VI - cratera

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Na sala de estudos Arquia continuou com a sensação de que algo estava errado. Após consultar o espelho mágico e não ter resultado algum, decidiu ir à gruta de Crom. Lá chegando, antes de entrar jogou uma pedra em direção à entrada; ela se destruiu ao colidir com o campo magnético de proteção. Sendo assim, Arquia imediatamente desfez a proteção magnética e entrou, surpreendendo-se com os desenhos nas paredes, que detalhavam a história da chegada dos Dracons à dimensão dos Elementais.

Após observar as paredes, Arquia segurou um dos objetos de Crom, para utilizar o poder de psicometria, na esperança de que através do objeto pudesse ver e saber o que havia acontecido, mas só conseguia ver o que o espelho de cristal mágico já lhe havia mostrado: o nevoeiro. Arquia, preocupado, saiu da gruta falando consigo mesmo:

– Se Crom transmutou, eu saberia.

O ancião decidiu voltar ao templo central. Desta vez para

consultar algo mais poderoso: o Circulum.  Lá chegando posicionou-se frente ao oráculo que tudo vê, e com movimentos circulares das mãos, solicitou uma visão, que insistia em revelar apenas o nevoeiro. Arquia, insatisfeito com a revelação do oráculo, sentou-se na poltrona na tentativa de relaxar e se concentrar mais profundamente, no que foi interrompido por Miso, que entrou intempestivamente no salão, sem ser anunciado:

– Mestre! Precisamos conversar! 

Então Arquia se levantou da cadeira, posicionando-se frente ao oráculo novamente e, sem encarar o intempestivo Miso, o questionou:

– Sabe de alguém que fez encantamentos magnéticos hoje? – Feito à pergunta Arquia fechou os olhos por alguns instantes e ao abriu novamente, agora, conseguia ver alem da matéria.

– Não, mas isso tem há ver com o sumiço de alguém? – Questionou Miso, descaradamente.

Arquia, agora, desconfiado, continuou a ignorá-lo, pois, percebia na aura de Miso um turbilhão de cores negativas, o que denunciava maus feitos e pensamentos:

– O que exatamente o trás aqui? – Indagou Arquia.

Miso, sentindo-se incomodado apressou-se em responder:           

– Hoje na floresta, alguns de meus homens disseram terem visto os Dracons aprisionarem Crom.

Arquia, surpreso questionou a informação:

– Quem viu?

– Trevoso. – Disse Miso.

– Mande Trevoso vir aqui! – Ordenou Arquia, agora, encarando-o profundamente nos olhos.

Miso que, sentindo-se invadido, embaraçado argumentou:

– Não, mestre! Trevoso está em uma missão. Devo ir agora! – Desconcertado, virou dando as costas a Arquia, e pensou: “ele está sondando meus pensamentos”.

Arquia questionou-o novamente, antes que saísse:

– Você sabe se Crom e Trevoso se falaram hoje?

Miso, já próximo à porta, articulava em sua mente: “não permitirei que invada meus pensamentos”. Resistindo a invasão.  Virou-se para Arquia, encarando-o de frente, respondeu:

– Não! Não sei! Devo ir agora! – Miso reverenciou o ancião na tentativa de se esquivar de encará-lo. Esse ato propiciou que o cordão que carregava no pescoço ficasse à mostra. De imediato a aparição do pingente deixou Arquia ainda mais intrigado. Mas, enfim, Miso retirou-se do salão.

Arquia apoiou as mãos no oráculo mágico e imaginou Alba, o grande mestre em magia ilusória, que imediatamente se materializou atrás do ancião:

Devas os mensageirosOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz