Sedentário

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LARISSA|
📍domingo, Palmas-TO

— Bom dia, mãe! - beijo sua testa.

— Bom dia, filho.

— Fez o suco agora? - pergunto, pegando a jarra e colocando um pouco no meu copo.

— Fiz! - falo.

—  Bom dia! - entro na cozinha.

— Bom dia, Lari. Dormiu bem? - beijo sua bochecha.

— Dormi e a senhora?

— Bem. - sorri. - A comida já está na mesa. Já terminou esse suco, Henrique?

—  Já estou acabando. Pronto! - coloco na mesa. - Bom dia, amor!

— Bom dia! - abraço ele.

—  O pai já acordou? - pergunto a minha mãe.

— Já foi no supermercado, já me ajudou a limpar a cozinha, já tomou café. - digo.

—  Acordou bem disposto, né? - rimos. — E onde ele está?

— Cuidando dos bois. - falo.

— Tem tanto assim para cuidar? Será que ele está cuidando do chifre do Pedro Humberto?

— Henrique! - minha mãe me repreende.

— O que foi? - pergunto, rindo.

— Você não tem jeito, não é menino?

— A senhora pensou isso também. - falo.

— Não pensei não.

— Pensou sim! - ri.

— Para de enjoar, menino. - bato nele com o pano de prato.

— Já vou. - ri.

— Não vi o Ju ontem à noite. - falo.

— Foi dormir na casa da Mohana. - Henrique diz.

—  Ata. - falo.

— De tarde ele deve estar por aqui. - dona Maria fala.

— Mãe, deixa as coisas aí e vem. - seguro na mão dela e na da Larissa.

— Para onde você está nos levando? - pergunto.

— Vamos passear! - ele diz, parecendo aquelas crianças quando pedem as coisas.

—  Aonde? - dona Maria pergunta.

—  Aqui na fazenda, ué? - responde.

— Vamos caminhando? - ele concorda.

—  Gostei da ideia, dona Maria. - sorri. — Pelo menos seu filho deixa de ser sedentário por uns minutos. - Henrique vira para mim e fecha a cara.

— Pois é! - rimos.

— Até você? - olho para minha mãe.

— Você não, senhora! Me respeita! - bato em seu braço de leve.

— E não vamos caminhando. - falo.

— Não? - as duas perguntam ao mesmo tempo.

— Não! Vamos de cavalo. - sorri.

— Isso aí é só para não caminhar. - ri.

—  Bem isso, sedentário. - dona Maria fala.

— Podem parar com isso. Quero fazer um trem diferente com vocês e cês' ficam me chamando de sedentário? - elas riem.

— Só falamos a verdade, amor. - falo.

— Tá'!

— Só um pouquinho, né? - rimos.

—  Ai, gente. Vamos logo!

PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUEOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz