[07] Le meneur

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"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas."  — Friedrich Nietzsche

devaneios por _emmagrant

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devaneios por _emmagrant

#DomineTeuMestre 🥀

Quando se está a beira da morte, seu instinto é procurar por abrigo ou defesa, da mesma forma que os animais fazem. Somos todos animais, nos protegendo dos perigos da forma como conseguimos, afinal, não desejamos morrer. São os sentimentos de quem acredita que a vida vale em algo. A minha não vale um tostão furado. Contudo, quando o vampiro de pele reluzente aos raios lunares atacou-me na floresta, lutei por minha vida.

Lutei para poder sair das mãos rígidas como mármore que pressionavam minha garganta e impediam-me de efetuar qualquer movimento de ataque. Finquei minhas unhas contra sua carne; nem ao menos uma expressão de dor fora feita em sua faceta ameaçadora.

Lutei por minha vida, pois sentia-me necessitado de continuar ali. Apenas porque Jiminnie também estava.

Não conseguia explicar para meu subconsciente tal razão, apenas agarrei-me naquela única verdade: queria viver para estar ao lado dele.

— Diga-me onde ele está, recém-criado! — esbravejou com um rosnado, trincando seu maxilar e assim mostrando suas presas. Sua mão fez ainda mais pressão contra meu pescoço, incomodando-me por estar vulnerável com o mínimo esforço do outro vampiro. — O espurco da raça não poderá esconder-se para sempre!

O incômodo aumentava conforme as palavras ásperas do outro. Mordi meu lábio inferior, notando que diante do perigo, minhas presas ficaram expostas.

— Estava indo atrás dele! Não faço raios de onde ele está! — gritei em resposta após meu corpo bater contra o enorme tronco de árvore.

Os dedos do demônio apertaram minha epiderme do pescoço com facilidade; parecia estar torcendo um pescoço de galinha.

— Seus olhos não estão carminados... Estas sem se alimentar? — questionou-me apertando mais um tanto de seus dedos em meu pescoço, desta forma pode ouvir o resmungo de minha garganta. Segurei seu pulso, tentando pateticamente libertar-me de seus domínios, falhando miseravelmente. Tal ação fez o demônio rir estrondosamente, fazendo até estremecer a copa das árvores próximas. — És patético assim como teu mestre... Como meu irmão... — Concluiu a frase. Notou minha breve surpresa em descobrir que ele era irmão de Jiminnie, considerando que ambos não pareciam-se em nada.

— Típico daquele froutre (desprezível). Jamais iria explicar-te sobre nosso mundo... — O vampiro tombou a cabeça para a direita, analisando-me ao passo em que apertava meu pescoço com ainda mais petência. — Qual seria o motivo de tua transformação? Já que me pareces um inútil... — Seu rosto aproximou-se de meu maxilar. Suas narinas inflaram tomando todo o ar que havia entre nós dois em um segundo. Um breve rosnado ecoou de seu tórax antes dele proferir: — Tens um cheiro delicioso...

DRINK FROM ME ༌ JIKOOKWhere stories live. Discover now