02 | Amizade infinita

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01 de setembro de 2012

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01 de setembro de 2012

Hoje é sábado, primeiro de setembro e aniversário do Jungkookie. Ele está fazendo quinze anos e estou me preparando para ir à casa dele e passar o dia todo lá. Me sinto extremamente animado, já que faz quase uma semana que não pude vê-lo e sinto saudades imensas. Estamos sempre ocupados com a escola e os estudos e consequentemente não temos tempo para nos encontrarmos e passar tempo juntos. Quando esses momentos chegam, é como se nada mais importasse e apenas ele existisse no mundo. E bem, eu não ficaria triste em viver sozinho só com ele no mundo, porque ele é o meu mundo. Ele é tudo o que eu tenho.

Logo após levantar-me da cama, desci as escadas para ir à cozinha, afinal, estava faminto. Fui à geladeira, pegando a caixa de leite e em seguida coloquei-me na ponta dos pés e busquei por minha tigela em formato de gatinho no armário. Sim, eu amo gatos. Depois, procurei os meus cereais de chocolate favoritos e os misturei junto ao leite. Passei os minutos seguintes me deliciando com o café da manhã até minha mãe aparecer do nada enquanto ouvia músicas gospel com o celular no alto-falante. Isso me irritava, porém sempre tentava ignorar. Continuei levando a colher à boca até ela por fim se pronunciar, fazendo com que minha felicidade se dissipasse instantaneamente.

— Vem me ajudar a limpar a casa depois de comer, filho — disse, enquanto se direcionava para lavar a louça pendente na pia.

Omma! — exclamei, desapontado, com um bico em meus lábios. Park Sunhee sempre esquece dos meus planos, mesmo que a tenha contado dezenas de vezes. — Hoje é aniversário do Jungkook e eu vou passar o dia na casa dele!

A morena parou o que estava fazendo, virou-se para mim ao apoiar os braços na cintura. Seu olhar parecia irritado e isso fez meu coração praticamente parar de pulsar. Estava com medo de que ela me proibisse de sair. E, sinceramente, de algum tempo pra cá tenho notado sua rigidez para comigo se agravando aos poucos. Eu realmente não entendia o porquê. Afinal, sempre tirava notas boas na escola e cumpria com os afazeres domésticos.

— Jimin-ah... — Ela sentou-se de frente para mim na bancada. — Acho que precisamos conversar. — Nesse instante eu juro que parecia que meu órgão cardíaco ia saltar pela garganta de um jeito muito, muito ruim. Era uma sensação terrível. — Faz algum tempo que notei sua aproximação exagerada com o filho dos nossos vizinhos. — Sunhee segurou minha mão, tentando acariciá-la como se isso fosse amenizar suas palavras. — Não acho que isso seja certo, meu amor. Você só sai com ele, só conversa com ele. Passa horas jogando com ele e apenas ele. Precisa dar atenção aos seus outros amigos também. — Fez uma pausa, e olhou em meus olhos com seriedade. — Por que não convida algum colega de turma da sua idade para passar algum dia aqui em casa, hein? O que você acha?

Eu sentia como se meu estômago estivesse embrulhado do nada e parei de levar o cereal até a boca. Tinha perdido a fome de repente.

— Não sou muito próximo dos meus colegas da escola, mãe.

(Ro)boyfriendWhere stories live. Discover now