Estou com você

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MARCELA|
mesmo momento.

— EU NÃO POSSO PERDER O MEU FILHO! - falo nervosa, em meio a lágrimas.

— Tenta se acalmar, amiga. Por você e pelo bebê - seguro em sua mão.

Os policiais conseguem tirar ela do carro e a colocam no carro da polícia.

Outros policiais ficaram no local e dois nos levaram até o hospital. Parece que o trânsito do Rio de Janeiro estava ao nosso favor.

O policial chamou alguém do hospital e vieram com uma maca para colocar a Lari deitada. Passei o número da tia Carla para um dos policiais e entrei para acompanhar minha amiga.

CARLA|

Estava deitada em um sofá e o Henrique e o Maurício no outro, quando recebo uma ligação da polícia  informando que a Larissa e a Marcela haviam sofrido um acidente.

Naquele momento fiquei paralisada, não conseguia reagir.

Agradeci o policial e peguei as informações do hospital.

— O que foi, dona Carla? - pergunto. — Parece que viu um fantasma.

— A Larissa e a Marcela sofreram um acidente. - falo de uma vez.

— OI? - fico nervoso. — Como elas estão? E o bebê?

— Calma Henrique. Carla, explica direito o que aconteceu. - peço, tentando manter a calma entre os dois.

— O policial ligou e avisou que elas sofreram uma acidente perto da casa da Marcela e que estavam no hospital.

— Então vamos para o hospital! - falo.

— Meus pais. Avisa aos meus pais, Maurício. - falo, pegando minha bolsa e saindo de casa.

— Provavelmente já avisaram os da Marcela também. - Maurício fala enquanto presta atenção no trânsito.

Chegando lá pedimos informações e fomos até a sala de espera. Encontramos dois policiais e eles nos explicaram o que poderia ter acontecido, já que eles não tem a certeza ainda.

Não demorou muito e um médico apareceu.

— Vocês são os familiares da Larissa é Marcela, certo? - o médico pergunta.

— Isso! - falo.

— As duas passam bem, o quadro delas é estável. Só tiveram leves arranhões. - explico a situação.

— Doutor, sobre a Larissa. E o bebê? - pergunto nervoso.

— Fizemos exames e infelizmente a paciente perdeu o bebê. - falo, triste. Passar uma notícia dessa para família é difícil para gente também. Imagine para a mãe do bebê.

— Não. - na hora que escutei o doutor falando isso, o meu mundo desabou. Não conseguia ouvir nada do que falavam.

Perdemos o nosso bebê? E os planos que fizemos juntos?

Não pode ser!

Passo a mão na cabeça e me afasto deles. Deixo as lágrimas caírem.

— Henrique.. - ouço a voz da Carla e sinto seu abraço. — Não era para ser assim. - falo.

— Não. Não era para ser assim. - repito. — O que eu vou fazer agora?

— Ela precisa de você, Henrique. Por mais que a gente esteja aqui, ela vai precisar de você. - Maurício fala. — Não consigo mensurar a dor que esteja sentindo agora, mas precisa ser forte.

— Posso vê-la? - enxugo as lágrimas e olho para o médico.

— Claro! - levo ele até o quarto. — Peço calma. Ela estava muito nervosa e sentindo dores.

— Certo, obrigado doutor. - forço um sorriso e entro no quarto. E quando a vejo, vem uma vontade enorme de chorar mas respiro fundo.

Cheguei perto dela e segurei em sua mão.

— Amor... - digo baixinho.

— Oi minha princesa. Estou aqui com você. - passo a mão em seu cabelo.

— Nosso bebê. Eu perdi nosso bebê. Desculpa amor, eu sei que era o seu sonho. E eu não fui capaz de realizá-lo. - falo, rápido.

— Ei, para de falar isso. Não foi culpa sua. A gente não tinha como imaginar que isso poderia acontecer. Você está bem, você está aqui com a gente. Graças a Deus não teve nada mais sério. - falo.

— Mais o meu bebê. Era a vida do nosso filho, Henrique. - falo.

— Eu sei, amor. Eu sei! Mais não estava no nosso controle. - tento explicar calmamente.

— Você não percebeu que eu não sou capaz de ser mãe? - falo, nervosa.

— Você é sim! Quem te disse que você não é capaz? - pergunto.

— Estou dizendo isso. - falo.

— Então muda esse seu jeito de pensar. - peço.

—  Amor.. - meus olhos começam a marejar.

— Shii.. Fica abraçada comigo porque um abraço fala mais que mil palavras. - deitei ao seu lado e beijei sua cabeça.

PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUEWhere stories live. Discover now