Capítulo 12

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👔Lucas Bernard👔

Acordei com a claridade do sol batendo em meu rosto. Hoje é o dia de ir para outra cidade, para o casamento da irmã de Rodrigo. Em poucas horas eu teria que estar arrumado e pronto, já que meu chefe insistiu em me buscar para irmos de avião. Remexo-me na cama soltando sem querer uns gemidos matinais, pedindo mentalmente para que a viagem seja adiada e que eu possa voltar a dormir. Por um instante penso em voltar a dormir, mas sou interrompido pelo meu celular tocando.

— Droga! — Exclamo com raiva pegando meu celular e atendendo sem olhar quem ao menos era. — Diga!

— Não era assim que você me atendia antes, senhor Bernard. — Droga! Mil vezes droga! Era Rodrigo do outro lado da linha.

— Senhor Cariston, desculpe-me! Eu nem sequer observei seu nome na tela. — Peço desculpa esperando que ele não fique irritado.

— Tudo bem, eu entendo. Também não gostaria de ser atormentado logo de manhã. — Ah jura? Nem parece que fazia isso comigo na agência. Penso. — Só te liguei para te avisar que já estou indo ao seu encontro para que possamos pegar o voo mais cedo. Não questione, mas recebi uma ligação do aeroporto indicando que nosso voo foi adiantado.

— Tudo bem, senhor Cariston. — Falei, me levantando da cama. — Logo estarei pronto.

— Okay, não demore! Pois estou saindo agora. — Falou assim e desligou, sem nem se despedir.

Deixo meu celular em cima da cama e vou pegando minha roupa separada, indo direto ao banheiro. Entro no box ligando o chuveiro e deixando a água quente escorregar pelo meu corpo. O vapor que fazia estava me deixando calmo, ou tentando, já que em poucas horas estaria ao lado de meu chefe em um momento importante para a vida de uma das irmãs dele. Pego o sabão e começo passar pelo meu corpo todo, fazendo movimentos circulares. Sinto meu pênis ereto quando penso em Rodrigo. Poucas vezes já me peguei pensando nele e naquele corpo esculpido, não que ele seja todo trabalhado, mas pelo o que tem ele fazia sucesso.

Rodrigo mexia comigo desde o primeiro dia que eu entrei naquela agência. Eu todo sem graça quando fui fazer a entrevista de emprego, todo envergonhado por estar perto de um dos homens mais bem conhecidos do país. Rodrigo me dava uma sensação de segurança e carinho, mas a sua agressividade chegava ao ponto de ser um homem sem carisma, e todo sentimento que eu tinha por ele se esvaziava. Porém, percebi que depois do atentado no supermercado Rodrigo começou a ficar mais carinhoso, não descartando que ele ainda não seja grosso, mas comecei a observar mais ele e suas investidas para mim. Saio do banheiro todo arrumado com a escova de dentes na boca, dando de cara com meu chefe sentado na minha cama lendo um livro que ficava na estante.

— Como você entrou aqui? — Pergunto, ainda com a escova de dente na minha boca.

— A porta da sua casa estava aberta, Lucas. — Respondeu sem tirar os olhos do livro que estava lendo.

— Estranho! Eu tinha certeza que ela estava trancada. — Digo, voltando a escovar meus dentes e entrando novamente no banheiro, limpando minha boca. — Pronto.

— Estava na hora! — Dito isso, Rodrigo pegou minha mala e saiu do meu quarto, ignorando meus questionamentos por eu não dar permissão de ele levar. Vou descendo a escada do meu quarto e vou para a porta da sala, mas, antes de sair, observo que a fechadura da minha porta estava com a chave na entrada, o que era estranho, já que depois que cheguei em casa após fazer a última prova do semestre tranquei tudo e fui dormir. Fecho a entrada da minha casa, torcendo que fique fechada. Rodrigo me esperava do lado de fora na frente de seu carro. Pela primeira vez, seus olhos se fixaram nos meus, mas sem tirar sua cara séria de sempre.

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