X - A saída da escola

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Enquanto isso, na escola dentro do vulcão, a sirene soou, anunciando aos professores e alunos o término das aulas. As crianças de imediato começaram a arrumar seus pertences. Enquanto a professora Sofia fazia a chamada, invadiu a sala de aula um monstro que pulou sobre a mesa da professora, surpreendendo-a:

– Olá, Amel! – Passado o susto. Sofia fez um pequeno carinho sobre a cabeça do animal, que se deleitava. Antes das crianças começarem a sair, Sofia faz um apelo:

– Um momento, crianças! Esperem! – Pegando a mensagem presa entre as garras do monstrinho. Ao abrir, leu-a em silencio:

Elion, olhando o bichano, fez:

– Hum! Isso não é nada bom!

– O que é aquilo? – Interpelou Sam surpresa.

– Você não sabe? – Inquiriu Elion encarando-a.

– Não, não sei! O que é? Parece um bichinho.

– É uma gárgula. – Relatou Elion eloqüente demais, atraindo a atenção de todos, principalmente da professora, que o encarou:

– Gostaria de dividir algo com a turma?

– Não senhora. Desculpe-me. –Disse Elion acanhado.                          

Após a leitura da mensagem Sofia, recomendou à turma:

– Não parem em lugar algum! Vão direto para suas casas. E façam o dever. Podem ir!

– Já era hora... Não aguento mais essa pirralha! – Comenta Elion, visivelmente aliviado.

– Hora de quê? De que pirralha esta falando? – Retrucou Sam.

Elion estava em pé, de frente a classe, juntando seus papiros. Encarou a menina novamente proferiu irônico:

– Já soou a sirene!

– E daí? –Argumentou Sam, devolvendo o olhar cínico.

– Eu vou embora! Você vai ficar! – Respondeu Elion, indignado com a menina. Porém, Sam levantou-se para sair com ele. Nesse instante, Acro entrou na sala de aula passando entre as crianças que saiam.

– Professora Sofia. –Disse Acro enquanto fitava a classe a procura de Sam, ao vê-la, disse:

            – Ei! Você vem comigo! Arquia nos espera. Vamos!

Quando saíram da caverna do velho vulcão adormecido, avistaram o céu invadido por nuvens negras, acompanhadas de lampejos.

 E apenas alguns raios do sol passavam por pequenas brechas ainda não preenchidas.

 O solo estremecia acompanhado de barulhos. Sam imediatamente questionou:

– Professor, que barulho é esse?

– Já saberemos! –Advertiu Acro. Conforme se aproximavam da cidade, os barulhos e tremores ficavam mais fortes. Sam empacou quando avistou Arquia junto a outros Elementais. E questionou novamente:               

– O que é aquilo?

– São os guardiões de Cracia. Hum! Isso não é um bom sinal. Explicou Acro.

Sam, fascinada, fixou os olhos no exército de minotauros que, mesmo de longe, pareciam enormes.

– Nossa, eles são iguais àqueles das paredes do templo. – Exclamou Sam, surpresa.

– São eles mesmos. Precisamos ir, vamos! – Disse Acro, preocupado. E desceram a estrada em direção a Cracia. Encontrando Arquia, frente ao templo de Maltwood, dando as últimas instruções aos minotauros:

– Vocês estarão sob o comando de Faliha, Deleon e Nazih. – Dito isto, aproximou-se dos três fiéis amigos, instruindo-os sobre a missão:

– Peguem-no, irão precisar! Estendeu as mãos, entregando-lhes um pergaminho.                         

Deleon questionou em seus pensamentos: “para que serve o pergaminho?”.

–Ele é tudo que precisarem que ele seja, devem utilizá-lo somente em ultimo recurso. Miso é perigoso, mas não se compara a Sifer. Sua perversidade é estupenda, e todo cuidado é necessário nesta missão. Vocês devem trazer o pentagrama intacto. Agora vão!

Devas os mensageirosWhere stories live. Discover now