XIV- Origem

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No templo de Silbury.

– Sam, posso ver seu sinal? – Perguntou Leonel à menina, que prontamente lhe mostrou o pulso e disse: – Esta é minha mancha.

Leonel analisou de vários ângulos:

– Parece uma árvore! – Disse ele, enquanto examinavam tentando decifrar o desenho:

– Taranis, o que você acha? Olhe!

 Taranis olhou atentamente, e respondeu baixinho:

– Eu já vi esse desenho! Onde eu o vi? Hum... Espere um minuto!

 – E foi até uma velha estante, repleta de papiros e livros

empoeirados, à procura de um livro em especial, apontando o dedo indicador para cada livro enquanto a outra mão tentava retirar a poeira e teias dos livros:            

– Esse não, não, também, vai ver... Ah! Você está aqui, venha! – Taranis se esticou e ficou na ponta dos pés, não conseguindo alcançar o livro, proferiu uma palavra mágica :  

– Levatum! – Levitou alguns centímetros até alcançar o livro. Em seguida, disse:

– Descendit terram. – E levitou até os pés tocarem o chão novamente. Segurando o livro, voltou à mesa, abrindo-o o folhou, e eufórica:

– Já sei! É a árvore cósmica, considerada o centro do universo.

– É isso, a árvore Yggdrasil! –Afirmou Leonel, todo entusiasmado. – Isso é estupendo! É maior do que podíamos imaginar. Ela realmente é descendente de Simon.

Leonel aproveitou a distração da menina, que conversava com Elion, e sussurrou a Taranis:

– Só que mais poderosa!

Taranis não hesitou em mostrar sua preocupação, pois eram muitos poderes para uma garotinha tão pequena:

– É, veremos realmente qual é a sua verdadeira natureza.

Mestre Leonel calou-se por alguns instantes. Segundos mais tarde, chamou:

– Crianças! Vamos estudar!  A mágica sai de dentro do seu coração, a maior magia é do amor. –Ensinou o ancião de Silbury (clã da terra) aos pupilos.

– Eu posso fazer mágica? – Disse Sam curiosa: – Eu acho que estou sonhando!

– É magia! Não isso ai! – Retrucou Elion.

Leonel percebeu que a menina, naquele momento, não sabia quem era, e decidiu explicar:

– Vou lhe contar uma história: Cracia nem sempre foi uma cidade pacata. Há muito tempo atrás havia dois irmãos, embora os dois tivessem nascido em Silbury, um não pertencia de fato ao clã. Assim, quando ficou maior, foi revelada a sua verdadeira natureza. Ele não suportava permanecer em seu clã de origem, pois seu nível vibratório não era compatível com o dos demais, fazendo-o passar mal. Então, ele foi para o clã dos magos de Belial, tornando-se um mago muito poderoso, mas sua ambição o deixou extremamente perverso. Tão perverso que um dia roubou o pentagrama do templo central de Cracia, e abriu o portal de Annwn, a cidade dos sonhos, que separa o reino Malkuth do reino dos humanos. Esse Elemental de natureza bizarra atravessou os portais, chegando ao mundo dos humanos com o desejo de governar a humanidade, mas havia um Elemental com poderes idênticos capaz de neutralizá-lo. Seu próprio irmão, que o seguiu até o mundo dos humanos, recuperou o pentagrama e o capturou, trazendo-o a Cracia, onde o conselho o aprisionou. Mas o bom jovem ao regressar da missão, solicitou ao Conselho a permissão para deixar Cracia. O Conselho o advertiu de que perderia sua imortalidade, e possivelmente não poderia voltar a Cracia. Mesmo assim, o jovem Simon decidiu viver entre os humanos. Ele havia se apaixonado. Você, Sam, é neta do poderoso gram. Mir Simon. Possui poderes como os de seu avô.

Devas os mensageirosحيث تعيش القصص. اكتشف الآن