Capítulo um - Frank

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Olá, leitor. 

Primeiro eu gostaria de agradecer por abrir essa história. Depois eu gostaria de comunicar algumas coisas: este livro foi escrito em 2013 e revisado por uma professora de português no colégio e a capa foi feita por um amigo meu. Depois da minha primeira publicação - que não deu muito certo - fiquei com receio de continuar postando minhas histórias, mas resovi colocar este no Wattpad, afim de atinigir meus primeiros leitores. Como eu disse, escrevi essa história tem mais de sete anos. Portanto, muita coisa mudou desde então e espero que você possa aproveitar o livro da mesma maneira. Não pretendo revisitar essa história porque ela já tem seu começo, meio e fim. Espero que você se divirta com os personagens da mesma forma que eu gostei de criá-los no ápice dos meus dezessete anos.

Boa leitura!

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— Uma cirurgia apenas. Parece que o pessoal resolveu manter a saúde. — Respondo emburrado. — E eu preciso trabalhar!

Minha melhor amiga riu. Eu reviro meus olhos e em seguida passo meu olhar para a fila em que estamos. Observo que não falta muito para chegar a minha vez já que os próximos são só alguns pacientes e pouquíssimos médicos.

— Não tenho esse problema na pediatria. Mas com as enfermeiras em greve, estamos num caos.

— A ala cirúrgica também está sentindo o efeito. Espero que a porcaria do salário delas aumente de uma vez. Não posso perder pacientes quando os tenho por causa de enfermeiras.

Dra. Harrison dá de ombros e a fila anda mais um pouco até que chega a minha vez.

— Use os estagiários. — ela sugere enquanto eu faço o meu pedido e pago cinco libras por um copo de café. Tudo o que eu precisava no momento para animar meu ânimo.

— Não preciso dos garotos de greve também. — respondo. — Deus, é tão cruel querer que alguém sofra?! Eu preciso trabalhar.

Elena explode em uma gargalhada, afinal para a Dra. Harrison é engraçado a forma com que eu lido com o meu trabalho. De acordo com ela, o hospital é a minha esposa, ou algo assim. Não saio daqui há três dias e passo em casa, de vez em quando, apenas para tomar um banho.

Agora é a vez de Elena pegar o pedido dela, mas mesmo já estando com o meu na mão, eu a espero. Nós dois somos amigos desde a faculdade e sempre esperamos um pelo outro para um bom café no intervalo. Isso virou quase que um hábito.

— Qual foi a última vez que você esteve em um relacionamento? — Elena pergunta brincalhona e eu apenas reviro os olhos. Não irei dar uma resposta que ela já conhece. — Rebecca deve sentir sua falta.

— Agradeceria se não tocasse no nome dessa mulher, por favor.  Acabou de estragar meu café. — Aponto para o copo que tinha acabado de receber enquanto vamos caminhando para uma mesa. Rebecca é a minha ex-esposa. Talvez tenha sido até pelo meu divórcio de um casamento fracassado, há três anos, que eu acabei me isolando no hospital.

— Não seja tão dramático. — Ela pede mesmo sabendo o motivo do meu término. Eu ignoro-a e tomo um gole da minha bebida, sentindo a cafeína me aquecendo do frio de Londres... até que... me tirando do meu momento pacífico escuto a emergência me chamando e é a minha deixa para sair daqui. Dou um sorriso sarcástico a Elena que revira os olhos, mas deixa escapar uma risada nasal.

Levanto da cadeira que sentei há poucos minutos e vou em direção ao corredor que me levaria à ala cirúrgica.

– Eu preciso trabalhar.

Para Sempre ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora