08 | Filosofando a amizade

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07 de outubro de 2012

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07 de outubro de 2012

Como meu aniversário de dezesseis anos estava quase chegando, minha mãe finalmente me tirou do castigo. Disse que, apesar de tudo, eu era um bom filho e merecia somente coisas boas. Quando contei a Jungkookie sobre a novidade, ontem à noite, ele logo sugeriu que fôssemos passar de bicicleta na manhã seguinte. Sendo assim, acordei cedo hoje apenas para poder ver meu melhor amigo o quanto antes. Coloquei roupas finas e confortáveis e desci apressado, quase tropeçando nos degraus — um dia eu ainda vou cair dessa escada e a culpa vai ser toda dele.

Como de costume, meu café da manhã foi baseado em meus cereais de chocolate favoritos, é claro. Sunhee saboreava uma salada de frutas com café. Eca! Eu odiava frutas e café e ela sempre insistia para que comesse essas coisas.

— Vai aonde com tanta pressa? — questionou-me assim que devorei tudo em menos de cinco minutos. Me olhou desconfiada, mesmo que provavelmente já soubesse que me encontraria com o vizinho. Afinal, quem mais eu teria vontade de visitar?

— Vou andar de bicicleta com o Jungkook... — murmurei, receoso. Tinha medo de que ela pudesse voltar a me proibir de sair e me colocar de castigo de novo. Por mais que eu tenha dito ao fã de super-heróis que minha mãe gostava dele, às vezes eu tinha a sensação contrária. Era possível perceber que ela tentava, sempre que podia, me fazer escolher entre ela e ele.

— Tome cuidado e não volte muito tarde para o almoço, ok? Convide ele para comer conosco hoje.

Estagnei repentinamente, com meus olhos esbugalhados em surpresa. Minha mãe quer que o filho dos Jeon venha almoçar aqui em casa hoje? Isso é realmente inacreditável!

Sem querer que ela voltasse atrás, apenas concordei e fui até ela para lhe dar um abraço e um beijo de despedida. Corri para a saída como uma criança corre até a cama elástica em festinha de aniversário. Céus! Eu estava tão animado!

Montei na minha bicicleta azul e fui em direção à mansão vizinha e, para minha surpresa, Jungkook parecia ainda mais ansioso que eu, pois assim que avistei sua casa, lá estava ele, andando em círculos com sua bike vermelha. Quando o vi e ele me viu, os sorrisos em nossas expressões surgiram de maneira espontânea, iluminando nossas faces. Fazia uns dias que não nos víamos e a saudade era infinita mais uma vez. Deixei Suzy — sim, esse era o nome do meu biciclo — em pé contra o portão da garagem, assim como meu colega fez com a bike dele, e logo nossos corpos se chocaram em um abraço apertado e reconfortante.

Nossos abraços agora eram uma marca registrada dos nossos encontros, e aconteciam com muito mais frequência nos últimos tempos. Os machucados do dia em que fui liberado mais cedo da escola agora já estavam quase totalmente sarados, com exceção de algumas marquinhas e poucas cicatrizes. Dessa forma, Jungkookie podia me abraçar forte e eu não sofreria com dores. E foi isso o que fizemos. Eu o apertei contra mim e ele me apertou contra seu peitoral. Era tão gostoso que tinha vontade de me fundir a ele e ficar assim, agarrados, para sempre.

(Ro)boyfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora