XIII - Floresta das ilusões

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Deleon, Nazih e Faliha chegaram à entrada da floresta das ilusões, a fim de pedirem permissão aos seus guardiões para atravessá-la. Faliha chamou:

– Himalia! Himalia!

– Faliha, há quantas luas! – Disse a linda ninfa materializando-se frente a ele. Ela de aproximadamente um 1.40cm, olhos amendoados, pele delicada e sutil, quase transparente. Irradiando luze rosa cintilante. As orelhas pontudas seguravam parte de seus cabelos longos e mechados para trás. Eles se abraçaram, e Faliha, por alguns instantes, pareceu esquecer-se do motivo que os levou ali. Nazih tomou a frente e foi logo explicando:

– Precisamos de sua ajuda!

– O que posso fazer para ajudar? – Indagou Himalia.

Faliha, despertando do torpor, respondeu, já fazendo as apresentações necessárias.

            – Atravessar a mata! Este é Nazih, aquele é Deleon! –Himalia não deu importância às apresentações, demonstrando forte interesse no pedido:

– Aqui não é permitida a passagem, a menos que... – Enquanto dizia, Nazih se intrometeu na conversa:

– Precisamos chegar antes de Sifer na entrada da colina dos ventos, pois é o caminho mais curto.

 Himalia atenta às explicações do preocupado Nazih:

– Tem há ver com aqueles trovões que estão se aproximando?

– Isso mesmo, a nuvem logo trará a escuridão! – Respondeu Nazih.

– Estão atrás do pentagrama, não é? – Himalia buscava explicações.

 – Sim! É nossa única saída. –Afirmou Faliha, bastante esperançoso.

– A única forma de atravessarem a floresta é possuir um bom motivo e ser convidado por um habitante da floresta. Sendo assim, vocês possuem um bom motivo, porém, apenas um de vocês poderá ser convidado para atravessar. Quanto aos outros, não poderei ajudar, a não ser que queiram enfrentar a grande fúria do desconhecido. – Himalia infelizmente teve de alertá-los da condição para que desconhecidos entrem na floresta.

– Não, que é isso... – Intrometeu-se Deleon. –Depois, continuou: – Não se preocupe! Nazih, você vai pelo leito do rio com os minotauros, enquanto eu vou pairando; Faliha, você atravessa a floresta. Nós nos encontraremos na entrada da colina dos ventos, antes da subida do monte Hermon.

Todos concordaram com Deleon, e despediram-se. Antes que Faliha entrasse na mata, Himalia jogou folhas secas sobre sua cabeça, pronunciando um cântico de proteção, quod elementa sint vobiscum. –E lhe ofereceu uma das rosas que enfeitavam seus cabelos. Em seguida, Himalia chamou em forma de cântico:

– Ixia! Ixia!...

Antes que chamasse pela terceira vez, surgiu na mata uma fada bem pequena, parecendo mais um vaga-lume, toda serelepe voando de um lado a outro. Enquanto Himalia a acompanhava com os olhos, a fadinha dizia:

– Ixia, Ixia! Tudo é euzinha! Coitadinha, sou tão pequenininha! – Com as mãos na cintura e fisionomia de zangada, continuou sua explicação:

–Eu já disse! Basta chamar uma vezinha só, eu tenho ouvidos, sabia?! – Após o discurso da fadinha, Himalia replicou:

– Você não viu que estamos com visita? – Ixia ficou sem jeito, arrumou a saia de folhas, mexeu em seus cabelos, por fim encarou o visitante, piscou os olhos e, com um suspiro apaixonado, disse:

– Oiiiiiii! Puxa, ele é lindo!

Himalia com voz doce falava com a fadinha:

– Quero que o acompanhe pela mata adentro, e qualquer problema, me chame. Isso se você puder ajudar, é claro.

– Eu? – Respondeu Ixia, surpresa.

– Sim, você! – Replicou Himalia.

– Mas sou tão pequena e indefesa. – Comentou Ixia.

– Quem é a mais corajosa, a mais rápida, a mais linda e esperta também? – Perguntou Himalia, tentando convencer Ixia a ajudar seu amigo.

– É claro que sou euzinha, hehe. Está bem! Eu ajudo, mas com uma condição!

– Eu já até sei, você quer...

– É isso mesmo, eu quero só um pouquinho. – Respondeu Ixia, satisfeita.

– Mas, se eu lhe der um pouquinho do meu pó mágico, vai usar para tarefas nobres? – Questionou Himalia.

Ixia, batendo as asas, aproximou-se do ombro de Himalia, colocou a ponta do dedo no nariz e disse:         

– Eu prometo! Palavra de fada! Aliás, ele é...

Himalia interrompeu a fadinha, jogando um pouco do pó mágico sobre ela, e disse:

– Ixia, as fadinhas são educadas.

A fadinha, reluzindo devido ao pó mágico:

–Estou revigorada! Vamos, lindão!  Mas ele é um gato mesmo... Fui! Hehe. – E entrou mata adentro.

Antes que Faliha entrasse na mata, Himalia segurou-lhe na mão, recomendando:

– Nem tudo que você vê é real. Acredite somente nas coisas que você quer ver. Agora vá!

Ixia retornou da mata:

– E aí, você não vem?

– Vá Faliha. Meus pensamentos estarão contigo! – Disse Himalia soltando-lhe a mão.

Devas os mensageirosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang