ROCK, PAPER, SCISSORS

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Steve POV

A porta do meu escritório foi aberta por alguém com uma força descomunal. A maçaneta bateu forte contra a parede antes que a porta quase se fechasse na pessoa que entrou.

- Steve! Steve! Steve! – Nat me surpreendeu se sentando em meu colo.

Eu não sabia que ela vinha me visitar hoje. Muito menos que ela viria pulando, correndo e gritando.

- Oi? – Sorri para ela.

- Minha menstruação ainda não veio!

Não levei meio segundo para entender o significado daquela frase. Hoje fazia dez dias que a menstruação dela estava atrasada. Era o prazo final que precisávamos para nos convencer de que ela poderia estar grávida.

Nós vivemos como dois loucos desde o dia da comemoração do livro dela. Era sexo toda hora, em todo lugar. Não, eu estou exagerando. Mas era quase isso. Nat teve até que usar pomada para assaduras em alguns dias. Fiquei com medo de estar machucando-a, mas ela não me deixou parar.

E depois eu era chamado de obsessivo.

- Você fez algum teste? – Perguntei afrouxando a gravata.

- Ainda não. Esperei para fazer com você – Respondeu sorrindo.

Tudo o que ela fazia era sorrir. Assim como eu. Nenhum dos dois fazia mais nada a não ser sorrir como dois idiotas. Até que eu respirei fundo e achei no meu cérebro algumas palavras para falar.

- Você não devia ter comprado um?

- Exame? Sim, mas minhas pernas me trouxeram para cá. Meu carro na verdade. Errei o caminho da farmácia.

- Desmarcou seus pacientes?

- A que vinha agora desmarcou. E aí eu fiquei com tempo livre pensando besteira, acabei aqui.

Pulei da cadeira esquecendo Nat no meu colo, quase jogando-a no chão.

- Porra. Desculpa, amor. É qu-...

- Eu entendo, Steve. Vamos!

Puxei Nat pela mão e passei voando em direção ao elevador. Ela falou alguma coisa com alguém no meio do caminho, mas eu não vi quem e nem ouvi o que.

Liguei para um amigo do meu pai e mexi meus pauzinhos para que ele fizesse um exame de sangue em Nat o mais rápido possível. Depois de algumas horas de espera naquelas cadeiras de merda do laboratório, levamos o exame para abrir em casa.

- Dessa vez nós fomos ninfomaníacos. – Falei quebrando o silêncio de meia hora enquanto respirávamos depois da correria.

- Um pouquinho.

- Pouquinho?! – Perguntei retoricamente com minha voz se elevando um pouco.

- Ah. – Nat deu de ombros. – Foi por uma boa causa. – Eu ri e bati com ombro contra o dela. - Vamos só admirar o envelope? – Ela perguntou apontando para o retângulo branco.

O exame estava em cima da mesinha de centro desde que chegamos, mas nenhum dos dois teve coragem de abrir. Cheguei para a ponta do sofá e finalmente puxei o papel com o resultado. Nat inclinou o corpo do meu lado, chegando mais perto para ler comigo.

Eu li, reli, e terminei puto.

- Porra! Caralho! Puta que pariu, não acredito! – Xinguei quase arrancando meu rosto de tanto que passava minhas mãos por ele.

- Eu falei que a atendente tinha ficado deslumbrada com você. – Nat falou guardando tudo de novo.

- E agora?

LOVE ─ RomanogersWhere stories live. Discover now