XV - Floresta do suspiro

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É para lá que iremos. – Disse Leonel.

 Eles retornaram à sala de aprendizagem junto a Taranis com a finalidade de programarem sua próxima aventura: a floresta do suspiro.

– Sam, você virá comigo! Você é minha responsabilidade! Elion vá com Taranis à procura de Aradia, e peça para preparar os cavalos. Diga que ela irá conosco, e você também irá, Elion! – Ordenou Arquia.

No dia seguinte, reuniram-se Arquia, Leonel, Sam, Elion, Taranis e Aradia e seguiram sobre os cavalos pela estrada de chão com pequenos trechos de grama cobertos por neve. O dia havia se tornado noite, relâmpagos ecoavam fora dos limites da cidade de Cracia, as montanhas ao redor estavam parcialmente cobertas de neve, o vento frio estarrecedor atravessava o manto dos viajantes, fazendo-os tremer. Taranis calorosamente ajeitava o manto que Sam ganhara de Arquia enquanto cavalgavam juntas, a fim de protegê-la do frio. Esse era o único caminho que os levaria à floresta do suspiro. Os cavalos, após andarem alguns quilômetros, começaram a apresentar sinais de exaustão e dificuldades para respirar. O cansaço era presente em cada componente do grupo. Chegado próximo da beira do córrego.

– Parem! Prosseguiremos a pé. – Disse Arquia descendo do cavalo:

            – Vá meu amigo! – Complementou Arquia acarinhando o eqüino Léguas. Após a partida dos cavalos. Arquia cuidadosamente posicionou-se para atravessar o córrego tocando o cajado no chão, fazendo-o reluzir, evidenciando as pedras que ora estavam emersas, ora não. Já do outro lado do córrego, esticou a mão:

– Vamos, Aradia venha! Devagar, está escorregadio. A água está congelando. – Alertava Arquia.

Aradia atravessou o córrego, sendo seguida pelos demais integrantes do grupo, um de cada vez.

– Estão ouvindo? – Questionou Leonel.

– O som do berrante vem de lá! – Disse Arquia. – Indicando a direção.

O grupo seguiu em direção ao som, subindo o pequeno morro, de cujo topo se podia avistar do outro lado, iluminada pelos lampejos, a densa e monstruosa floresta do suspiro. Eles seguem descendo em direção à floresta. Aproximando-se, Leonel chamou:

– Rei Gob, pedimos permissão para entrar em sua floresta.

 Os raios e lampejos de luz possibilitaram a visão de alguns arbustos da floresta se movendo, em seguida anunciou uma pequena lamparina acesa denunciando a presença de dois homenzinhos saindo dos arbustos, O menor era um gnomo de 30 a 40 cm, levava uma folha de arruda atrás da orelha, alguns pêlos espalhados pelo corpo. Sua roupa era de um verde com várias composições, e carregava o berrante. O outro se parecia com o primeiro, porém, um pouco mais alto, de orelhas pontudas. Sua cabeça e seu dorso eram humanos, com chifres e orelhas de bode. Assim que se aproximaram dos visitantes:

– Mestre Leonel, há quanto tempo. Que prazer vê-los! – Gob recebeu-os com ânimo.

Arquia abaixou-se, cumprimentando-os com um aperto de mão:

– Olá rei Gob, olá Pam.

Vamos! Vamos!Venham! Junto à clareira, lá está quentinho e confortável! E bem iluminado! – Gob apressado e com frio os convidou a entrar, e suspendendo a lamparina tomou a frente dos convidados os conduzindo. Aradia seguia afastada do grupo, cheirando algumas plantas, e aproximando-se de Arquia:

– Mestre, mais tarde encontro vocês.

– Está se sentindo em casa! – Gracejou Arquia.

Aradia apenas deu um sorriso e mudou de direção. O grupo continuou andando cada vez mais floresta adentro. Os raios provocados pelos trovões permitiam ao grupo ver entre um clarão e outro, os olhos curiosos dos moradores da floresta que espiavam através das fendas de suas tocas. Chegando à clareira, encontraram uma grande movimentação de duendes e gnomos transitando na execução de tarefas. Em cada rosto, havia um traço de preocupação. Sentado em frente à fogueira estava o duende gorducho oráculo Holls, o guardião do conhecimento aguardando a chegada dos visitantes, e assim que os viu abriu um sorriso de contentamento e disse:

Devas os mensageirosWhere stories live. Discover now