Capítulo 6

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👔Lucas Bernard👔

Eram por volta de 03:00 da manhã quando estávamos sendo retirados da boate por causa da briga dos meninos. Amber estava um pouco alterada por causa da bebida, mas não era a única. Jason e Derek estavam conversando com ela animadamente sentados no meio fio do outro lado da boate. Natte estava com uma garrafa de água em suas mãos, provavelmente para tirar um pouco do álcool de suas veias. O resto dos meninos estavam ao nosso lado conversando com ele querendo saber exatamente o que tinha acontecido. Não muito longe de onde estávamos observava o grupo de Alex, e ele não parava de encarar onde eu estava e logo solta um sorrisinho em minha direção. Cara de pau mesmo, só ele para acabar com minha noite.

— Aquele bastardo veio esbarrando em mim, me fazendo cair no chão. — Falou Natte depois que se sentou ao meu lado junto aos meninos.

— E porque não continuou dançando como uma pessoa normal? — Allem solta depois de se sentar ao lado de Victor. — Vocês héteros não sabem se controlar, qualquer esbarro já é motivo de briga!

— Mas aquele...

— Ele não mentiu, Natte. — Falei levantando para esticar minhas pernas. — Mesmo não sendo você que começou a briga, não precisava partir para cima.

— Mas Lucas... — Tentou questionar, mas fui logo o interrompendo.

— Quieto Natte! Você chamou a gente para sair, para curtir a noite fazendo com que eu deixasse minhas tarefas para depois. — Dou uma pausa para pegar a garrafa de água das mãos dele. — Para que logo em seguida você entrasse na merda de uma briga, ainda mais em uma boate. E eu achando que minha noite seria boa!

— Desculpe, Lucas. — Murmurou cabisbaixo.

— Tudo bem, o efeito da bebida passou. — Falo entregando a garrafa para ele. — Vamos, Amber.

— Vamos, já não aguento mais ficar sentada. — Disse levantado com ajuda dos meninos. — Preciso da minha cama agora!

— Sua cama, mademoiselle? Você está bêbada. — Falo, segurando-a pela cintura indo em direção ao seu carro. — Você irá dormir em casa, se seus pais verem você nesse estado eles me matam e depois te matam.

— Que seja. — Deu de ombro.

Como Amber ainda estava alcoolizada, resolvo pegar as chaves do seu carro para nos levar para casa. Apesar de ter habilitação, não tenho condições para comprar um carro, ainda dependo de carona ou de táxi. Natte tinha se oferecido para nos levar, mas recusamos porque não queríamos um bando de bêbados perambulando em minha casa. Depois que Natte e seu grupo de amigos foram embora de táxi, sinto algo me cutucar no ombro me chamando a atenção.

Amber já encontrava-se dormindo no banco do carona. A madrugada estava fria, pessoas saiam e entravam na boate, carros cortavam as ruas da cidade fazendo com que os cachorros das vizinhanças começassem a latir em forma de protesto. E ali estava Alex, de blusa regata e com suas mãos no bolso olhando para mim. Fico encarando-o, esperando se pronunciar, mas o que se ouvia era a música exageradamente alta saindo da boate.

— Fala logo Alex, estou com frio e com sono. — O silêncio foi quebrado, fazendo-o se assustar. — Então, fale logo!

— Eu queria saber como você está... — Falou passando a mão atrás da cabeça e olhando para trás.

— Por favor, senhor Dumbar! Você vem a dois anos me infernizando na faculdade, agora você muda sua atitude comigo de um dia para o outro. Acabou com minha noite, de curtir com meus amigos...

— E curtiu muito bem com a boca daquele retardado... — Murmurou.

— E que boca... — Falo passando meus dedos em meus lábios.

A PropostaWhere stories live. Discover now