Casa comigo?

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HENRIQUE|

Deixei eles na sala e fui em direção ao meu quarto. Ao entrar, encontrei ela sentada no chão pintando as unhas. Realmente, ela veio fazer isso mesmo. Foi fácil enrolar.

Inventei que precisava da ajuda dela para trazer mas todos estavam ocupados. Descemos e os três não estavam mais na sala. Entramos no carro e antes de chegarmos perto, consegui colocar o tapa-olho que a minha mãe usa para dormir nela.

— O que você está aprontando, Henrique? - pergunta, nervosa.

— Já já você vai ver. - falo sorridente. Acho que não consigo demonstrar o quanto estou nervoso. Estacionei o carro e desci. Dei a volta e a ajudei a descer.

— Para onde está me levando? - ela pergunta, segurando em minha mão. Segurando não, apertando.

— Por que está apertando tanto a minha mão? Tá' achando que vou deixar você se machucar? - pergunto.

— Não, lógico que não. Você disse que queria minha ajuda. - fala rindo.

— E preciso. - falo rindo. — Você já vai ver. - falo.

Minhas mãos estão soando. Estou muito nervoso e ao mesmo tempo ansioso para saber o que ela vai achar e a sua resposta. Tirei o tapa-olho e aí ela percebeu a surpresa.

— Amor, que lindo! - diz, sorrindo e vindo me abraçar.

— Gostou? - pergunto, sorrindo também.

— Claro! Eu amei! - fala, e me dá um beijo.

— Fico feliz. A Mohana e o Juliano me ajudaram. - falo.

— É, você não iria fazer tudo isso sozinho. - ela diz, e logo a encaro sério. — É sério, amor!

— Eu preparo tudo isso para você e a resposta que recebo é essa? - pergunto, fingindo estar triste.

— Você sabe que estou certa. - ri.

— Sei que não pode tomar vinho, então preparei um suco. Vou te acompanhar também. - afasto a cadeira e ela senta.

— Muito obrigada, meu amor. - agradeço sorrindo.

— Andou pesquisando o que eu podia e não podia tomar ou perguntou para sua mãe? - pergunto curiosa e olho atentamente para ele.

— Pesquisei mesmo. - assumo e rimos. — Bora comer?

— Bora. Estou com fome! - rimos.

— Ficou bonito, né? - pergunto, olhando ao redor.

— Demais, amor. - falo, dando um selinho nele.

— Você merece! - ela sorri. Um sorriso lindo. — Tem sobremesa, quer agora?

— Sério? - ele concorda. — Eu quero! Você tem que lembrar que agora como por dois.

— Você não me deixa esquecer. - ri, e coloquei o pudim em nossos pratos e comemos.

— Que delícia! - coloco mais um pedaço na boca e me delicio com esse pudim.

— Agradece a minha mãe depois. - ri. — Tá' toda suja.

— Onde? - topo em alguns lugares da boca com o polegar.

— Posso limpar? - pergunto.

—  Claro. - ele pega o guardanapo e passa nos cantos da minha boca.

—  Pronto. - falo.

— Obrigada, amor. - agradeço.

—  Por nada.  - sorri — Tem outra coisa para você.

—  Outra? - pergunto, curiosa.

—  Sim. - me levanto e vou até ela.

— Você gosta de fazer uma surpresa, né? - pergunto e vejo ele se ajoelhar em minha frente — O que é isso, Henrique?

— Larissa. - respiro, para tentar me acalmar um pouco. Meu coração está acelerado.

— Oi. - respondo, rápido.

— Você aceita casar comigo? - pergunto, tirando a caixinha do meu bolso e abrindo ela.

— Isso é sério? - pergunto, surpresa.

— Muito! - falo.

— Eu aceito! É claro que aceito! - respondo rápido, sorrindo. Ele tira a aliança da caixa e coloca no meu dedo.

—  Minha noiva. - beijo ela.

— Se a sua intenção também era me fazer chorar, você conseguiu. - limpo as lágrimas.

— amor! - sorri. — Não era a minha intenção, tá'?- ri e a abracei.

— Te amo! - ela diz, me abraçando.

— Amo vocês. - topo em sua barriga. Ficamos mais um tempo ali, arrumamos as coisas e depois voltamos para casa.

— Olha eles aí.  - Mohana fala animada, assim que nos ver entrando em casa.

PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora