provocar, nós não temos tempo para nos divertir agora.

- Vai ficar me devendo.

- Pode cobrar com a porcentagem de juros que quiser.

- E eu vou! – Nat apertou minha bunda saindo do chuveiro.

Quando Nat demorou a acordar essa manhã, eu já estava feliz que talvez fosse um efeito da gravidez. Mas então eu lembrei que nós tivemos uma madrugada um tanto agitada ontem comigo passando mal e empurrei para longe minha animação.

Um dia havia passado, e hoje finalmente era o dia que Nat iria à ginecologista, barra obstetra, barra amiga saber se estava grávida ou não. Preferimos não fazer mais nenhum exame de farmácia, e esperar pelo resultado confiável da consulta. Eu queria estar com ela. Positivo ou negativo, queria estar presente no momento que o resultado saísse. Mas infelizmente uma merda de uma reunião me impedia.

Nat estava nervosa, fazendo-se de durona, mas eu sabia que estava apavorada. No estacionamento do prédio prendi seu corpo com o meu na traseira do Volvo para me despedir. Uma pequena distração para acalmar os nervos dela.

- Tem certeza que não quer que eu vá com você? – Arrastei o nariz por sua mandíbula.

- Tenho sim, Steve. Não quero criar expectativas. – Ela trouxe uma mão para a minha nuca, agarrando meu cabelo enquanto eu continuava a provocá-la.

- Liga assim que souber de algo.

- Claro.

- Mas se não for agora, você não precisa nem se dar ao trabalho de tomar qualquer outro remédio.

- Você acha que estamos prontos para ter um filho? – Perguntou puxando meu rosto do pescoço dela.

- Se não estivermos, ficaremos. – Dei de ombros. - Já estamos acostumados com Thor.

- Caso idêntico, Steve. – Falou rindo, e rolando os olhos.

- Praticamente. Pensa só. – Sorri para ela, recebendo um enorme sorriso de volta. Por agora ela estava mais calma.

- Enfim, falo com a minha médica então.

- Já disse que te amo?

- A recíproca é totalmente verdadeira.

Beijei seus lábios apaixonadamente antes que cada um entrasse em seu carro e saísse.

Eu ia passar o resto do dia em expectativa. Nervoso pelo resultado, nervoso por saber que Nat estava nervosa. Tentaria acalmá-la de longe o máximo que pudesse.

No caminho para o trabalho parei na mesma floricultura de sempre, e escolhi em meio às flores que eu ainda não havia enviado para ela as que seriam perfeitas para o dia. Escrevi o cartão para ser entregue junto, e torci para que funcionasse e Nat ficasse mais calma.

Horas mais tarde Nat ligou chorando, agradecendo ao buquê de Frésias, e ao cartão. Fiquei assustado com a reação dela, e quase larguei tudo que estava fazendo para ver pessoalmente se estava bem. Só saí do telefone quando ela parou de chorar, e tive quase certeza que tudo ficaria bem.

Eu fiquei mentalmente chutando a minha própria bunda, enfurnando no fundo da minha mente os pensamentos de que Nat estava sentimental porque estava grávida. Ela não dormiu bem, estava apreensiva, e pelo que havia acabado de dizer no telefone, meu cartão era uma das coisas mais lindas que ela já tinha lido. Eram esses os motivos que explicavam seu choro. Nada mais.

LOVE ─ RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora