XX - Sacrifício

16 0 0
                                    

Um som estranho se intensificava rapidamente se aproximando de Cracia. Então, Arquia Apoiando-se no cajado levantou-se da cadeira., caminhou em direção à janela.   Confirmou a aproximação de um furacão que já se anunciava através de um vendaval arrastando cestos, folhas e mercadorias que ainda estavam frente às lojas. Elementais fugiam do vendaval e do vento norte, que trouxe a chuva como sinal de má sorte. Arquia preocupado disse:

– Devo voltar ao templo central, agora!

O ancião apressado saiu de Silbury em direção ao templo de Maltwood, acompanhado de intensa chuva e relâmpagos que atingiam árvores e parte de prédios de Cracia, apoiando-se no cajado fitou o furacão iminente em assolar a cidade. Levantou o cajado e o impôs frente ao furacão, pronunciado: avertendos et dissipare! –Fazendo-o mudar a direção e subir ao céu, intensificando ainda mais o mau tempo. Agora, o furação espalhou a grotesca nuvem revelando sobre o negro céu de Malkulth, as chamas saídas das narinas e bocas de dragões e serpentes aladas conduzidos por entidades disformes e monstruosas do reino das nevoas que subiam através das raízes ate a encosta da montanha, deferindo golpes de machados e espadas sobre os guerreiros de Asgard. O ancião diante de tal visão  se apressou ainda mais em chegar a Maltwood, enquanto meditava: “O tempo se esgotou! Eurus fez o que pode. Se precisar... Eu..”.

Arquia encharcado pela chuva atravessou as portas do templo central de Maltwood. Dando seus primeiros passos no corredor, fez um encantamento com as mãos, secando-se inteiramente, restando somente o rastro de pingos no chão. Entrou no salão do oráculo, sentou-se na poltrona, e  fixou os olhos no Circulum que tudo vê, em instantes, se refletiu em seus olhos catástrofes que estariam por vir sobre Gaia, inúmeras aberrações chegando de outros planetas contribuindo para a o desequilíbrio da natureza, maremotos provocados por abalos sísmicos causando a  erupção de vulcões ocultos em  águas negras, terremotos de grande escala ativando o circulo de fogo, imensos furacões, e, por fim, a destruição da humanidade. Arquia, vendo tanta destruição, levou as mãos ao rosto, murmurou:

– Isso não pode acontecer...

Levantou intempestivamente com fisionomia de quem estava prestes a entrar em uma guerra. Começou a suplicar:

– Rogo a ti que criaste as leis do universo, tudo tem dois lados, e tudo faz parte da criação! Eu como criatura suplico ao criador por uma intervenção.

Batendo o cajado três vezes no chão, provocou um forte nevoeiro no salão, uma suave brisa esvoaçou suas vestes. Abriu os braços, e seu peito se irradiou, iluminando o ambiente, seu corpo vagarosamente levitou, e sua essência transportou-se a um local desconhecido, onde um nevoa cegava-lhe até mesmo sua terceira visão. Sentindo-se observado, então, começou a falar:

– Preciso falar com o conselho da criação! É de vital importância! O planeta não resistirá! Se houver o alinhamento no momento errado... – Nem terminou de falar. E vozes misturadas o questionaram:

– Você quer ajuda?

– Sim! Preciso de ajuda!                          

– Está tudo sob controle. – Insistiam as vozes.

Arquia insistiu em seu apelo:

– Eu temo que não! Notus ainda não se recuperou, há  possibilidade de cargas negativas invadirem Gaia... Uma luz prateada se iluminou, emitindo a segura voz de um ser masculino, disse:

– O conselho o aguarda.

Arquia misteriosamente foi transportado, viu-se sentado a uma cadeira junto a mesa do Conselho da Criação composta de  oito anciões. O dirigente iniciou:    

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Dec 07, 2014 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Devas os mensageirosWhere stories live. Discover now