14 | Doces e travessuras

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31 de outubro de 2012

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31 de outubro de 2012

O sol estava quase se pondo nesse final de tarde e eu ainda não havia terminado de me fantasiar. Por mais que Halloween fosse algo mais tradicional no ocidente, Jungkookie adorava esse feriado, então todos os anos comemorávamos com alguma temática. Esse ano, decidimos nos caracterizar de robôs, e adorei a ideia, tendo em vista a ilustração que meu amigo havia feito e me presenteado. O desenho se tornaria realidade e isso era incrível! Minha fantasia, por exemplo, era feita com um material laminado em tom azul, imitando o metal dos bonecos robóticos.

Procurei por tutoriais de maquiagem na internet e usei os produtos da minha mãe para colorir meu rosto e dar vida ao personagem. Usei o lápis de olho e tentei fazer traços que imitassem "rachaduras" de placas metálicas na superfície facial. Mas o resultado não ficou como o esperado. No fim, tive que rir ao me olhar no espelho e me deparar no personagem de terror que havia me tornado. Sou péssimo com coisas artísticas. Eu deveria ter solicitado ao meu amigo para me maquiar. Ou à Miran, afinal, ela sim era uma exímia maquiadora. Quase profissional. De qualquer forma, apenas desisti e deixei como estava, pronto para coletar doces na vizinhança com meu colega.

Pontual como era, Jungkook tocou a campainha naquele exato instante e eu desci às pressas, quase tropeçando em meus próprios pés e perigosamente correndo o risco de rolar escada abaixo. Mas no fim, acabei são e salvo. Ao tocar a mão na maçaneta gélida, meu coração pulou na caixa torácica, se remexendo como uma gelatina, ansioso para ver como meu vizinho estaria. Foram apenas milésimos de segundos até eu finalmente escancarar a porta e ter a visão dele à minha frente.

Pelos deuses! Ele estava... deslumbrante! E havia reproduzido perfeitamente o modelo que eu tinha em mente para uma caracterização robótica facial. Além disso, sua roupa era em tons esverdeados e metálicos como havíamos combinado. E um detalhe especial que deu um toque diferencial em sua fantasia: lentes de contato azul neon, tão reais que pareciam olhos de um robô de verdade.

— Uau! — limitei-me a exclamar. Eu estava sem palavras. — Apenas uaaaaau! — O breve sorriso típico do meu amigo foi o que obtive em resposta. Ele adentrou minha casa, cumprimentando Sunhee, que se encontrava estirada no sofá, assistindo a algum canal aleatório na televisão. Acho que minha mãe estava tão concentrada em sua novela que nem sequer ouviu Jeon, consequentemente o deixando no vácuo. Percebi sua feição triste com isso, então tentei animá-lo. — Não ligue pra ela, Kook. Só está prestando atenção em outra coisa, então não se preocupe... Vem comigo! — Em seguida, segurei sua mão e o puxei em direção ao andar de cima, até chegarmos ao meu quarto.

No entanto, não demorou muito para que eu notasse certo descontentamento por parte dele. Ele ainda parecia amuado, entristecido por algum motivo.

— Ei? Já disse que não precisa ficar assim por causa da minha mãe, ela só...

— Não é por causa disso, hyung... — ele me interrompeu, deixando-me intrigado.

— Então por que você tá assim?

(Ro)boyfriendWhere stories live. Discover now