Capítulo 14

919 93 8
                                    

🔪Miguel Gonzalez🔪

— Eu vou meter uma bala no meio da testa daquele playboyzinho de merda metido advogado. — Falo entrado no armazém junto com meus capangas. — Ah Rodrigo Cariston você não perde por esperar seu merda!

— Calma Miguel. — Disse o mais baixo. Não me importo quais sãos os nomes deles, caso me traia vai conhecer as duas flores que eu tenho guardadas. — Uma hora ou outra você irá trombar com ele...

— Quem você pensa que é para falar que eu tenho que ficar calmo? — Falo chegando perto dele, fazendo com que o mesmo se afaste um pouco.

— Mas... — Interrompo novamente.

— Miguel solta ele cara. — Disse o mais alto entre eles.

— Cale a merda da sua boca. — Digo entre os dentes. — Quando eu pedir algo vindo de vocês eu pergunto!

Deixo-os sozinhos no armazém e vou em direção ao meu carro, precisava esvaziar minha mente, e a melhor coisa que eu faria é caçar. Sim, caçar! Desde minha infância eu caço, seja com meu falecido pai ou com meu avô. Minha vida era normal como de todas as outras, mas quando minha mãe faleceu em um acidente provocado por dividas de meu pai, ele entrou no alcoolismo rapidamente, a vida que eu tinha começou a despencar. Após meu pai entrar no alcoolismo começou a se endividar ainda mais, meu avô com o coração maior que o mundo começou a pagar, porém esse dia acabou no momento que encontramos ele caído no chão de nossa casa. Morávamos em uma pequena casa no condado de Brown, Green Boy, localizado em Wisconsin.

Vovô tinha sido espancado até a morte, e tudo o que a policia indica foi motivo de assalto, mas o estranho que naquela época a casa não estava revirada. Meu pai não tinha dinheiro para velar meu avô, então decidimos enterrar ele perto do lago aonde ele adorava pescar. No mesmo dia que enterramos meu avô, meu pai saiu a pressas com uma bolsa de dinheiro e não me falando aonde iria, mas como respostas para cada pergunta que eu fazia ele me disse que iria visitar um amigo. Porém dias depois aparece no jornal que meu pai foi morto espancado por tentativa de assalto, mas na verdade eu sabia que os caras que ele ainda devia tinham dedo nisso e também com meu avô.

Eu não tinha ninguém, fiquei ilhado, sem parentes e sem amigos. Passei por altos e baixos durante minha adolescência, comecei a contrabandear drogas para conseguir me sustentar, e foi assim que entrei par o mundo do crime. Todas as vezes que ia preso, eu sempre tinha uma carta na manga. Conseguia escapar e sem ser achado, até que em uma noite um dos meninos que trabalhava na lavagem de dinheiro bateu em minha porta pedindo abrigo. Ele se chamava Patrick, meu único amigo que eu tive em toda minha vida. Passamos vários momentos juntos até chegar em meus 28 anos, foi aí que começamos a traficar pessoas. Durantes esses anos Patrick me apresentou uma galera barra pesada, mais pesada que a minha, e foi a partir do dia que ele me apresentou que começamos nesse novo rumo. Vender pessoas para alguns políticos corruptos era o que mais dava dinheiro, lucrava em cima de pessoas inocentes que juravam de pés juntos que conseguiriam alguma coisa fora do país. As vezes a pessoa mais inocente são as mais burras de todas, pois não é possível. Só que em meados do ano passado a minha sociedade, como eu chamo, Família Gonzalez, acabou sendo pega em uma emboscada feita pela polícia. Tínhamos um infiltrado no fórum para deixar a gente livre de algum processo, mas quando observei aquele playboy metido a machão entrando com um dos nossos, eu tive certeza que faria a vida dele um inferno. Rodrigo Cariston colocou minha sociedade inteira atrás das grades, Patrick não teve uma opção boa, acabou que ele foi morto em confronto com os policias. Ele era meu único amigo, ou algo próximo que eu considerava.

Só que não durei 8 meses na prisão, eu consegui fugir junto com alguns prisioneiros e alguns da minha sociedade na rebelião que aconteceu. O chefão, Wallace, do presidio entrou em contato comigo lá dentro, um rapaz com semblante triste, mas com uma mente incrível. Wallace foi condenado a 35 anos de prisão por matar sua esposa e filha, ninguém sabe o certo o motivo de ele ter feito isso, porém sabemos que ele não aguenta passar mis nenhum tempo nessa prisão. A hora marcada foi escutada quando um dos prisioneiros começaram a fingir uma briga em uma cinco cela antes da minha. O guarda que estava de vigia foi averiguar o que era, mas pobre coitado. Só consegui ouvir algo entrando e saindo e quando chego mais perto da cela, observo as pernas do guarda caída no cão junto com uma poça de sangue.

A porta de ferro é aberta e logo os rapazes começaram a abrir cela por cela deixando a maioria vim ajudar. Conseguimos sir do nosso bloco de madrugada, já que a maioria dos guardas estavam descansando naquela hora. Foi uma verdadeira guerra, pois chegando na sala principal que dava acesso a todos os monitores do presidio e celas. Conseguimos destravar todas aquelas portas de ferros fazendo com que os prisioneiros saíssem correndo, foi uma verdadeira rebelião na prisão. Reencontro meus antigos membros da sociedade no meio da rebelião, dois deles estavam levemente machucados enquanto os outros estavam com alguns arranhões. Apôs fugir com a maioria que faz parte da sociedade voltamos a nos reerguer, mas sorrateiramente sem dar pistas a policia local.

Aos poucos voltamos com o tráfico de pessoa, cobrávamos antigos clientes que acharam que iam sair livres sem pagar em nossos objetos, porém ninguém sabia que nada iria mudar, continuaríamos sendo procurados pela policia até que um por um seja pego. Mas uma coisa era certa, e essa eu não poderia deixar de lado, eu procuraria até no inferno o paradeiro daquele advogado de merda do Rodrigo Cariston. Porque até onde eu sei, Rodrigo tem três irmãos, o que daria uma bela grana no exterior ou até mesmo mortos, não faria diferença par mim. Um de meus subordinados era do mesmo rumo que Rodrigo, este subordinado me disse que sua irmã mais nova se casaria no próximo final de semana. Um jeito de invadir aquele casamento teria que acontecer, mas eu não poderia ser visto por ninguém o que era impossível, já que meu rosto está sendo procurado pelo país inteiro.

Na semana passada eu e mais uma galera estávamos em uma boate e em uma das conversas um dos caras que não sabia quem era dizia que o advogado metido a machão tinha um pretendente em mente, além de ser um homem morto, era ainda um viadinho de merda, mas olhando a foto do garoto que estava com ele em um supermercado é um belo de um garoto.

— Eu tô te falando sério Gonzalez. — Dizia o rapaz cheio de tatuagem com uma mulher no seu colo. — Aquele Advogadozinho tem uma fraqueza, é esse menino aqui o lado dele.

— Olha só, parece que você me entregou um balde de ouro. — Digo analisando a foto de um menino loiro ao lado de uma mulher de cabelo curto. — Ele é namorado do Advogado?

— Não. — Disse tomando mais um gole de sua bebida. — Pelo que eu sei esse moleque aí trabalha no mesmo lugar que o chefe dele.

— Interessante! — Exclamo soltando um sorriso de lado.

Podia me divertir com esse Lucas antes, mesmo não curtindo, mas só de pensar Rodrigo desesperado por esse menino loiro fazia eu querer traçar alguém agora. Esse menino tinha uma pele clara, provavelmente sem nenhuma tatuagem no corpo. Enquanto eu sou cheio, cada centímetro do meu corpo é tatuado. O secretario de Rodrigo daria uma bela grana ou até mesmo uma bela putinha para satisfazer os caras da sociedade, já que faz tempo que a maioria não vê as esposas ou alguma mulher. As irmãs dele também não era de se jogar fora, pelas fotos são muito bonitas. Dariam um ótimo dinheiro no exterior, até mesmo o irmão caçula de Rodrigo. Agora os pais eu não me importaria de mata-lo ou só fazer perder os filhos já está de bom agrado.

— Eu vou fazer sua vida um inferno Rodrigo. — Digo pra mim mesmo estacionando perto do lago da cidade

Saio do carro pegando um binóculo, me direciono para poder ficar aonde nenhum segurança me veja, pois já se passava das duas da manhã. Eu estava congelando por causa do frio, mas logo isso iria me compensar quando eu pôr as mãos naquele Lucas e Rodrigo. Pela temperatura, essa cidade Nova Escócia vai estar fria durante a noite, o que facilitaria para eu dar inicio ao sequestro do querido secretário. Com o binóculo em mãos observo alguns seguranças em volta da residência dos Cariston, e além deles vejo algumas pessoas que podiam ser da decoração do casamento. Mas com tantas pessoas em volta naquele horário avisto uma de minhas vítimas.

— Te achei mané! — Exclamo vitorioso por encontrar Rodrigo Cariston conversando com uns seguranças. — Você não perde por esperar senhor advogado de merda

Analiso cada parte daquele casarão para não ocorrer problemas durante a ação. Observo mais um pouco Rodrigo até ter certeza que é ele, além de confirmar volto rapidamente par meu carro pois vejo uma movimentação em minha direção mais a frente. Guardo meu binoculo ligando o carro e indo e direção ao armazém.

Amanhã é seu dia de sofrer Rodrigo, como eu sofri!


A PropostaWhere stories live. Discover now