[13] Mon fantome

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LIBER I: DOS MESTRES-CRIADORES E SEUS SUBMISSOS-CRIADOS
PACTO III: É proibido que o mestre e seu submisso tenham qualquer tipo de relacionamento afetuoso. Pena: O submisso terá que executar seu mestre, e assim viverá com a falta de parte de seus poderes.

 Pena: O submisso terá que executar seu mestre, e assim viverá com a falta de parte de seus poderes

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devaneios por _emmagrant

#DomineTeuMestre 🥀

Aprendi com meu pai sobre a importância das promessas. Sempre dizia-me que uma promessa é para a vida toda, não importa o que tenha prometido. Seja uma promessa de guardar um grande segredo, de vingança ou de proteger quem ama. Promessas jamais podem ser quebradas, não importa o quanto venham a lhe torturar. Quebram-lhe os dedos, porém, jamais uma promessa.

Havia prometido proteger Jiminnie, meu criador, de qualquer ameaça que viesse a cruzar teu caminho. Para isso, necessitaria da ajuda de Taehyung, afinal, não estava pronto. Sentia isso em meu âmago.

"— Oh, oui... Yoongi és muito poderoso. — respondeu-me com o semblante neutro. Não desgrudara seus olhos carmesins das páginas pardas do seu livro, seus dedos soltaram as folhas em seguida. — Todos temos um ponto fraco, Jeon... Tua fraqueza é evidente: tens medo de si mesmo — franzi o cenho após suas palavras. — Precisas aceitar tua natureza como um imortal para ser completo... Essas fraquezas são as muralhas das nossas próprias fortalezas.

— Como posso fazer isto? — questionei, confuso.

— Deves encontrar uma forma de enterrar os teus fantasma... O que ainda lhe prende ao mundo humano?"

Tendo a fala de Taehyung em mente, fiquei a pensar durante o dia. Sentei-me em minha velha namoradeira e pus-me a fitar a lenha queimar na lareira. O cômodo escuro e silencioso fez-me vagar em lembranças tortuosas de uma felicidade que não terei mais o sabor de experimentar. Acima da grande lareira havia a pintura dos traços mais doces e delicados que eu já tocara e vira em toda minha vida.

— Se você estivesse aqui, estaria guiando-me no que fazer... — murmurei para o vazio. Levei ambas as mãos até os meus cabelos, enterrei minhas unhas no couro cabeludo e as arrastei ali. Alguns fios ficaram envoltos no objeto circular que sempre estava em meu dedo anelar.

Olhei mais uma vez para o grande retrato pintado a tinta óleo por mim mesmo; o sorriso de Hyun parecia ter vida em razão das labaredas alaranjadas. Levantei-me da namoradeira confortável onde estava sentado para ir em direção à grande pintura. Dedilhava pelos relevos ásperos, pelas curvas pintadas por mim da forma mais apaixonada e devota.

Viajei até o dia que finalizei aquela pintura. Hyun amava ter seu rosto pintado em telas por minhas mãos. Era mais uma das formas que encontrei para dizer-lhe que amava de todo o meu ser.

— Tu és o meu fantasma, Hyun... — sussurrei com pesar na voz. O anel dourado em meu dedo refletia a sombra das brasas, o calor do fogo contrastava em minha pele gélida. — Não sou mais o Jeongguk que um dia tu amastes... Aquele homem foi enterrado junto aos teus restos... Perdoe-me por precisar lhe esquecer... Minha Hyun.

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