Na sala de estudos Arquia continuou com a sensação de que algo estava errado. Após consultar o espelho mágico e não ter resultado algum, decidiu ir à gruta de Crom. Lá chegando, antes de entrar jogou uma pedra em direção à entrada; ela se destruiu ao colidir com o campo magnético de proteção. Sendo assim, Arquia imediatamente desfez a proteção magnética e entrou, surpreendendo-se com os desenhos nas paredes, que detalhavam a história da chegada dos Dracons à dimensão dos Elementais.
Após observar as paredes, Arquia segurou um dos objetos de Crom, para utilizar o poder de psicometria, na esperança de que através do objeto pudesse ver e saber o que havia acontecido, mas só conseguia ver o que o espelho de cristal mágico já lhe havia mostrado: o nevoeiro. Arquia, preocupado, saiu da gruta falando consigo mesmo:
– Se Crom transmutou, eu saberia.
O ancião decidiu voltar ao templo central. Desta vez para
consultar algo mais poderoso: o Circulum. Lá chegando posicionou-se frente ao oráculo que tudo vê, e com movimentos circulares das mãos, solicitou uma visão, que insistia em revelar apenas o nevoeiro. Arquia, insatisfeito com a revelação do oráculo, sentou-se na poltrona na tentativa de relaxar e se concentrar mais profundamente, no que foi interrompido por Miso, que entrou intempestivamente no salão, sem ser anunciado:
– Mestre! Precisamos conversar!
Então Arquia se levantou da cadeira, posicionando-se frente ao oráculo novamente e, sem encarar o intempestivo Miso, o questionou:
– Sabe de alguém que fez encantamentos magnéticos hoje? – Feito à pergunta Arquia fechou os olhos por alguns instantes e ao abriu novamente, agora, conseguia ver alem da matéria.
– Não, mas isso tem há ver com o sumiço de alguém? – Questionou Miso, descaradamente.
Arquia, agora, desconfiado, continuou a ignorá-lo, pois, percebia na aura de Miso um turbilhão de cores negativas, o que denunciava maus feitos e pensamentos:
– O que exatamente o trás aqui? – Indagou Arquia.
Miso, sentindo-se incomodado apressou-se em responder:
– Hoje na floresta, alguns de meus homens disseram terem visto os Dracons aprisionarem Crom.
Arquia, surpreso questionou a informação:
– Quem viu?
– Trevoso. – Disse Miso.
– Mande Trevoso vir aqui! – Ordenou Arquia, agora, encarando-o profundamente nos olhos.
Miso que, sentindo-se invadido, embaraçado argumentou:
– Não, mestre! Trevoso está em uma missão. Devo ir agora! – Desconcertado, virou dando as costas a Arquia, e pensou: “ele está sondando meus pensamentos”.
Arquia questionou-o novamente, antes que saísse:
– Você sabe se Crom e Trevoso se falaram hoje?
Miso, já próximo à porta, articulava em sua mente: “não permitirei que invada meus pensamentos”. Resistindo a invasão. Virou-se para Arquia, encarando-o de frente, respondeu:
– Não! Não sei! Devo ir agora! – Miso reverenciou o ancião na tentativa de se esquivar de encará-lo. Esse ato propiciou que o cordão que carregava no pescoço ficasse à mostra. De imediato a aparição do pingente deixou Arquia ainda mais intrigado. Mas, enfim, Miso retirou-se do salão.
Arquia apoiou as mãos no oráculo mágico e imaginou Alba, o grande mestre em magia ilusória, que imediatamente se materializou atrás do ancião:
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CZYTASZ
Devas os mensageiros
Science FictionSinopse Sam é uma menina que pertence a dois mundos diferentes. Certo dia, utilizando-se de um de seus dons visita a Cracia, a cidade dos elementais, onde é recebida por Arquia, o ancião do Conselho. A presença de Sam traz conflitos entres os clãs...