[12] Monstre intérieur

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LIBER I: DOS MESTRES-CRIADORES E SEUS SUBMISSOS-CRIADOS
PACTO II: Aquele que desobedecer seu mestre-criador, conforme determinado no início deste livro, será acusado de heresia. Pena: Desmembramento e queima dos seus restos.

 Pena: Desmembramento e queima dos seus restos

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devaneios por _emmagrant

#DomineTeuMestre 🥀

Era como se uma besta controlasse todos os meus movimentos. Meus sentidos estavam extremamente aguçados, tudo em minha volta parecia uma grande ameaça e a enorme necessidade de sangue gritava em minha mente com uma voz esganiçada e rouca. Ao longe, ouvi os passos rápidos da rastreadora; conseguia até mesmo ouvir suas narinas inflando-se para captar os cheiros. Joguei Jiminnie para trás de meu corpo, dominado pelo puro instinto de protegê-lo de qualquer ameaça, apenas possuía esse objetivo, mesmo que tivesse de arriscar minha própria vida.

Um bolo formou-se em minha garganta, o cheiro forte de sangue quase fez-me perder a razão, mantive-me firme quando ambas as mãos dele apertaram minha cintura. Pela primeira vez, senti a fraqueza de Jiminnie, e naquele momento ele estava depositando a sua salvação em mim. E por quê? Ele não seria o mais forte? O meu criador? Qual razão justificaria seu pavor diante daquela mulher?

— Consigo sentir teu cheiro de longe, Jiminnie... — proferiu a vampira com a voz arrastada. Sua boca abriu-se vagarosamente, mostrando seus caninos manchados pelo sangue rubro do humano que havia sido atirado em nossos pés. — Cheiro de fraqueza... És como um animal indefeso longe do teu clã... Daqueles que lhe dão forças, n'est-ce pas (não é mesmo)?

— O que tu queres? — indaguei, tendo os seus olhos carmesins vidrados em mim, quase me engolindo com os mesmos.

— Tú és o recém-criado dele? Tudo fica ainda mais splendide (esplêndido) — debochou enquanto percorria os dedos, com suas longas unhas negras, pelos lábios. Seus olhos deslocaram-se para Jiminnie, que estava logo atrás de mim, o que fez-me puxá-lo ainda mais contra o meu corpo, fazendo de mim sua muralha. — Criou um cão para poder proteger-se de nós? Fico lisonjeada com tal atitude...

A mesma besta que dominava todos os meus sentidos gritava em meu interior para matá-la, sugar cada gota do líquido fluído que percorria por suas veias e, em seguida, queimar os seus restos. Estava sendo comandado pelo desejo latente de morte.

— Onde estás aquele cão que tanto ladra, Soyeon? — questionou Jiminnie, afastando-se de mim e dando a faceta à vampira, a mesma sorriu ardilosa, como se desejasse ver o rosto dele para poder ter sua missão completa.

Il (ele) deverias saber que não conseguirias vê-lo e não ter vontade de arrancar tua língua com as minhas próprias mãos... — murmurou com um rosnado, dando assim um passo à frente, contudo, a interceptei, jogando mais uma vez meu corpo para protegê-lo.

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